“Tidas e havidas por feiticeiras" : mulheres pretas e mestiças acusadas de feitiçaria nas Minas Gerais colonial.

dc.contributor.advisorChaves, Cláudia Maria das Graçaspt_BR
dc.contributor.authorSousa, Giulliano Gloria de
dc.contributor.refereeChaves, Cláudia Maria das Graçaspt_BR
dc.contributor.refereeFurtado, Júnia Ferreirapt_BR
dc.contributor.refereeAssis, Angelo Adriano Faria dept_BR
dc.contributor.refereeMattos, Yllan dept_BR
dc.contributor.refereeMaia, Moacir Rodrigo de Castropt_BR
dc.date.accessioned2024-03-21T20:08:58Z
dc.date.available2024-03-21T20:08:58Z
dc.date.issued2023pt_BR
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractEsta tese analisa as acusações de feitiçaria contra mulheres negras (pretas e mestiças) em Minas Gerais colonial, especificamente entre 1717 e 1812. A partir da análise de um vasto conjunto documental, composto por registros eclesiásticos e inquisitoriais, foram levantadas centenas de denúncias, processos e sentenças de práticas mágicas na capitania mineira. Por meio de uma abordagem crítica e histórica das fontes buscou-se compreender os mecanismos e agentes de repressão, bem como os discursos teórico-jurídicos e o imaginário social sobre a feitiçaria e as mulheres negras. Nesse sentido, a relação entre as práticas mágicas perseguidas pelas instituições eclesiásticas e inquisitorial e as acusadas foi analisada sob um duplo olhar: de um lado, os mecanismos que produziam e alimentavam as suspeitas e acusações de feitiçaria; do outro, as mulheres detentoras de crenças, conhecimentos e habilidades consideradas ilícitas e que eram acionadas como um importante instrumento de sobrevivência, mobilidade e poder. Como resultado, foi possível compreender que a associação das mulheres pretas e mestiças ao imaginário da feitiçaria maléfica e diabólica constituiu um intrincado mecanismo de classificação, hierarquização e controle sobre os corpos femininos negros, especialmente os das libertas, agentes que já não se encontravam diretamente sob o jugo senhorial e que passaram a desempenhar uma série de atividades econômicas na capitania mineira, rivalizando muitas vezes com brancos e homens livres pobres. Ao mesmo tempo, as acusadas também lançaram mão de seus conhecimentos e práticas consideradas mágicas para conquistarem a alforria, ascenderem socialmente e se protegerem das diversas violências de gênero, racial e de classe que marcaram o desenvolvimento não somente das Minas, mas de boa parte da América Portuguesa.pt_BR
dc.description.abstractenThis thesis analyzes the accusations of witchcraft against black and mixed-race women in colonial Minas Gerais, specifically between 1717 and 1812. Based on the analysis of a vast set of documents, made up of ecclesiastical and inquisitorial records, hundreds of accusations, lawsuits, and sentences regarding magical practices in the Minas Gerais captaincy were raised. Through a critical and historical approach to the sources, we sought to understand the mechanisms and agents of repression, as well as the theoretical-legal discourses and the social imaginary about witchcraft and black and brown women. In this sense, the relationship between the magical practices persecuted by ecclesiastical and inquisitorial institutions and those accused was analyzed from a double perspective: on one hand, the mechanisms that produced and fueled suspicions and accusations of witchcraft; on the other hand, women holding beliefs, knowledge and skills considered illicit and which were used as an important instrument of survival, mobility and power. As a result, it was possible to understand that the association of black and mixed-race women with the imaginary of evil and diabolical sorcery constituted an intricate mechanism of classification, hierarchization and control over female bodies, especially those of free women, agents who were no longer directly under the seigneurial yoke and who began to carry out a series of economic activities in the Minas Gerais captaincy, often competing with whites and poor free men. At the same time, the accused also used their knowledge and practices considered magical to achieve manumission, rise socially and protect themselves from the various gender, racial and class violence that marked the development not only of Minas Gerais, but of much of the Portuguese America region.pt_BR
dc.identifier.citationSOUSA, Giulliano Gloria de. “Tidas e havidas por feiticeiras": mulheres pretas e mestiças acusadas de feitiçaria nas Minas Gerais colonial. 2023. 307 f. Tese (Doutorado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/18148
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 14/03/2024 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/*
dc.subjectMinas Gerais - história - período colonial - 1500-1822pt_BR
dc.subjectNegras - históriapt_BR
dc.subjectFeitiçaria - históriapt_BR
dc.subjectInquisição - Minas Geraispt_BR
dc.subjectEscravidãopt_BR
dc.title“Tidas e havidas por feiticeiras" : mulheres pretas e mestiças acusadas de feitiçaria nas Minas Gerais colonial.pt_BR
dc.typeTesept_BR
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
TESE_TidasHavidasFeiticeiras.pdf
Tamanho:
4.91 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: