Navegando por Autor "Pires, Maria do Carmo"
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Item Arrematantes de obras públicas em Vila do Carmo e cidade de Mariana (1711-1808).(EUGÊNIO, D. de F. Arrematantes de obras públicas em Vila do Carmo e cidade de Mariana (1711-1808). 2013. 104 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2013., 2013) Eugênio, Danielle de Fátima; Pires, Maria do CarmoO estudo dos ofícios mecânicos, através de seus agentes – ativos e pensantes, criadores e recriadores de regras de convívio - é sem dúvida elemento fundamental para compreensão das sociedades luso-americanas no contexto do Antigo Regime. Desse modo, a dissertação focaliza os oficiais mecânicos, que atuaram junto à arrematação das obras públicas demandadas pelo Senado da Câmara de Vila do Carmo/ Cidade de Mariana, no período de 1711 a 1808. Através da análise dos autos de arrematação, identificamos que um determinado grupo de arrematantes exerceu certa hegemonia sobre os contratos, não apenas de obras públicas, mas também das rendas do Concelho, especialmente as Meias Patacas, Cadeia e Aferições. Assim, utilizamos a documentação camarária, inventários post-mortem e testamentos, buscando investigar o que havia por trás desse domínio; ou seja, buscamos conhecer quem foram esses sujeitos históricos, se possuíam as devidas cartas de exame e licença geral para exercício do ofício, suas posses, as redes de sociabilidade formadas, as implicações da condição mecânica e o exercício de outras atividades, tais como as práticas creditícias. Surpreendentemente, nos deparamos com um quadro diverso, no qual homens ligados aos ofícios manuais alçaram cargos na Câmara, alguns foram até mesmo homens bons da localidade em questão, formaram sociedades, possuíram consideráveis plantéis de escravos e atuaram como importantes credores.Item Banda de música, história e cultura : as bandas de música civis de Cachoeira do Campo - MG.(2024) Bretas, Marcílio Luiz; Pires, Maria do Carmo; Bohrer, Alex Fernandes; Pires, Maria do Carmo; Bohrer, Alex Fernandes; Simão, Maria Cristina Rocha; Alves, Kerley dos SantosCom quase dois séculos de existência, as bandas civis de Cachoeira do Campo, Banda Euterpe Cachoeirense (1856) e Sociedade Musical União Social (1864), conseguiram superar a instabilidade política e econômica, preservando as tradições musicais e culturais. Este estudo apresenta uma breve história de Cachoeira do Campo, um distrito de Ouro Preto, desde seus primórdios. Também aborda o início da colonização portuguesa e o surgimento das primeiras bandas de música militar no Brasil, que serviram como precursoras e fontes de inspiração para as bandas civis. O objetivo é analisar as origens dessas duas bandas civis de Cachoeira do Campo, documentar e destacar sua importância, preservar seu legado e garantir que as gerações futuras compreendam e valorizem essas instituições históricas. Além de analisar suas origens, a pesquisa busca contribuir para o reconhecimento cultural e a importância dessas corporações em seu contexto histórico e entender como elas se mantêm vivas na contemporaneidade. Utilizando uma abordagem qualitativa, as informações foram coletadas por meio de pesquisa bibliográfica e documental, além de relatos orais de pessoas direta ou indiretamente ligadas às bandas. Constatou-se que a rivalidade entre elas, atualmente concentrada em aspectos musicais e administrativos, contribuiu para sua vitalidade e longevidade. Entretanto, elas enfrentam desafios como a perda de identidade devido à mudança no perfil dos membros e dificuldades financeiras. Para atrair novos membros, é essencial tornar o aprendizado musical mais atraente e acessível. A pesquisa sugere o fortalecimento da associação entre as bandas para buscar reconhecimento e apoio contínuo, garantindo sua sobrevivência e relevância. A continuidade dessas bandas é fundamental para a preservação da cultura local e a promoção de talentos, mas depende de maior apoio governamental e de políticas de proteção cultural.Item Os beneméritos de Santa Efigênia : pardos no Rosário do Alto da Cruz de Vila Rica, 1733-1832.