PPGEBT - Programa de Pós-graduação em Ecologia de Biomas Tropicais
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando PPGEBT - Programa de Pós-graduação em Ecologia de Biomas Tropicais por Assunto "Abelha"
Agora exibindo 1 - 5 de 5
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Acasalar demais é uma perda de tempo : custos da cópula para fêmeas de duas espécies de abelhas solitárias.(2015) Pimentel, Ana Laura de Araujo Franco Dutra; Oliveira, Reisla Silva deCopular é extremamente custoso para fêmeas e machos devido ao gasto energético, ao aumento do risco de predação, às injúrias sofridas na competição por parceiros e ao tempo gasto copulando. Apesar disso, os sistemas reprodutivos poligâmicos são os mais difundidos entre os insetos. Neste estudo, avaliamos o sistema reprodutivo da abelha solitária Arhysosage cactorum (Hymenoptera, Andrenidae) a fim de checar a poliandria na espécie. Estimamos o custo das cópulas múltiplas e da guarda de parceira para as fêmeas, em termos de tempo, e testamos as previsões de que (1) fêmeas em cópula dispendem mais tempo forrageando que sozinhas e de que (2) fêmeas evitam flores contendo machos. O estudo foi realizado durante duas estações reprodutivas da espécie, numa área dos pampas no sul do Brasil. Quantificamos as cópulas realizadas por machos e fêmeas e a duração da associação dos machos com suas parceiras após a cópula. Para avaliar se a presença dos machos altera o comportamento de forrageio das fêmeas, em campo, contabilizamos as visitas florais de fêmeas em flores contendo ou não um macho morto em seu interior. Nossos resultados mostraram que A. cactorum é uma espécie poligâmica. Os machos se mantêm associados às suas parceiras após a cópula, e são transportados pelas fêmeas enquanto elas forrageiam. Devido a este comportamento, fêmeas “tornaram-se” cerca de 80% mais pesadas e dispenderam o dobro do tempo de forrageio na flor quando associadas aos machos. Em A. cactorum a poliandria se mostrou custosa para as fêmeas. Fêmeas nunca rejeitam tentativas de cópula dos machos, mas a presença dos machos influencia o padrão de forrageio das fêmeas que evitam flores em que eles se encontram. Tal resposta das fêmeas pode ser uma contra adaptação ao comportamento de acasalamento dos machos. Na ausência de benefícios indiretos, o sistema reprodutivo de A. cactorum representa um caso de poliandria por conveniência.Item Aspectos da biologia de Melipona quinquefasciata Lepeletier (Mandaçaia do chão), características físico-químicas do mel, recursos alimentares e leveduras associadas.(Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais. Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Calaça, Paula de Souza São Thiago; Itabaiana, Yasmine AntoniniOs meliponíneos constituem um grupo de abelhas eussociais bem diversificado que ocorre principalmente em países da região Tropical. Melipona quinquefasciata pertence a este grupo e ocorre na parte sul do Estado do Ceará, na Bahia, Piauí, Pernambuco, sul do Estado do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. Conhecida como mandaçaia-do-chão, a espécie diferencia-se das demais do gênero por nidificar no subsolo. O estudo foi desenvolvido no Parque Estadual Veredas do Peruaçú, uma área de Cerrado no norte de Minas Gerais. O objetivo deste trabalho foi descrever a biologia da nidificação de Melipona quinquefasciata por meio da avaliação dos recursos florais utilizados, caracterizar as propriedades físico-químicas do mel e verificar a diversidade e a abundância de leveduras associadas à espécie. A técnica de transferência dos ninhos naturais para caixas de criação racional modelo Uberlândia obteve sucesso e pode ser utilizada para o manejo desta espécie. Melipona quinquefasciata mostrou-se uma espécie generalista, porém com preferência por determinadas famílias e espécies botânicas. As principais fontes de néctar foram: Anacardiaceae (Anacardium cf. humile), Fabaceae (Copaifera sp., Mimosa cf. arenosa), Melastomataceae (Mouriri pusa, Macairea radula), Ochnaceae (Ouratea sp.), Polygalaceae (Bredemeyera barbeyana) e Sapindaceae (Cupania paniculata). As principais fontes de pólen foram: Fabaceae (Copaifera sp., Mimosa cf. arenosa), Myrtaceae (Eugenia dysenterica) e Ochnaceae (Ouratea sp.). As propriedades físico-químicas do mel de M. quinquefasciata foram similares aos méis de outras espécies de Melipona, com 28,02% de umidade, 73,93% de açúcares redutores, 0,94% de sacarose aparente, 6,45 UI de atividade de invertase, 44,61 meq.kg -1 de acidez livre, e 3,70 de pH. O número médio de leveduras no saburá foi de 6,0x10 3 ufc/g, no mel maduro foi de 6,0x10 2 ufc/mL e no mel imaturo foi de 8,4x10 3 ufc/mL. A contagem de leveduras foi maior em amostras de mel imaturo, em todas as três coletas o que evidencia que a abundância e a diversidade de leveduras diminuem, na medida em que ocorre o processo de maturação do mel. A espécie Candida sp. MUCL 45721, uma espécie para a qual ainda não foi feita descrição taxonômica, foi a mais freqüente nas amostras. A maior diversidade de leveduras esteve associada ao corpo das abelhas adultas e dentre estas, muitas são características do filoplano de plantas e do néctar de flores. M. quinquefasciata tem papel de vetor na distribuição de microrganismos entre plantas.Item Cor floral influencia visitação de abelhas coletoras de óleo em Byrsonima variabilis A. Juss (Malpighiaceae).(2017) Melo, Brehna Teixeira de; Oliveira, Reisla Silva de; Mota, Theo Rolla Paula; Oliveira, Reisla Silva de; Schlindwein, Clemens Peter; Leandro, Cristiane MartinsDiversos atributos florais podem indicar a presença de recursos aos polinizadores e cor é um deles. Embora 78 famílias de angiospermas apresentem mudança de cor floral, a maior parte dos estudos se restringe a entender como essa alteração influencia o comportamento de forrageio de operárias de insetos sociais em busca de um só recurso: o néctar. Byrsonima variabilis (Malpighiacea) é uma planta que possui óleo e pólen como recursos florais. Óleos florais atraem abelhas coletoras de óleo que os utilizam na impermeabilização dos ninhos e aprovisionamento larval. Neste estudo, caracterizamos os padrões de refletância espectral de flores de B. variabilis ao longo da antese e avaliamos se a mudança de cor é induzida pela polinização. Em seguida, verificamos como esses padrões de cor são percebidos pelas abelhas e se influenciam seu comportamento de coleta. Flores de B. variabilis foram visitadas por abelhas coletoras de óleo da tribo Centridini e da tribo Tapinotaspidini. Fêmeas do primeiro grupo são as únicas que apresentam tamanho e comportamento de manuseio floral adequados à polinização. Abelhas dos dois grupos visitaram preferencialmente flores com pétalas estandartes amarelas quando buscavam por pólen, mas coletaram indiscriminadamente em flores com diferentes cores de pétala estandarte quando buscavam por óleo floral. Em um experimento em que removeu-se anteras de flores frescas, as abelhas coletaram quase que exclusivamente em flores com anteras, demonstrando que não apenas a cor da flor, mas a presença do recurso em si também influenciou nas decisões de visita pelos polinizadores. Os resultados apresentados neste estudo mostraram que abelhas coletoras de óleo reconhecem cores florais durante seu forrageio na busca de pólen, e que a cor das anteras e a presença de pólen também são empregados como sinal e influenciam na decisão de visitar ou não a flor.Item Ecologia de nidificação de Megachile (Moureapis) anthidioides Radoschowsky, 1874 (Hymenoptera: Megachilidae) em cavidades artificiais.(Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais. Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Sabino, William de Oliveira; Itabaiana, Yasmine AntoniniEstudos sobre a biologia de nidificação de abelhas solitárias vêm se tornando comuns ao longo dos últimos anos. O objetivo desse trabalho foi obter informações à cerca da biologia da nidificação de Megachile (Moureapis) anthidioides, em cavidades artificiais, no Parque Estadual do Itacolomi, no município de Ouro Preto, Minas Gerais. Cerca de 2000 ninhos, de diferentes diâmetros, compostos de tubos de papelão dentro de garrafas PET e papel-cartão preto dentro de blocos de madeira, foram instalados no campo entre março de 2009 e março de 2010. Dados de coletas anteriores, ocorridas entre janeiro de 2007 e fevereiro de 2008, no mesmo local, também foram aproveitados. 87 ninhos foram coletados nos 27 meses amostrados. Não foi observada uma sazonalidade marcada para a nidificação e nem dormência. A maior parte dos ninhos utilizados foi de 0.9 cm de diâmetro (77.01%) com um numero de células que variou de 1 a 11, sendo que em 23% dos ninhos encontraram-se sete células. Os ninhos foram construídos, principalmente, com folhas de Senna sp. e seguiram o padrão encontrado para abelhas cortadoras de folhas. Indivíduos adultos emergiram de 3 a 9 semanas, sendo 6 semanas o tempo de nascimento mais freqüente (29.02%). A razão sexual é claramente deslocada para machos (1: 0,42) ( 2= 56.98; p<0.0001), o que pode sugerir que algum distúrbio no sistema possa estar ocorrendo. As fêmeas são maiores dos os machos (F1,194 =266.44; p<0.001), sendo que suas células também possuem comprimentos (F1, 35 =46.02; p<0.05) e diâmetros maiores (F1,35 =35.15; p<0.05). A taxa de mortalidade foi de 26% e houve parasitismo em 20.69% (N=18) dos ninhos coletados, principalmente por Coelioxys (Acrocoelioxys) sp. (13 ninhos).Item Seriam as abelhas sem ferrão boas amostradoras ambientais de contaminação atmosférica por particulados atmosféricos?(2014) Nascimento, Nathália de Oliveira; Antonini, Yasmine