PPGSN - Mestrado (Dissertações)
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando PPGSN - Mestrado (Dissertações) por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 20 de 178
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Atividade física e fatores de risco para doenças cardiovasculares em idosos: Projeto Bambui.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Santana, Jaqueline de Oliveira; Peixoto, Sérgio William VianaAs doenças cardiovasculares (DCV) foram e continuam a ser, apesar de sua diminuição, a principal causa de morte no Brasil, se configurando como uma das maiores causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, afetando países desenvolvidos e subdesenvolvidos. O presente estudo objetivou explorar a associação entre o gasto energético em atividades físicas (AF) e sua associação com os componentes do escore de risco de Framingham entre os idosos do Projeto Bambuí. Trata-se de um estudo de delineamento seccional, incluindo 1473 (91,7% dos participantes) idosos residentes na cidade de Bambuí (MG). A variável dependente foi o nível de AF, estimado pelo cálculo da taxa de equivalentes metabólicos (MET-minuto/semana). As seguintes variáveis exploratórias foram consideradas: idade, sexo, colesterol total e fração HDL, pressão arterial sistólica e diastólica, tabagismo e glicemia de jejum/diabetes. A estimativa da força das associações entre o gasto energético expresso em tercis e as variáveis exploratórias foi baseada em razões de prevalência (RP) estimadas pelo modelo logístico ordinal, e respectivos intervalos de confiança (95%). Entre homens idosos, associações significativas e negativas foram observadas para as variáveis idade, tabagismo atual e diabetes. O nível de colesterol HDL apresentou associação significativa e positiva com o gasto energético. Os valores de pressão arterial sistólica, diastólica e colesterol total não apresentaram associação significativa. Entre as mulheres idosas, foi observada uma associação significativa negativa entre gasto energético e as variáveis idade e diabetes. O nível de colesterol HDL apresentou associação significativa e positiva. Tabagismo atual, assim como os valores de pressão arterial sistólica, diastólica e colesterol total não apresentaram associação significativa com tercil de gasto energético nessa população. Em ambos os sexos, foi observada uma associação significativa e negativa entre o tercil de gasto energético e o risco cardiovascular de Framingham. Os resultados sugerem que o gasto energético expendido em AF possa reduzir o risco cardiovascular entre idosos de ambos os sexos, o que fala a favor da adoção de um estilo de vida fisicamente ativo, além de ser um fator importante para avaliar o perfil de risco cardiovascular dessa população.Item Efeitos da suplementação com ferro injetável sobre a produção de ERO por granulócitos e danos oxidativos em tecidos cardíaco e pancreático de ratos diabéticos.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Sampaio, Ana Flávia Santos; Pedrosa, Maria LúciaA hiperglicemia não tratada em pacientes diabéticos intensifica um quadro de estresse oxidativo. O ferro é metal de transição e, quando em excesso, participa de vias metabólicas que favorecem danos oxidativos através da formação de espécies reativas de oxigênio (EROS). Este estudo avalia os efeitos da interação do diabetes com uma formulação de ferro injetável (Ferro Dextran) sobre balanço oxidante/antioxidante e alterações histológicas em tecidos cardíaco e pancreático. Ratos Fischer (n = 96), pesando aproximadamente 200g, foram divididos em quatro grupos: Controle (C) Controle ferro (CF), que recebeu injeções de ferro dextran por via intraperitoneal, Diabetes (D), que recebeu uma dose de streptozotocina (STZ) e Diabetes Ferro (DF) que recebeu uma dose de STZ e injeções de Ferro Dextran. Induziu-se o diabetes com 35mg/Kg de STZ no primeiro dia de experimento e obteve-se a suplementação de ferro com a administração intraperitoneal de quatro doses de 0,1ml de Ferro Dextran (100g Fe 2+ /l) em intervalos de cinco dias para cada dose. Resultados mostraram alterações nos níveis glicêmicos e nos de ferro tecidual no coração e no pâncreas dos grupos tratados com STZ e ferro, respectivamente. Houve um aumento na geração de EROS, por neutrófilos para os grupos CF, D e DF em relação ao grupo C (191,3 ± 41,19 RLU/30min) com valores de 363,30 ± 130,20; 552,80 ± 103,30; 1566,00 ± 386,90 RLU/30min, respectivamente. No coração, os níveis de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) não apresentaram diferenças; os de Proteína Carbonilada foram aumentados nos ratos do grupo DF em comparação com o C. No pâncreas, os níveis de TBARS aumentaram para os ratos diabéticos e os de Proteína Carbonilada aumentaram para os grupos CF, D e DF em relação ao grupo C (16,62 ± 1,76 U/mL/ mg proteína ) com valores de 27,61 ± 10,53; 30,96 ± 8,29; 52,38 ± 12,34 U/mL/ mg proteína. Não se observaram alterações nos níveis de Glutationa Total, Superóxido Dismutase e Catalase em nenhum dos dois órgãos. Além disso, no diabetes ocorre um maior depósito de ferro sugerindo uma alteração no processo de captação desse metal.Item Fatores associados à adiponectina e proteína c-reativa em crianças de Nova Era-MG.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Domingos, Ana Luiza Gomes; Freitas, Silvia Nascimento de; Coelho, George Luiz Lins Machado; Volp, Ana Carolina PinheiroNa faixa etária pediátrica, a presença da obesidade é um importante fator de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares na idade adulta. Estudos sobre biomarcadores inflamatórios e marcadores de risco cardiovasculares são importantes para a detecção precoce de grupos em risco potencial para doenças cardiometabólicas e implementação de ações de prevenção desde a infância. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi verificar as associações entre as variáveis antropométricas, de composição corporal, clínicas, bioquímicas, demográficas e as concentrações da proteína C-reativa (PCR) e da adiponectina em crianças de 6 a 10 anos matriculadas na rede pública de ensino de Nova Era-MG. Com a finalidade de descrever o perfil nutricional dos escolares, um estudo transversal foi realizado em 2009 com 1024 crianças na faixa etária entre 6 e 10 anos de idade utilizando o indicador Índice de Massa Corporal por Idade (IMC/I). A partir deste estudo observou-se uma prevalência de 2,3% de baixo peso, 11,2% de sobrepeso e 6,4% de obesidade. Para comporem a amostra, foram selecionadas todas as crianças diagnosticadas com obesidade (n=65), e para cada criança obesa foram selecionadas duas crianças eutróficas (n=130) que pertenciam à mesma escola. Amostras de sangue foram coletadas após 12 horas de jejum para obtenção de soro e plasma. Foi realizada a avaliação antropométrica, composição corporal e a aferição da pressão arterial. A maturação sexual foi avaliada de acordo com os estágios de desenvolvimento sexual propostos por Tanner. Realizou-se o teste T de Student e teste Mann-Whitney U, para comparação dos grupos, testes de correlação de Pearson e Spearman e análise de regressão linear múltipla. Foram incluídas no modelo de regressão as variáveis independentes que apresentaram valor p inferior