(2022) Freitas, Andressa Antunes de; Andrade, Francisco Eduardo de; Andrade, Francisco Eduardo de; Soares, Mariza de Carvalho; Pires, Maria do CarmoEsta dissertação trata da evolução do culto dedicado a Santa Efigênia como invocação anexa da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos do Alto da Cruz de Vila Rica. Nosso objetivo é analisar o envolvimento de uma categoria específica de irmãos, pardos, que atuaram com frequência nos juizados desta Santa. Para isso, estudamos alguns dos documentos produzidos pela confraria, que contribuem para a construção de um panorama sobre a composição social da irmandade, além de documentos referentes à tesouraria. O investimento material nas celebrações promovidas pela irmandade, sobretudo aquela dedicada à Santa Efigênia, revelam que o sodalício do Alto da Cruz elegeu esta invocação como símbolo principal de sua sociabilidade. Neste processo, os irmãos pardos, aos quais nos referimos como beneméritos, tiveram atuação importante. Consolidou-se, assim, uma trajetória de busca por autonomia e mobilidade social, característica desta irmandade, e que teve em Santa Efigênia sua representação principal.Item Casa de vereança de Mariana : 300 anos de história da Câmara Municipal.(Editora UFOP, 2012) Chaves, Cláudia Maria das Graças; Pires, Maria do Carmo; Magalhães, Sônia Maria de; Maia, Moacir Rodrigo de Castro; Antunes, Álvaro de Araújo; Andrade, Pablo de Oliveira; Souza, Maria José Ferro; Gonçalves, Maria Tereza; Squarsado, Raquel Corrêa; Carvalho, Pedro Eduardo Andrade; Martins, Lídia Gonçalves; Andrade, Francisco Eduardo de; Barbosa, Daniel Henrique Diniz; Venâncio, Renato PintoItem O contexto social da produção arquitetônica e artística nas Minas Gerais no início do século XVIII.(2021) Pires, Maria do Carmo; Bohrer, Alex FernandesEsse artigo pretende analisar a estruturação dos ofícios mecânicos em Portugal e sua transplantação para o mundo minerador do início do século XVIII. Esses ofícios eram extremamente necessários no novo ambiente construtor que se formava nas lavras da América Portuguesa e foram adaptados ao contexto social local. Almeja também tecer algumas considerações sobre a própria natureza desses ofícios, o contexto do mecenato minerador e a organização dos artistas e dos artífices na região aurífera da Capitania das Minas, além de apontar a trajetória de dois importantes artistas do Barroco mineiro que são ainda praticamente desconhecidos: Manuel de Matos e Antônio Rodrigues Belo.Item Cozinha mineira e abastecimento alimentar nos campos de Vila Rica de Ouro Preto no século XVIII e início do século XIX.(2020) Pires, Maria do CarmoA cozinha mineira é reconhecida como elemento identitário das populações que habitavam e habitam as Minas Gerais. Há elementos norteadores comuns que fizeram parte do processo de povoamento inicial e de formação social da região, entretanto também houve espaço para novas incorporações. Este artigo pretende enfocar a formação das freguesias do campo de Vila Rica de Ouro Preto no século XVIII e início do XIX e o papel destas localidades na produção e no comércio de alimentos, além de procurar identificar os produtos que circulavam na região. A produção de muitos víveres em quintais e pomares proporcionou o que atualmente tem se destacado como comida mineira: uma combinação de vegetais, carnes, cereais e laticínios. Esta é a combinação do trivial e costumeiro, mas também das épocas festivas.Item A cultura do milho e o patrimônio de Patos de Minas : diálogos possíveis entre preservação e turismo.(2023) Veloso, Fádua Dâmaris Abreu; Pires, Maria do Carmo; Pires, Maria do Carmo; Magalhães, Sônia Maria de; Silva, Luana Melo eBusca-se neste estudo investigar como a cidade de Patos de Minas, Minas Gerais, lida com questões relacionadas a sua cultura, ao seu patrimônio, e como estes aspectos podem ser trabalhados no segmento do turismo, cujo desenvolvimento pode configurar um mecanismo de preservação. O foco da pesquisa é a cultura do milho que possui forte presença na cidade e foi inspiração para o surgimento da Festa Nacional do Milho, seu maior evento. Foi discutida a importância de se fortalecer os saberes e os fazeres do povo patense como elementos constituintes de sua identidade e de seu patrimônio. Para isso, foi realizada uma pesquisa exploratória de abordagem metodológica qualitativa baseada na análise de fontes bibliográficas e documentais pertinentes à pesquisa, na qual buscou-se examinar elementos constituintes da cultura patense permeados pela simbologia do milho. Ao final, foi elaborado um mapeamento das manifestações culturais pesquisadas, constituindo um guia turístico denominado “Caminhos do Milho”. Espera-se que este trabalho possa contribuir com a apropriação da noção de patrimônio, ressaltando o repertório histórico e cultural da cidade a ser potencialmente explorado na área do turismo no que tange a simbologia do milho, que é uma grande referência local.Item Das viagens dos cientistas no século XIX aos modernistas : a mineiridade e o despertar do turismo das cidades históricas de Minas Gerais, Brasil.(2017) Pires, Maria do CarmoO texto tem como objetivo discutir o processo de construção da cidade histórica como principal destino do turismo cultural em Minas Gerais, por meio da análise dos relatos dos viajantes estrangeiros que visitaram tais localidades ao longo do século XIX e escreveram sobre elementos caros para o turismo como, por exemplo, a hospitalidade mineira. Num segundo momento, analisará o discurso dos modernistas que redescobriram as cidades e se interessaram pela preservação do patrimônio, o que também despertou o interesse turístico. Trata-se de uma abordagem histórica do processo, utilizando principalmente a narrativa proposta por Walter Benjamin. O discurso em torno da cidade histórica mineira produziu diferentes impressões. As assim denominadas foram consideradas decadentes e feias por alguns dos viajantes estrangeiros, no século XIX. Já os vários modernistas que visitaram Minas Gerais nas primeiras décadas do século XX viram as cidades como o reduto da nacionalidade, como legítimas exemplares da brasilidade e legítimas representantes de um passado colonial.Item Dois séculos de viagens motivadas pelo (re)conhecimento da geodiversidade : bases metodológicas e teóricas para inventariação, qualificação e quantificação de valores da geodiversidade relevantes ao desenvolvimento do geoturismo no Caminho dos Diamantes (Estrada Real, Minas Gerais, Brasil).(2018) Paula, Suzana Fernandes de; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Pires, Maria do Carmo; Azevedo, Úrsula Ruchkys de; Machado, Maria Marcia Magela; Nolasco, Marjorie CseköDesde 2003 o Instituto Estrada Real gere um produto que tem por finalidade organizar, fomentar e gerenciar ações e infraestrutura para o desenvolvimento de possiblidades turísticas em quatro caminhos distintos que compões a Estrada Real, no sudeste brasileiro. O presente trabalho busca propor uma nova abordagem àquelas que já são utilizadas no referido produto: o geoturismo. O recorte dado aos estudos foi o segmento do Caminho dos Diamantes, que liga os municípios de Ouro Preto e Diamantina, em Minas Gerais Foram consultadas bibliografias e relatos de viajantes naturalistas do século XIX que percorreram a região e que corroboram com o entendimento de que o patrimônio geomineiro sempre foi um atrativo para aqueles municípios, visto a toponímia deste lugares que, em sua maioria, remetem à aspectos da geodiversidade. Sendo assim, utilizando de metodologias capazes de qualificar, quantificar, dimensionar e comparar geossítios, foi possível estabelecer parâmetros que apontam as prioridades no desenvolvimento de atividades de interesses geoturísticos nos municípios que fazem parte deste produto turístico já consolidado. A partir das informações, cálculos, mapas e sistematização de todos os produtos obtidos, foi possível estabelecer uma forma de dar visibilidade e demonstrar a viabilidade d desenvolvimento do geoturismo no Caminho dos Diamantes já que se trata de uma abordagem pouco utilizada ou desconhecida.Item “Uma elegante e moderna perspectiva” : a pintura do teto da capela mor de Nossa Senhora do Rosário de Mariana.(2010) Paiva, Adriano Toledo; Pires, Maria do CarmoEste artigo tem como objetivo analisar a pintura do teto da capela-mor da Igreja Nossa Senhora do Rosário de Mariana. Obra pintada por Manoel da Costa Ataíde. Empregaremos a referida representação iconográfica como fonte histórica, inserindo-a em seu contexto de elaboração; problematizando seu repertório construtivo e sua inserção na sociedade mineira.Item Entre a fé e a feira : o sagrado e o profano na constituição do patrimônio cultural do Jubileu de Congonhas.(2023) Fernandes, Nayara Souza; Pires, Maria do Carmo; Pires, Maria do Carmo; Brusadin, Lia Sipaúba Proença; Costa, Everaldo Batista daO presente trabalho realiza uma reflexão acerca do patrimônio por uma perspectiva que evidencia seu caráter popular, suas práticas e representações, bem como as premissas teóricas que norteiam o campo, suas dinâmicas de atribuição de sentido e valor. A pesquisa foi desenvolvida em forma de estudo de caso e tem por objeto a celebração do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas Gerais. Histórica e culturalmente rica, a festividade ao mesmo tempo em que conserva ritos e práticas seculares, manifestações do sagrado, também traz consigo o profano, conceitos opostos que durante a festividade transcendem, abrindo campo para uma ampla discussão acerca do patrimônio enquanto campo científico. A bibliografia utilizada versa em torno dos conceitos de patrimônio e memória, da festa religiosa e das feiras enquanto manifestações culturais, a fim de compreender de que forma as práticas culturais, atreladas