Escrever, conhecer : a procura da sociedade africana na poesia de Paula Tavares.

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Data
2019
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Resumo
Em entrevista concedida três anos após a publicação de seu livro de estreia, Ritos de passagem, de 1985, Paula Tavares falava da importância da região onde nasceu, a Huíla, no sul de Angola, para a configuração de sua poética. Nos seus termos, tratava-se de um lugar que “era o limite entre duas sociedades bem distintas: a sociedade europeia [...] [e] uma sociedade africana que era ignorada pela sociedade europeia”. Da sociedade africana procurava se aproximar essa poesia, buscando alguma compreensão de coisas que “escapavam” à autora, mas que ela “desejava perceber”. Apresentava-se, então, a poesia como instrumento para o conhecimento de um mundo que não se conseguia “compreender inteiramente”. A partir de algumas sugestões que recolho em um texto de Amílcar Cabral (“O papel da cultura na luta pela independência”) a respeito do conceito de cultura e da constituição das sociedades africanas modernas, bem como da análise de três poemas de diferentes momentos da obra de Tavares, procuro observar alguns dos modos como a poética em questão realiza a aproximação que tem em vista, considerando-se certas potencialidades e limitações que aí entram em jogo.
Descrição
Palavras-chave
Amílcar Cabral, Poesia angolana, Cultura
Citação
AMORIM, B. N. Escrever, conhecer: a procura da sociedade africana na poesia de Paula Tavares. Mulemba, Rio de Janeiro, v. 11, n. 21,p. 35-48, jul./dez. 2019. Disponível em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/mulemba/article/view/31262>. Acesso em: 03 jul. 2020.