a 0,05. Para o ajuste do melhor modelo foi avaliado o efeito de multicolinearidade, observações influentes, e a análise de resíduos para testar a validade dos modelos. A amostra final do estudo foi composta de 183 crianças com idade média de 8,15 ± 1,34 anos, sendo 59,02 % (n=108) de crianças do sexo feminino e 40,98 % (n=75) do masculino. A glicemia de jejum (β=0,006, DP=0,003, p=0,032) e o percentual de gordura corporal estimado pelas pregas cutâneas (β=0,013, DP=0,002, p<0,001) apresentaram melhor capacidade de associação com a concentração da PCR (R²ajustado= 0,228). O HOMA-IR (β = 0,161, DP=0,254, p<0,001) e o HOMA-AD (β=-27,3, DP=2,27, p<0,001) apresentaram melhor associação com a concentração da adiponectina (R²ajustado=0,451). Em conclusão, o percentual de gordura corporal estimado pelas pregas cutâneas e a glicemia se associaram com as concentrações da proteína C-reativa em crianças de 6 a 10 anos de Nova Era, assim, devido ao baixo custo de execução de tais medidas recomenda-se sua aplicação na prática clínica para a detecção de crianças em risco cardiometabólico. Já nos diferentes modelos analisados as variáveis antropométricas não apresentaram associação com as concentrações de adiponectina, e somente o HOMA-AD e HOMA-IR entraram no modelo de regressão múltiplo. Assim, observa-se que as equações apresentadas para a adiponectina apresentam pouca aplicabilidade em estudos epidemiológicos em decorrência do custo para as dosagens das covariáveis explicativas.Item Associação entre leucócitos, proteína C reativa e componentes da síndrome metabólica em adolescentes.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Cruz, Larissa Leandro da; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina PinheiroA obesidade, um grave problema de saúde pública, em todo o mundo, vem atingindo as variadas faixas etárias, inclusive a pediátrica. O distúrbio é associado a um conjunto de doenças, tais como hipertensão arterial, dislipidemia aterogênica e diabetes mellitus do tipo 2, que compõem a Síndrome Metabólica (SM). A presença de SM na idade pediátrica, em decorrência dos múltiplos fatores de risco cardiovascular que a compõem, está associada a um maior risco de manifestações prematuras no adulto. Recentemente vários estudos têm apresentado evidências de que além do estresse metabólico (caracterizado por anormalidades no metabolismo de lipídios e de glicose), o estresse inflamatório constitui importante mecanismo patogênico da SM. No entanto poucos estudos têm explorado esta relação em adolescentes. Em vista disso, este estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a prevalência dos componentes da SM e sua associação com a proteína C reativa (PCR) e leucócitos em adolescentes de 11 a 15 anos de idade, matriculados em escolas privadas e públicas do município de Alegre, Espírito Santo. Dos voluntários do estudo foram obtidos os seguintes dados: idade, sexo, peso, altura (para cálculo do índice de massa corporal, circunferência da cintura, percentual de gordura corporal), hemograma completo (série branca e série vermelha), lipidograma, glicemia de jejum, insulinemia, PCR e pressão arterial. Para caracterizar a SM foram utilizados os pontos de corte e os fatores de risco preconizados pela I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A amostra foi composta por 524 adolescentes, sendo 247 do gênero masculino e 277 do gênero feminino. A idade média foi 13 anos. O excesso de peso estava presente em 29,6% dos adolescentes e 25,7% apresentavam circunferência da cintura aumentada. Na avaliação bioquímica, 27,2% dos adolescentes apresentavam-se com hipercolesterolemia, 21,8% com hipertrigliceridemia, 49,5% com concentrações diminuídas de colesterol HDL, 18,7% com colesterol LDL elevado, 14,2% com hiperglicemia, 15,1% com hiperinsulinemia e 12,0% dos adolescentes com concentrações de PCR consideradas de alto risco. Adolescentes com maiores concentrações de triacilgliceróis, circunferência da cintura e percentual de gordura corporal apresentaram maiores médias para as populações de leucócitos e linfócitos. A presença da SM foi verificada em 16%, a resistência à insulina em 12,9% e mais de 49% dos adolescentes apresentaram pelo menos 2 componentes da SM. A hipertensão foi observada em 6,5%. Foi encontrada uma associação positiva significativa entre concentrações de PCR e pressão arterial sistólica, glicose e colesterol HDL, independentemente da idade, da composição corporal e do IMC. A única variável associada significativamente aos leucócitos foi o percentual de gordura corporal. Conclui-se que a população estudada apresenta alta prevalência de fatores de risco clássicos para as doenças cardiovasculares, para o diabetes do tipo 2 e para a Síndrome Metabólica.Item Teor de minerais em dietas orais de pacientes oncológicos hospitalizados : estimativa de ingestão e avaliação da dieta.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Sá, Júlia Sommerlatte Manzoli de; Quintaes, Késia Diego; Morgano, Marcelo AntonioO câncer é definido como uma enfermidade multicausal crônica, caracterizada pelo crescimento descontrolado de células, sendo a desnutrição um dos fatores que corroboram para a maior causa da morbidade e mortalidade dos pacientes oncológicos. O objetivo do estudo foi determinar o teor de minerais (Ca, Fe, P, Na, K, MG, Mn, Zn, Cu e Se) consumidos por pacientes oncológicos hospitalizados que receberam dietas hospitalares (geral, branda e pastosa) com indicação ou não de complemento alimentar oral (CAO), comparando com a recomendação nutricional. Foram coletadas amostras do desjejum, colação, almoço, lanche, jantar, ceia e CAO, de 2 dias não consecutivos no outono, inverno e verão, com o propósito de estudar os minerais presentes nestas dietas. O consumo alimentar dos pacientes foi caracterizado pela quantidade ingerida em relação ao total ofertado calculado pela respectiva sobra, caso houvesse. A adequação do consumo em relação às recomendações nutricionais (EAR ou AI e UL) foi determinada. Participaram deste estudo 163 pacientes, sendo que 60% eram do sexo masculino, com idade de 57±15 anos. A maioria dos pacientes (77%) recebeu a dieta geral, sem CAO (75%). O consumo de minerais em percentual não foi influenciado pelo tipo de dieta recebida. A baixa aceitação alimentar foi notada em todas as dietas o que contribui para a inadequação da maioria dos nutrientes (Ca, Cu, Mg, Zn e K). As refeições menos aceitas foram o almoço e jantar apesar de terem sido as refeições com maior consumo de Cu, Mg, Mn, Na e Zn. Os pacientes que receberam dieta pastosa tiveram maior consumo de Fe e Zn se comparados aqueles que receberam dieta geral e branda. A inadequação do K foi notada para todos os pacientes do estudo. Os pacientes que consumiram a dieta geral apresentam maior tendência de adequação no consumo de Mg, Mn e Se em relação as demais dietas. O uso de CAO favoreceu a adequação da ingestão dietética de Ca. Pode ser concluído que a baixa ingestão alimentar dos pacientes com câncer é o principal motivo para a inadequação dos nutrientes analisados. O conhecimento deste perfil de paciente é primordial para elaboração de métodos que favoreçam o consumo adequado de minerais.Item Imagem corporal e marcadores de risco para transtornos alimentares em adolescentes de Ouro Preto, MG : transtornos alimentares em adolescentes.