aos processos da memória, atuam na constituição do Jubileu enquanto patrimônio cultural e sua preservação. Para além da pesquisa em fontes primárias acerca da festividade do Jubileu, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com participantes da celebração e foram aplicados questionários durante a festividade. O método quali-quantitativo foi adotado para análise dos dados coletados com intuito de identificar como se dão as relações entre os sujeitos e os elementos que compõe a festividade, os processos de atribuição de sentido e valores, seus marcos de vivências e experiências, assim como detectar os elementos que conformam uma cultura para os sujeitos que com ela se identificam. Ainda que a interação dos sujeitos com o objeto vá se modificando com o tempo numa relação de forma e conteúdo, as práticas observadas na festividade estão atreladas a um passado em decorrência da memória. Desta forma, os valores e sentidos que estão sendo constantemente produzidos e reelaborados, colaboram para sua preservação e legitimação enquanto patrimônio.Item A “Estrada Real” e a história do processo de construção de roteiros turísticos no estado de Minas Gerais, Brasil.(2017) Pires, Maria do CarmoA Estrada Real, ou seja, os caminhos do período colonial que ligavam a região das minas do ouro ao litoral brasileiro, virou uma marca que é usada como base para elaboração de roteiros turísticos e é também alvo de um dos maiores programas de incentivo ao turismo no Brasil: o Programa Estrada Real, lançado em 2003. O presente artigo tem como objetivo analisar a história das estradas reais e o processo de construção da área de abrangência dos antigos caminhos como atrativo turístico. A metodologia baseia-se na análise bibliográfica em uma abordagem teórica interdisciplinar que contempla textos das áreas de História, Sociologia e Turismo e uma pesquisa em sites oficiais e de notícias, com o intuito de investigar como o tema vem sendo abordado. Concluiu-se que as ações do Programa são de longo prazo e pode oferecer possibilidades variadas de desenvolvimento do turismo.Item O fenômeno do turismo religioso no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas-MG.(2022) Fernandes, Nayara Souza; Pires, Maria do CarmoO Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas (MG) abriga um conjunto arquitetônico e escultórico de incontestável valor artístico e cultural, entretanto, o sítio se distingue de outros patrimônios de natureza religiosa pois enquanto esses locais normalmente atraem grande público em decorrência de seu valor histórico e artístico, o Santuário apresenta um expressivo turismo religioso que faz dele um dos maiores locais de peregrinação do país. Dentro desta perspectiva, o estudo busca compreender os fatores que justificam esse fenômeno realizando uma análise do Santuário, que leva em conta seu universo material e simbólico além de dados da visitação turística no local. A pesquisa aponta que o grande fluxo de turismo religioso é resultado da secular celebração do Jubileu do Bom Jesus de Matosinhos que acontece nas imediações do Santuário, contudo, conclui-se que o verdadeiro elemento responsável por esse fenômeno se encontra na junção entre o material e o intangível, no campo das práticas e das trocas culturais que são proporcionadas pela festividade, que por sua vez está condicionada a materialidade do Santuário.Item Irmandades, boa morte e o homem Barroco em duas freguesias de Vila Rica de Ouro Preto no século XVIII.(2022) Ventura Filho, Valdemar; Pires, Maria do Carmo; Bohrer, Alex FernandesO presente texto tem como objetivo analisar as estratégias desenvolvidas pelos habitantes das Minas para alcançar a salvação da alma, no contexto da Reforma Católica tridentina e das manifestações do mundo Barroco. A metodologia utilizada consiste na análise da documentação paroquial que permite estudos em diversas linhas de abordagem, como as práticas e as representações do sagrado. Para uma melhor compreensão da sociedade e das estratégias de salvação da alma e da boa morte, foram analisados livros de compromissos de irmandades e livros de registros de óbitos das paróquias de Nossa Senhora de Nazaré de Cachoeira do Campo e de Santo Antônio da Casa Branca, pertencentes ao Termo de Vila Rica de Ouro Preto no século XVIII.Item Jurisdição e governo : política administrativa eclesiástica no bispado de Mariana (1764 -1817).