O ethos e a verdade sobre o eu na retórica da frente parlamentar evangélica.

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Data
2015
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Resumo
No campo dos estudos da linguagem, a análise do ethos tem sido bastante discutida e praticada no sentido de ressaltar a dimensão persuasiva dos discursos. Neste artigo, interrogamo-nos sobre como, de fato, a enunciação de um texto confere à sua instância de produção um “caráter”, para além da análise estrita de dados linguístico-discursivos, o que implica levar em consideração, durante a investigação, o auditório, seus valores e sua conjuntura cultural. Para tanto, partimos da análise do discurso da Frente Parlamentar Evangélica – FPE – atuante no Congresso Nacional Brasileiro, valendo-nos de textos presentes no primeiro exemplar de sua Revista. Esse procedimento é viabilizado, primeiramente, por uma reflexão sobre o ethos a partir da Retórica Sofística, representada, aqui, por Protágoras. Num segundo momento, tais reflexões são postas em prática para apreender como os textos da citada Revista poderiam, possivelmente, acarretar em “imagens de si” diferenciadas da FPE, a depender de três conceitos sofísticos: a doxa (“saberes partilhados”), o kairos (“momento oportuno”) e o nomos (“regras” e “padrões” socioculturais). Com isso, chegamos à conclusão de que o ethos é algo de relativo, e que seu acabamento final num processo enunciativo é dado em perspectiva, ou seja, pela influência retórica desses três fatores.
Descrição
Palavras-chave
Retórica, Ethos, Sofística, Discurso
Citação
GALINARI, M. M.; SANTOS, J. C. O ethos e a verdade sobre o eu na retórica da frente parlamentar evangélica. Revista (Con)Textos Linguísticos, v. 9, p. 199-219, 2015. Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/contextoslinguisticos/article/view/9678>. Acesso em: 16 jan. 2018.