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Leão, Juliana Medeiros; Freitas, Silvia Nascimento deOs transtornos alimentares são transtornos psiquiátricos considerados quadros clínicos ligados à modernidade, cuja etiopatogenia ainda não está totalmente esclarecida. Estes transtornos afetam particularmente adolescentes e adultos jovens do sexo feminino. Várias complicações clínicas acompanham os transtornos alimentares e a mortalidade associada aos mesmos também é significativa. Entender os mecanismos envolvidos no comportamento alimentar pode auxiliar no tratamento de pessoas com transtornos e também ajudar na formação de profissionais mais bem preparados para tratar dessas doenças e as co-morbidades a elas associadas. Devido à sua importância epidemiológica, este estudo tem como objetivo identificar comportamentos de risco para desenvolvimento dos transtornos alimentares em adolescentes de Ouro Preto, MG. Adolescentes matriculados no ensino médio de escolas da área urbana, do município foram convidados a participar do estudo e para a avaliação dos marcadores de risco foram aferidas variáveis antropométricas (peso, estatura, circunferências) e de composição corporal (percentual de gordura corporal) e investigados fatores socioeconômicos por meio da aplicação de inquéritos e percepção da autoimagem por meio de testes específicos e escala de figuras. Na caracterização do comportamento sugestivo de transtorno alimentar foi utilizado o Teste de Atitudes Alimentares (EAT) e o Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo (BITE). Na amostra estudada, a insatisfação com a imagem corporal foi o único fator de risco para um comportamento alimentar sugestivo de transtornos alimentares, enquanto o IMC e o percentual de gordura se mostram significantemente relacionados a esta insatisfação, mas não diretamente aos transtornos. Os resultados encontrados reforçam a necessidade de uma melhor conscientização entre os adolescentes da ideia de peso saudável. A escola se torna um ambiente propício para adoção de estratégias preventivas em relação aos transtornos alimentares e é preciso que ocorra uma parceria entre profissionais de saúde e de educação para que campanhas educativas tenham maior efeito sobre os adolescentes.Item Teor de minerais veiculados por dietas hospitalares orais.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Moreira, Daniele Caroline Faria; Quintaes, Késia DiegoOs minerais são nutrientes essenciais que atuam em diversas funções no organismo. Na literatura existe lacuna relativa a estudos sobre o teor destes nutrientes em dietas hospitalares orais. Este trabalho objetivou avaliar a adequação dos teores dos macrominerais Ca, K, Mg, Na e P e dos microminerais Cu, Fe, Mn, Zn e Se presentes em dietas hospitalares (geral, branda e pastosa) e complementos alimentares orais (CAO) destinados à pacientes hospitalizados, em relação às Recomendações Dietéticas de Referência (DRIs), e ainda a contribuição percentual de cada refeição para a oferta desses minerais em relação ao total diário ofertado e também às DRIs. O teor dos minerais foi determinado em duplicata de amostras utilizando um espectrômetro de emissão óptica em plasma com acoplamento indutivo (ICP OES). Foram coletadas amostras do desjejum, colação, almoço, lanche, jantar, ceia e CAO, de dois dias não consecutivos (terça e quinta-feira) em três meses do ano (janeiro, maio e setembro). Os procedimentos estatísticos foram executados através do STATA 11.0 e incluíram os testes de Shapiro-Wilk, teste de Bartlett ANOVA seguido por Bonferroni, Kruskal-Wallis (kwallis2), teste t de Student e U de Mann-Whitney, a significância estatística foi estabelecida como p<0,05. Os resultados revelaram que dentre as dietas, a pastosa foi a que apresentou os maiores teores dos elementos pesquisados. Foi notada variação na oferta de minerais pelas dietas em relação aos meses de coleta, sendo janeiro o mês que os cardápios continham os maiores teores dos minerais e, consequentemente, apresentou os cardápios com teor de nutrientes com menor inadequação (60% de adequação, contra 40% do mês de maio e 50% de setembro) em relação às recomendações nutricionais. Por outro lado, todas as dietas apresentaram teor de sódio superior ao UL em todos os meses de estudo (200% acima do UL, nas dietas geral e branda em todos os meses de coleta e na dieta pastosa variando de 120% em maio até aproximadamente 300% acima do UL em janeiro). O almoço ofertou em média 46% do Na total ofertado e o jantar 37%, sendo as refeições que mais contribuíram para os teores excessivos detectados. A oferta do CAO foi essencial para adequação dos teores de Ca, K, Mg, Cu, Mn, Zn e Se, em algum momento do estudo. A contribuição percentual de cada refeição para a oferta de macro e microminerais em teores adequados à RDA/AI, revelou que o almoço é a principal refeição ofertando em média 47% da recomendação, seguida pelo jantar, que contribuiu em média com 36%. A colação e a ceia foram às refeições menos representativas, veiculando em média 2% e 6%. Conclui-se que as dietas orais ofertadas à pacientes hospitalizados estão inadequadas em relação às recomendações nutricionais para todos os minerais ofertados, com exceção do P. O almoço e o jantar são refeições chave na oferta de minerais, por conterem maior variedade de grupos alimentares. A colação e a ceia poderiam ser modificadas, contendo alimentos ricos em minerais e assim contribuir para a adequação das dietas às DRIs. O uso de CAO foi uma boa estratégia para a oferta de minerais, sendo que sua inclusão permanente nos cardápios poderia ser uma medida relevante na adequação das dietas às recomendações nutricionais.Item Hábito alimentar e fatores de risco cardiovascular na população do ensino fundamental da cidade de Ouro Preto, MG.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Coelho, Lorene Gonçalves; Freitas, Silvia Nascimento deAs doenças cardiovasculares representam a principal causa de morbidade e mortalidade em diversos países, sendo seu desenvolvimento influenciado pelo padrão de consumo alimentar adotado pelas populações. O objetivo principal do estudo foi investigar a relação entre os hábitos alimentares e os fatores de risco para doenças cardiovasculares em escolares; bem como analisar a relação entre estado nutricional, hábitos alimentares e nível de atividade/inatividade física dos mesmos. Realizou-se estudo transversal com uma amostra representativa dos escolares (6 a 14 anos) residentes na cidade de Ouro Preto, MG. Um questionário semi-estruturado foi aplicado para coleta das variáveis demográficas, socioeconômicas, bioquímicas, clínicas e antropométricas. Os dados dietéticos foram obtidos c um questionário de freqüência alimentar a partir do qual o consumo alimentar foi avaliado segundo o (RFS) adaptado. Modelos de regressão linear múltipla foram construídos para avaliar o quanto o consumo alimentar foi associadoaos fatores de risco cardiovascular. Já quanto à avaliação da relação entre hábitos alimentares, nível de atividade/inatividade física e estado nutricional dos escolares, realizou-se o teste de qui-quadrado de ou exato de e da razão de