Resistência anticolonialista na ficção científica de Larissa Sansour.

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Data
2024
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Resumo
Esta pesquisa pretende compreender como a cineasta palestina Larissa Sansour narra o trauma palestino em três de suas obras audiovisuais de ficção científica através das teorias decoloniais do sul-global e dos estudos de trauma, usando o método de análise fílmica e de análise crítica cultural. Os três filmes são Patrimônio nacional (2013), No futuro, eles comiam da melhor porcela (2015) e In vitro (2019), cada um mobilizando a discussão sobre a ocupação/colonização sionista através do território, da narrativa e do trauma, respectivamente. O processo de criação do Estado de Israel, executado em 1948 através da Resolução 181 da Organização das Nações Unidas, estabeleceu, ao mesmo tempo, a Nakba palestina – a Catástrofe –, quando diversas vilas e cidades foram aniquiladas e centenas de milhares de pessoas foram forçosamente expulsas, num processo de limpeza étnica conforme caracterizado por Ilan Pappé (2006). Este processo se desdobra ainda hoje nas ações do sionismo, e as obras de Sansour refletem essas imbricações temporais para questionar e sugerir as possibilidades de uma realidade distinta da ocupação e do exílio forçado. São filmes cujo tema central é a luta pela soberania e pela autodeterminação da Palestina, propondo uma ação radical e anticolonialista através de suas personagens e suas relações nos filmes e com os acontecimentos reais que cercam o conflito territorial entre Israel e Palestina.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Colônias, Cinema - Palestina, Ficção científica, Larissa Sansour
Citação
CARDOSO, Rodrigo Castro Forte. Resistência anticolonialista na ficção científica de Larissa Sansour. 2024. 132 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2024.