chances ( ), bem como modelos de regressão logística univariada. Os escolares apresentaram idade média de 10,44±2,42 anos, sendo 47,4% meninos e 52,6% meninas. O padrão alimentar das crianças e adolescentes foi caracterizado por um baixo consumo de alimentos saudáveis, e observaram-se elevadas prevalências de excesso de peso e inatividade física. Quanto à associação com os fatores de risco cardiovascular, o consumo dos alimentos que compuseram o RFS adaptado foi negativamente e significativamente associado com o percentual de gordura corporal – tetrapolar (PGC-T) (p=0,035) e com a pressão arterial sistólica (PAS) (p=0,038) apenas nas crianças de 6 a 9 anos de idade. Já referente à relação entre hábitos alimentares, atividade/inatividade física e estado nutricional dos escolares, não foram observadas associações entre os mesmos. O padrão alimentar adotado pelos escolares mostrou-se como um importante determinante para alguns dos fatores de risco cardiovasculares estudados (PGC-T e PAS), especificamente nas crianças de 6 a 9 anos de idade. Assim, a avaliação do consumo alimentar deve ser adotada como uma ferramenta primordial na prevenção e intervenção precoce sobre os fatores de risco cardiovascular durante a infânciaItem Perfil nutricional e bioquímico de alcoolistas frequentadores do CAPSad de Ouro Preto, Minas Gerais.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Toffolo, Mayla Cardoso Fernandes; Aguiar, Aline Silva deA presente dissertação esta apresentada em três artigos que contemplaram os seguintes objetivos: avaliar o estado nutricional e clínico de alcoolistas (artigo 1); avaliar os níveis de leptina de acordo com o padrão de uso de álcool e o tempo de abstinência (artigo 2) e avaliar a fissura e o consumo de alimentos em alcoolistas após três meses de tratamento (artigo 3). Artigo 1: trata-se de um estudo transversal com 65 pacientes alcoolistas requentadores do Centro de Apoio Psicossocial aos usuários de álcool e outras drogas (CAPSad) de Ouro Preto-MG. Os participantes foram divididos de acordo com o padrão de uso do álcool (NA- não abstinentes; A2- abstinentes até 3 meses; A3- abstinente por 4 meses ou mais). Além do questionário sócio-demográfico, também foram aplicados os questionários SADD (Short Alcohol Dependence Data) e o ASSIST (Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test) para conhecimento do grau de dependência alcoólica e do poliuso de drogas, respectivamente. O perfil bioquímico e nutricional foi avaliado através de exames bioquímicos e avaliação antropométrica. A adequação das calorias e nutrientes da alimentação fornecida na instituição também foi analisada. Foi alto o percentual de participantes com dependência alcoólica grave (67,74%), associada ao uso principalmente de tabaco (66,15%). Pacientes abstinentes há mais tempo (A3) apresentaram risco maior de sobrepeso/obesidade e circunferência da cintura (CC) aumentada do que os não abstinentes e abstinentes recentes (A2) com odds ratio de 5,25 para ambos. O risco de maior % de gordura corporal (%GC) foi de 3,38 para os abstinentes, independente do tempo de abstinência. Os alcoolistas apresentaram níveis mais elevados de HDL-c do que os abstinentes, entretanto, os valores médios de triglicerídeos, colesterol total e glicemia de jejum aumentaram no sentido dos abstinentes A3, para não abstinentes, com valores limítrofes entre estes. A alimentação oferecida no CAPSad não se mostrou adequada para as necessidades diárias dos usuários, com alta oferta de sódio e de calorias para mulheres. Artigo 2: a leptina sérica foi dosada nos mesmos 65 alcoolistas e seus níveis foram avaliados de acordo com o padrão de uso do álcool. Níveis elevados de leptina foram encontrados apenas entre mulheres abstinentes recentes (A2), em comparação com as não abstinentes. Houve correlação positiva entre os níveis de leptina, IMC e CC entre as mulheres não abstinentes (leptina x IMC: r = 0,91, p <0,01; leptina x CC: r = 0,87; p = 0,001). Artigo 3: Vinte um alcoolistas foram avaliados no início e após três meses de tratamento no CAPSad. Foram analisadas a fissura e a escolha de alimentos e realizada a avaliação nutricional durante este período. Durante a abstinência, as mulheres ganharam peso e os homens perderam, entretanto os pacientes abstinentes mantiveram menor fissura e maior sensação de bem estar com o consumo de alimentos fontes de carboidratos simples ou complexos. Conclusão: Pacientes abstinentes têm maior risco de sobrepeso e obesidade. O aumento dos níveis de leptina parece ser dependente do tempo de abstinência e do gênero. Mulheres abstinentes recentes tiveram maiores níveis de leptina, que pode favorecer a recaída ser no início da abstinência. A escolha de alimentos fonte de carboidratos pode ajudar na redução do desejo de retomar o consumo alcoólico, entretanto podem contribuir para um consumo calórico elevado, podendo influenciar no ganho de peso entre os abstinentes.Item Saúde autorreferida de docentes e servidores técnico-administrativos de uma universidade pública da região Sudeste.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Fiorezi, Janaina Maria Setto; Bonolo, Palmira de FátimaConhecer as condições de saúde e os hábitos de vidados servidores de uma instituição pode contribuir para a definição de políticas de atenção à saúde desses servidores. O estudo teve o objetivo de caracterizar as condições de saúde autorreferidas por docentes e servidores técnico-administrativos de uma universidade pública da região sudeste do Brasil. Participaram do estudo 815 servidores, sendo 347 docentes e 468 técnico-administrativos, de 20 a 65 anos. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem descritivo-analítica. Os dados foram coletados de um banco de dados secundário da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários da Instituição, criado a partir de questionário semiestruturado disponibilizado para autopreenchimento na página eletrônica da Instituição. Verificaram-se as diferenças entre as médias de idade e os fatores associados às morbidades entre docentes e técnico-administrativos. A categoria do servidor, o sexo, faixa etária, insatisfação no trabalho, o hábito alimentar não saudável, atividade física irregular/sedentário, excesso de peso, tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas apresentaram associação com algumas doenças crônicas não transmissíveis, doenças infecciosas e parasitárias,atestado médico, hospitalização, acidente de trabalho, adesão à vacinação contra o tétano e a febre amarela. Observou-se que os docentes tiveram maior prevalência de doenças, atividade física irregular/sedentário, sobrepeso/obesidade e consumo de bebida alcoólica. Entretanto,os servidores técnico-administrativos apresentarammaior frequência de atestado médico, hospitalização, acidente de trabalho, alimentação não saudável, tabagismo e uso de substâncias ilícitas. Este estudo indicou que os servidores estão expostos a fatores de risco que podem comprometer asua saúde física e mental. Alguns hábitos de vida foram considerados fatores associados às morbidades, sendo modificáveis. Sugere-se a implantação de política integrada de atenção à saúde do servidor, baseada na promoção da saúde e prevenção de doenças, dentro de uma abordagem individual e social.Item Avaliação dos efeitos do extrato de Baccharis trimera (carqueja) sobre parâmetros metabólicos e de estresse oxidativo em modelo de diabetes melito tipo 1 induzido por aloxano em ratas.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Kaut, Natália Nogueira do Nascimento; Costa, Daniela Caldeira; Rossoni Júnior, Joamyr VictorO diabetes mellitus tipo 1 é uma doença caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas com consequente deficiência na secreção da insulina, resultando em hiperglicemia. As complicações do diabetes são onerosas para a saúde pública e de prejuízos irreparáveis para o portador da doença, pois abrange aspectos clínicos e sociais. Uma das causas das complicações do diabetes é o aumento do estresse oxidativo, situação na qual há um desequilíbrio entre as espécies reativas e as defesas antixidantes. Em busca de terapias alternativas, diversas plantas têm sido popularmente utilizadas no tratamento do diabetes. A planta medicinal Baccharis trimera, popularmente conhecida como carqueja, merece destaque dentre essas plantas, pois apresenta promissor potencial antioxidante e hipoglicemiante. Este estudo teve por objetivo avaliar os efeitos do extrato hidroetanólico da Baccharis trimera sobre os parâmetros metabólicos e de estresse oxidativo em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 1 induzido por aloxano em ratas. Foi realizado experimento com 48 ratas da linhagem Fischer, divididas em 6 grupos, a saber: C (controle), C600 (controle + 600 mg/kg de extrato), C1200 (controle + 1200 mg/kg de extrato), D (diabéticos), D600 (diabéticos + 600 mg/kg); D1200 (diabéticos + 1200 mg/kg). As ratas tiveram o diabetes induzido por Aloxano, e após a confirmação do diabetes, todos os animais foram tratados por sete dias. Ao término do tratamento, as ratas foram eutanasiadas e tiveram o sangue coletado para realização das dosagens dos marcadores bioquímicos de perfil lipídico, função hepática e renal, e o fígado coletado para dosagem dos marcadores de estresse oxidativo (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e proteína carbonilada), dosagem das enzimas antioxidantes (superoxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase e redutase), e análise da expressão do RNAm das enzimas antioxidantes. Os resultados obtidos mostraram que sete dias de diabetes são suficientes para alterar os marcadores bioquímicos, mas não são suficientes para alterar os marcadores de estresse oxidativo no fígado. As enzimas antioxidantes mostraram que os animais diabéticos apresentam quadro de estresse oxidativo visto que as ratas diabéticas apresentaram uma maior atividade da enzima superoxido dismutase e diminuição da atividade das enzimas catalase e glutationa peroxidase. A carqueja não mostrou efeito em diminuir a glicemia dos animais diabéticos, tampouco em modular o estresse oxidativo destes animais.Item Caracterização histológica da esteatose hepática em ratas hipercolesterolêmicas e o envolvimento do estresse oxidativo.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Abreu, Isabel Cristina Mallosto Emerich de; Pedrosa, Maria LúciaA doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma doença caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado de pacientes sem história de abuso de álcool. É a doença hepática mais comum no mundo ocidental, e sua prevalência está aumentando. A DHGNA é classificada em dois tipos: esteatose, na qual ocorre somente a deposição de gordura nos hepatócitos e esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), na qual ocorre, além da esteatose, necroinflamação. A hipótese mais comumente aceita para explicar a progressão da esteatose à EHNA é a hipótese “Two-hit”, o primeiro “hit” refere-se aos fatores que podem promover esteatose hepática e o segundo “hit” refere-se aos fatores que podem agravar a esteatose hepática levando à esteato-hepatite. O estresse oxidativo, definido como um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas e a capacidade dos sistemas de defesa antioxidante em neutralizá-las e prevenir seus efeitos deletérios, é um fator responsável pelo segundo “hit”. Elucidar os mecanismos de lesão induzida por estresse oxidativo no fígado é essencial para a compreensão da patogênese da doença. Assim, nossos objetivos foram determinar se a dieta hipercolesterolemiante provoca alterações histológicas no fígado de ratas e verificar se a mesma dieta induz alterações no status antioxidante por meio da expressão de mRNA da NADPH oxidase e das enzimas antioxidantes; da atividade das enzimas catalase, SOD Cu-Zn, glutationa total; e do marcador de peroxidação lipídica (TBARS). Ratas Fischer foram divididas em dois grupos de oito animais de acordo com o tratamento recebido, Controle (C) e Hipercolesterolêmico (H), sendo aquelas do grupo C alimentadas com dieta padrão (AIN-93M) e aquelas do grupo H alimentadas com dieta hipercolesterolemiante (25% de óleo de soja e 1% de colesterol). Ao final de oito semanas, os animais foram anestesiados e eutanasiados. Os dados paramétricos foram avaliados por teste T de Student e os não paramétricos por Mann-Whitney. A dieta hipercolesterolemiante não alterou o peso corporal, mas resultou em acúmulo de lipídios no fígado, aumentando os níveis séricos das aminotransferases e de colesterol. A expressão de mRNA de subunidades da NADPH oxidase estava aumentada no fígado de animais do grupo H e alterações na atividade e expressão de enzimas antioxidantes e de TBARS foram observadas. Esses resultados sugerem que a dieta hipercolesterolemiante induziu esteatose hepática em ratas, constituindo-se, portanto, em um bom modelo para o estudo de esteatose.Item Avaliação dos fatores de risco para o ganho de peso em estudantes após o ingresso na universidade.(2013) Nogueira, Roberta Ribeiro de Andrade; Fausto, Maria ArleneIntrodução: O primeiro ano universitário pode ser considerado crítico para o aumento de peso nos estudantes, podendo ser acompanhado de alterações no estilo de vida e no consumo alimentar. Objetivo: Identificar os fatores de risco para o ganho de peso corporal em estudantes após um ano de ingresso na universidade. Metodologia: O estudo foi do tipo longitudinal e conduzido na Universidade Federal de Ouro Preto com estudantes que ingressaram na universidade. A coleta de dados foi realizada nos primeiros semestres de 2010 e de 2011, sendo obtidas informações de identificação, demográficas e de estilo de vida. A estatura (m) e o peso (kg) foram aferidos e calculado o Índice de Massa Corporal (kg/m2). O estado nutricional foi avaliado utilizando os pontos de corte de IMC. O consumo alimentar foi mensurado por meio do Recordatório de 24 horas. Foram avaliadas a ingestão energética, de carboidrato, de proteína, de lipídio, de colesterol, de fibras, de vitaminas e de minerais. O consumo dos alimentos foi avaliado segundo os grupos alimentares. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a normalidade dos dados contínuos. Foram realizados o teste de McNemar e o Q-Cochran, os testes t-Student pareado e de Wilcoxon. Os fatores de risco para o ganho de peso foram identificados pelo modelo de riscos proporcionais de Cox. A análise foi realizada no Stata, versão 9.0, considerando um nível de significância de 5%. Resultados: Dos universitários, 71,3% eram eutróficos, 56,5% sedentários e 76,4% consumiam bebidas alcoólicas ao ingressarem na universidade. O padrão alimentar dos universitários foi caracterizado pela ingestão adequada de energia, carboidrato, proteína, lipídio e colesterol e pela baixa ingestão de fibras, vitaminas e minerais e aumentado consumo de sódio. Foi observada ingestão reduzida do grupo dos cereais, frutas, vegetais e laticínios e elevada de carnes, leguminosas, açúcares e óleos. Nenhuma modificação foi identificada no estilo de vida dos universitários e apenas o consumo de vitamina D e de colesterol aumentou ao final de um ano. Ganharam peso 66% dos universitários, com acréscimo de 1,5kg no peso corporal inicial, representando um amento de 6,6% de sobrepeso/obesidade e incidência de 0,65 por 100 pessoas/ano. Os fatores de risco para o ganho de peso foram maior ingestão de energia, de colesterol e dos grupos dos óleos e gorduras e dos açúcares e doces, além do baixo nível de atividade física e maior renda familiar. Conclusão: O padrão alimentar e o estilo de vida praticados, juntamente com o fator econômico, influenciaram o ganho de peso dos estudantes no ano de ingresso na universidade.Item Consumo alimentar e fatores de risco para doenças cardiovasculares em trabalhadores em turno alternantes, Minas Gerais.(2013) Fajardo, Virgínia Capistrano; Freitas, Silvia Nascimento deIntrodução: As doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% da mortalidade mundial. Dentre seus fatores de risco comportamentais a alimentação inadequada, especialmente com excesso de sódio e gordura saturada, contribuem com alterações na pressão sanguínea, níveis de colesterol, glicemia e sobrepeso e obesidade. Além disso, o tipo de escala de trabalho em turnos parece contribuir também com o aumento do risco para DCV. Então, quando o trabalho em turnos estiver associado com escolhas alimentares inadequadas poderá resultar no surgimento, ou agravamento, dos fatores de risco para DCV. Objetivo: Verificar a relação entre o consumo alimentar e fatores de risco para doenças cardiovasculares. Assim como, determinar o padrão alimentar dos trabalhadores em turnos alternantes de uma mineradora da região dos Inconfidentes, Minas Gerais, Brasil. Métodos: Estudo de delineamento transversal foi realizado em 574 trabalhadores em turnos alternantes. Foram investigados os perfis sociodemográfico, clínico, antropométrico, bioquímicos e comportamentais. Com a finalidade de verificar a relação entre o consumo alimentar e fatores de risco foram utilizados o teste qui-quadrado de Pearson e o qui-quadrado com correção de continuidade de Yates, com nível de significância de 5%. Além disso, o padrão alimentar foi determinado por duas técnicas classificatórias multivariada de análise de agrupamentos. Para a análise fatorial foi utilizado o método de componentes principais, e a rotação ortogonal- varimax. Além disso, verificou-se a aplicação deste tipo de estatística quanto sua validade através do teste de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) e Esfericidade de Bartlett. Enquanto que para a análise de Cluster foi usado o método de ligação Ward e para a escolha do número final de grupos utilizou-se como critério a similaridade mínima de 50%. Resultados: Participaram do presente estudo 574 homens adultos, entre 21 e 56 anos, com idade mediana de 34 anos. Todos eles com escala de trabalho em turnos alternantes (6h/12h), e com tempo mediano de trabalho em turnos de 7 anos. A maioria dos entrevistados vive com cônjuge, quase a totalidade dos indivíduos, 91,8% (n=527), possuía mais de oito anos de estudo, e mais de 60% declararam-se como não brancos. Quanto aos fatores de risco, quase um terço dos indivíduos foi classificado com pressão arterial aumentada, e em torno de 65% possuem excesso de peso. Aproximadamente 15% do grupo estudado possuíam glicemia e LDL-colesterol aumentados, e cerca de 30% deles alterações de triacilglicerol, colesterol total, o HDL-colesterol. Dentre as variáveis comportamentais investigadas, nota-se que a maioria dos indivíduos possuía nível ativo de atividade física, risco baixo para ingestão alcoólica e não faziam o uso de tabaco. Quanto ao consumo alimentar, as maiores frequências de adequação foram nos grupos das leguminosas e cereais, porém menos de 20% dos trabalhadores atingiam as recomendações de consumo para os grupos do leite e derivados e das frutas. Ao verificar a relação entre o consumo alimentar e os fatores de risco para doenças cardiovasculares, foram encontradas associações significativas (p < 0,05) entre o consumo de legumes e verduras, leite e derivados, gordura aparente das carnes ou pele de frango, peixes, tipo de gordura utilizada para cocção e, refrigerantes e sucos industrializados, com alterações da pressão arterial, índice de massa corporal, circunferência da cintura, glicose, triacilglicerol, colesterol total e LDL-colesterol. No presente estudo observou a formação de nove padrões alimentares quando utilizada o método fatorial, os quais representaram cerca de 60% de explicação total dos dados. Tal análise foi adequada para este conjunto de variáveis de acordo com os testes de Kaiser-Meyer-Olkin (0,538) e esfericidade de Bartlett (p=0,000). Enquanto que pela análise de cluster foi encontrada a formação de seis grupos heterogêneos entre si, e homogêneos internamente. Conclusão: A amostra de trabalhadores em turnos alternantes possui risco para o desenvolvimento de DCV, pois posuem frequências significativas de alterações clínica, bioquímicas e antropométricas, além de inadequação do consumo de alimentos e presença de outros fatores de risco comportamentais. No presente estudo foram encontradas associações significativas (p<0,005) entre algumas varáveis de consumo alimentar com os fatores de risco avaliados. Ao utilizar a determinação de padrões alimentares por métodos de agrupamento, verificou-se que a análise cluster foi melhor para os dados investigados.Item Adiposidade corporal e risco para apnéia obstrutiva do sono em trabalhadores de turnos alternantes.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Freitas, Lunara da Silva; Sales, Maria LilianA Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS) é definida como diminuição da passagem de ar pelas vias aéreas superiores durante o sono, causados por colapso das estruturas respiratórias, apesar da manutenção dos esforços respiratórios. Alguns dos fatores de risco são sexo masculino, idade avançada, obesidade, tabagismo e alcoolismo. Além dos fatores de risco, indicadores de adiposidade corporal podem predizer a AOS. O trabalho em turnos alternantes associado à AOS levam a fadiga e privação do sono, que resultam em ganho de peso, diabetes, doenças cardiovasculares, perda do rendimento físico e mental e acidentes de trabalho. O questionário de Berlim é um instrumentos de triagem que define o risco de desenvolver AOS avaliando sintomas e sinais associados à doença. Baseando-se na atual escassez de estudos que abordam a interação existente entre adiposidade corporal e AOS, investigou-se a relação entre o alto risco para AOS e adiposidade corporal em trabalhadores de turnos alternantes de uma mineradora. Foi desenvolvido um estudo transversal com trabalhadores de turnos alternantes, adultos do sexo masculino no qual foram coletados em entrevista: dados sócio-demográficos, fatores comportamentais e sintomas relacionados à AOS; por autorrelato utilizando-se questionário de Berlim: sintomas e sinais da AOS; antropometria, composição corporal e pressão arterial sistêmica. A amostra foi composta por 471 trabalhadores com idade mediana de 35 anos, a maioria com ensino médio completo, em união estável e com menos de 10 anos de trabalho em turnos alternantes. O alto risco para apnéia obstrutiva prevaleceu em 9,77% da amostra, sendo essa prevalência baixa quando comparada a outros estudos. As medidas de adiposidade corporal indicaram excesso de gordura tanto na região abdominal quanto generalizado. A obesidade afetou 17,6% dos trabalhadores, prevalência elevada em relação população brasileira de homens adultos e dados de estudos com trabalhadores de turnos alternantes. Os indicadores de adiposidade corporal e a idade foram significativamente maiores para o grupo de alto risco para AOS, sendo portanto, capazes de auxiliar no seu diagnóstico. Nenhum dos fatores comportamentais apresentou relação com o alto risco.Item Qualidade da dieta de mulheres com câncer de mama.(2013) Previato, Helena Dória Ribeiro de Andrade; Freitas, Renata Nascimento deAs controvérsias em relação à alimentação e o câncer de mama podem decorrer da análise isolada de nutrientes ou de componentes dietéticos e os índices de avaliação da qualidade global da dieta podem ser utilizados em pesquisas em epidemiologia nutricional para analisar a associação entre nutrientes, grupos de alimentos e padrões alimentares com as doenças crônicas como o câncer de mama. Objetivou-se com o presente estudo avaliar a qualidade da dieta de mulheres com neoplasia mamária. Trata-se de um estudo caso-controle realizado em um hospital público de Belo Horizonte, Minas Gerais, com um grupo de 43 mulheres com câncer de mama e 78 mulheres do grupo controle. A qualidade da dieta foi avaliada pelo Índice de Alimentação Saudável (IAS) adaptado para a população brasileira que foi calculado a partir de questionário semi-quantitativo de frequência alimentar de 146 itens alimentares. O índice foi estratificado em tercis e as dietas foram classificadas em inadequada (tercil 1: <71,90 pontos), requerendo melhorias (tercil 2: 71,90-81,87 pontos) e saudável (tercil 3: >81,87 pontos). O teste qui-quadrado e modelos de regressão logística multivariada sem ajuste e ajustados foram usados para comparar a qualidade da dieta entre as mulheres e para avaliar a chance de câncer de mama de acordo com os tercis do IAS. De acordo com os tercis de distribuição da pontuação do IAS, foi observado que a maioria das mulheres com câncer de mama (44,2%) apresentou dieta requerendo melhorias, enquanto a dieta da maior parte das mulheres do grupo controle (47,4%) foi considerada saudável. Pela análise da regressão logística, a chance de câncer de mama foi maior entre as mulheres que se encontravam no tercil 2 do IAS em comparação com as mulheres que se encontravam no tercil 3, tanto no modelo sem ajuste (OR=3,36; IC95%=1,33-8,50) quanto no Modelo 1, ajustado por idade (OR=3,45; IC95%=1,28-9,29) e no Modelo 2, ajustado adicionalmente por variáveis relacionadas a fatores reprodutivos e hormonais (OR=5,22; IC95%=1,06-25,77). Todavia, não foi observada nenhuma associação entre mulheres que se encontravam no tercil 1 do IAS em relação àquelas no tercil 3 em nenhum dos modelos testados. Na comparação do consumo de grupos de alimentos, de nutrientes e da variedade da dieta entre os tercis do IAS foi observado que entre as mulheres com câncer de mama, o consumo de frutas e leguminosas e a variedade da dieta foram maiores no tercil 2 do IAS em comparação com o tercil 1, enquanto o consumo de gordura total e gordura saturada foram menores no tercil 2 em relação com o tercil 1. Os resultados indicam que a chance de câncer de mama não está associada a uma dieta inadequada de acordo com a classificação em tercis do IAS adaptado para a população brasileira. Deste modo, para esta população específica, o índice pode não ter sido um instrumento adequado para avaliar a associação entre qualidade da dieta e a chance de câncer de mama. Por isso, pesquisas são necessárias para validar esse índice como instrumento para medir a associação entre dieta e câncer de mama. Além disso, estudos com outros índices dietéticos são imprescindíveis para avaliar a associação entre qualidade de dieta e câncer de mama na população brasileira.Item Influência temporal do exercício aeróbico sobre parâmetros cardiovasculares e renais em ratos com hipertensão renovascular (2R1C) por até 10 semanas.(2013) Maia, Rosana da Conceição Araújo; Alzamora, Andréia Carvalho; Lima, Wanderson Geraldo de; Silva, Marcelo Eustáquio; Soares, Danusa Dias; Alzamora, Andréia Carvalho; Lima, Wanderson Geraldo de; Maia, Rosana da Conceição AraújoEm estudos prévios de nosso laboratório mostramos que o exercício regular aeróbico, natação, (EFR) por 4 semanas pode promover adaptações cardiovasculares benéficas na hipertensão, mas ainda não está claro em que fase da hipertensão esses benefícios podem ocorrer. Neste estudo foi avaliado ovaliado ovaliado o valiado ovaliado ovaliado ovaliado ovaliado o efeito do EFR sobre parâmetros cardiovasculares e renais em diferentes fases da hipertensão 2R1C em ratos. Ratos Fisher adultos após a cirurgia (2R1C) ou fictícia (SHAM) foram divididos em 2 grupos: sedentários (SED) e submetidos ao EFR (natação 1h/5 dias por diferentes semanas). Parâmetros cardiovasculares e histológicos foram avaliados em 2, 4, 6, 8 e 10 semanas. Dados foram expressos como média ± EPM. O EFR reduziu a pressão arterial média (PAM) e restaurou a sensibilidade da bradicardia reflexa (SBR) em 2R1C para valores semelhantes à SHAM SED na 4ª semana. Entretanto, a partir da 6ª semana a PAM e a SBR de 2R1C EFR foi similar a 2R1C SED. A avaliação do peso do coração e do diâmetro dos cardiomiócitos (μm) mostraram hipertrofia cardíaca em 2R1C EFR (0,41±0,03 e 14±0,2, respectivamente) e 2R1C SED (0,39±0,01 e 14±0,2, respectivamente) em relação ao SHAM SED (0,28±0,01 e 12±0,2, respectivamente) na 10ª semana. Entretanto, as avaliações morfométricas mostraram que ratos 2R1C SED apresentaram hipertrofia ventricular esquerda concêntrica na 6ª semana, enquanto que o EFR induziu hipertrofia excêntrica em 2R1C somente na 4ª semana (0,58±0,06; EFR vs 0,84±0,02; SED). Porém, o EFR diminuiu a deposição de colágeno (μm2) no miocárdio de 2R1C (329±38; EFR vs 613±68; SED) a valores semelhantes aos ratos SHAM (277±24; SED) da 2ª a 10ª semana. Além disso, o EFR, no rim não clipado (direito) de 2R1C, reduziu a deposição de colágeno (759±75; EFR vs 1639±112; SED) da 2a a 10ª semana. Esses resultados, em conjunto, mostram a eficiência do EFR em restaurar a PAM e a SBR até a 4ª semana e em promover adaptações teciduais benéficas tanto no coração quanto no rim durante o desenvolvimento e a manutenção da hipertensão renovascular 2R1C em ratos por até 10 semanas.Item Validade relativa de um questionário de frequência alimentar para pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica.(2013) Goulart, Lorena de Oliveira; Fausto, Maria ArleneTendo em vista a importância da orientação dietética no tratamento da DHGNA e a escassez de estudos que descrevam a ingestão dietética habitual desses pacientes, o presente estudo teve como objetivo avaliar a validade de um QFA, elaborado para determinar a ingestão de energia, macro, micronutrientes e grupos alimentares de indivíduos com DHGNA. Como método de referência foi utilizado a média de consumo estimada por 2 a 4 RA-24h. Foram incluídos todos os pacientes com DHGNA, diagnosticados no período de 2007 a 2011, que preencheram os critérios de inclusão e que deram prosseguimento ao atendimento ambulatorial. Para a análise da validade do QFA foram utilizados teste de médias, análise de correlação, classificação cruzada em quartis, coeficientes kappa e kappa ponderado e a representação gráfica de Bland-Altman. O QFA superestimou o consumo de todos os nutrientes e, com exceção do cálcio e das variáveis ajustadas: sódio, retinol e ácidos graxos poliinsaturados, todos apresentaram coeficientes de correlação abaixo de 0,4. O CCI indicou boa confiabilidade do QFA para estimar o consumo de energia, lipídios e carboidrato, mas apenas o cálcio apresentou boa concordância entre os métodos. Houve uma tendência de aumento na dispersão das diferenças à medida que houve aumento do consumo de energia, fibras e nutrientes. Para os grupos alimentares os melhores valores de concordância e de correlação foram encontrados para os grupos alimentares de Cereais, de Leites e de Óleos. Os resultados sugerem eficácia limitada do QFA para avaliação do consumo de energia, fibra, macro e micronutrientes, isoladamente. Porém, o mesmo mostrou-se eficiente para estimar o consumo de cálcio e dos grupos alimentares de Cereais, tubérculos, raízes e derivados; dos Leites e derivados e dos Óleos, gorduras e sementes oleaginosas. A avaliação da ingestão de grupos alimentares é de grande importância para a identificação do padrão dietético dos indivíduos com DHGNA, e consequente elaboração de ações educativas e políticas públicas de saúde, voltadas para a prevenção e terapêutica da doença.Item Migração de contaminantes inorgânicos contidos em copos não curados de esteatito para cachaças comercializadas no Quadrilátero Ferrífero (MG) com diferentes teores alcoólicos.(2013) Fernandes, Isabela da Costa; Quintaes, Késia DiegoO esteatito, conhecido popularmente como pedra-sabão, é encontrado principalmente no Quadrilátero Ferrífero. Atualmente, o uso ocorre principalmente no artesanato e na produção de revestimentos. Em Minas Gerais, a produção de cachaça é intensa, sendo produzidas inúmeras marcas no Quadrilátero Ferrífero. A possibilidade dessas cachaças serem armazenadas e consumidas em utensílios de pedra-sabão é maior no Quadrilátero Ferrífero. Objetivo: Determinar a migração de As, Cd, Cu, Ni e Pb em cachaças comercializadas no Quadrilátero Ferrífero (MG), armazenadas em copos não curados de esteatito (pedra-sabão) de duas procedências distintas, Cachoeira do Brumado (Mariana, MG) e Santa Rita de Ouro Preto (Ouro Preto, MG), em ciclos contínuos de 0h, 24h, 48h, 72h e 96h. Materiais e métodos: Foi realizado ensaio de migração de ciclo contínuo do tipo experimental fatorial com três fatores (teor alcoólico da cachaça, procedência do esteatito e tempo de armazenamento da cachaça em copos de pedra-sabão não curados). Todas as cachaças analisadas foram produzidas e comercializadas no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais (MG) e possuíam registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As cachaças selecionadas para o ensaio foram aquelas que apresentaram maior e menor teor alcoólico dentre as disponíveis no comércio. Foram determinados os teores de As, Cd, Cu, Pb e Ni em dezoitos marcas de cachaças. A determinação dos contaminantes inorgânicos foi realizada por espectrometria de emissão com fonte de plasma com acoplamento indutivo.Item Efeito das proteínas do soro do leite no estresse oxidativo em animais submetidos ao exercício físico de alta intensidade.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Teixeira, Kely Raspante; Silva, Marcelo EustáquioAs espécies reativas de oxigênio (ERO) são geradas, normalmente, nas mitocôndrias, membranas celulares e no citoplasma. No entanto, quando ocorre um desequilíbrio entre compostos pró-oxidantes e antioxidantes, em favor da geração excessiva de ERO instala-se o processo de estresse oxidativo. Este resulta na oxidação de biomoléculas, cuja manifestação é o dano oxidativo contra células e tecidos. O simples fato de consumir oxigênio gera uma contínua formação de ERO. Dessa forma, o aumento da contração muscular e o aumento do consumo de oxigênio, na atividade física, resultam em uma maior produção de ERO. Dentre os inúmeros compostos alimentares que apresentam atividade antioxidante, podemos citas as proteínas do soro do leite (PSL). Conhecidas por serem de alto valor biológico, estudos tem demonstrado seus benefícios para o desempenho físico, assim como em melhorar o sistema de defesa antioxidante. No entanto, o mecanismo como isso ocorre ainda não está bem elucidado. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito das proteínas do soro do leite sobre os biomarcadores do estresse oxidativo e das defesas antioxidantes em animais submetidos ao treinamento físico de alta intensidade. Para isso, foram utilizados 32 ratos, divididos em 4 grupos de 8 animais cada: grupo controle sedentário (CS) e controle exercitado (CE) proteína do soro do leite sedentário (WS) e proteína do soro do leite exercitado (WE). Após o período experimental foram mensurados o colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL) e as frações não-HDL, albumina sérica, glicose sérica, aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALA), creatinina e ureia, glutationa total, atividade de catalase (CAT) e de superóxido dismutase (SOD), proteínas carboniladas (PC), TBRAS, a expressão de enzimas das defesas antioxidantes, por meio do ensaio de RT-PCR quantitativa em tempo real e a análise histopatológica do músculo. Além disso, foi quantificado as mudanças na ingestão alimentar e no ganho de peso corporal dos animais. Para análise dos dados foram feitos os teste de two-way ANOVA e de Kruskal-Wallis, com pós teste de Tukey. Assim, observou-se que o exercício, juntamente com a ingestão de PSL, melhorou o perfil lipídico dos animais, reduzindo a concentração plasmática de colesterol total e das frações não-HDL. Já o nível de HDL foi maior, apenas, nos grupos que receberam as PSL. Foi encontrado, também, um aumento da concentração da glutationa total seguida da redução de PC e TBRAS, da atividade da CAT e de SOD nos grupos que receberam as PSL. O ensaio de RT-PCR quantitativa em tempo real apresentou resultados semelhantes aos das análises de atividade das enzimas de defesa antioxidante, confirmando esses dados. Na análise histologia verificou-se que as PSL foram capazes de reduzir a inflamação muscular ocasionada pela atividade física de alta intensidade. Tais achados apontam para um possível efeito sinérgico do exercício com as PSL. Além disso, as PSL mostraram-se benéficas no exercício físico de alta intensidade ao agir de forma indireta na redução do estresse oxidativo.