(2015) Queiroz, Samila Luiza Xavier de; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Pires, Maria do Carmo; Boschi, Caio CésarEste trabalho se propôs analisar a política administrativa eclesiástica do bispado de Mariana entre os anos de 1764 a 1817 a partir da perspectiva teórica da Nova História Política. Desta forma, avaliamos como a relação entre o Estado Moderno português e a Igreja Católica pós-tridentina interferiu na construção da ordem social das Minas setecentistas. As transformações no político e na forma de governar destas instituições, ocorridas na segunda metade do século XVIII, são observadas pelo ponto de vista do jurisdicionalismo. Este sistema que regulava o pluralismo jurídico da sociedade lusobrasileira é avaliado no âmbito interno da jurisdição eclesiástica através do desvelo de seu campo de poderes e funções. O ponto de encontro e referência destes poderes no âmbito político administrativo eclesiástico do bispado de Mariana encontra-se na atuação dos bispos, esses que são avaliados enquanto agentes político-religiosos do Império português e da Igreja e Roma. Tendo que representar e conciliar ambos os poderes no processo de reconstrução das Minas Gerais.Item A literatura de viagem do século XIX como fonte para o estudo do patrimônio cultural de três distritos de Ouro Preto - MG.(2022) Pires, Maria do Carmo; Bohrer, Alex FernandesEste artigo tem como objetivo analisar como três distritos de Ouro Preto – Cachoeira do Campo, Glaura e São Bartolomeu – foram retratados nos diários dos viajantes estrangeiros que visitaram a região no século XIX e avaliar as continuidades dos aspectos relatados no tocante ao patrimônio. A literatura de viagem é uma importante fonte histórica que possibilita a análise da estrutura social, dos aspectos naturais e do patrimônio das localidades. Todos os viajantes em seus diários deram destaque à formação urbana dos locais onde passavam com o arruamento em torno das igrejas. Isso permitiu também vislumbrar manifestações intangíveis que ainda fazem parte da memória afetiva de suas populações e são importantes registros do patrimônio das localidades, como as festas dos santos padroeiros e os festivais que ainda ocorrem no entorno das antigas igrejas. Buscou-se interpretar o patrimônio das localidades e foi possível identificar que a herança cultural dos três distritos, que foi retratada nos diários de viagens, é permeada de elementos materiais e elementos simbólicos que são inseparáveis e ainda resistem.Item Patrimônio cultural, memória e dilemas contemporâneos acerca da acessibilidade em sítios preservados e turísticos : o caso da construção da rampa de acesso à Praça Doutor Gomes Freire em Mariana.(2023) Silveira, Ricardo Pacheco da; Paiva, Carlos Magno de Souza; Paiva, Carlos Magno de Souza; Pires, Maria do Carmo; Simão, Maria Cristina RochaA Praça Gomes Freire, localizada em Mariana/MG, é um Patrimônio Cultural tombado pela esfera Federal e Municipal, um lugar de memória e um importante atrativo turístico. Concebido ainda no período colonial para recepcionar a população, passou por diversas modificações. Mantinha o mesmo projeto arquitetônico desde o final do século XIX, até que em 2020, durante as obras de requalificação no local, passou por uma polêmica intervenção materializada em uma rampa de acesso sobre a Rua Barão de Camargos. Instituições públicas e privadas, sociedade civil organizada e moradores do entorno se mobilizaram e a rampa foi modificada, passando a dialogar com o seu entorno. Diante dos fatos, iniciou-se um trabalho de pesquisa qualitativa sobre o direito ao patrimônio cultural e a acessibilidade, visando responder ao tema-problema suscitado pela construção da rampa: convergência de interesses legitimamente protegidos? Buscou-se aprofundar os conceitos considerados estruturantes da pesquisa: patrimônio cultural, memória, acessibilidade e turismo. Avaliou-se a política pública imposta ao Município em relação ao turismo na praça, além de observar a participação da rede colaborativa local. Investigou-se o marco legal sobre patrimônio cultural e acessibilidade, cartas patrimoniais e sobretudo, as manifestações populares e institucionais através da imprensa local, regional e nacional.Item Redes governativas e práticas administrativas no governo de Gomes Freire de Andrada (1735-1763).(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Silva, Fernando Junio Santos; Pires, Maria do CarmoA presente dissertação trata das redes de governança e das práticas administrativas no cotidiano da administração de Gomes Freire de Andrada nas Minas Gerais, de 1735 a 1763. Durante o referido período, o governador Gomes Freire de Andrada estabeleceu ricas e diversas experiências de governação construídas a partir das relações que se teciam entre o referido governante e os demais agentes administrativos, ligados pelos diferentes campos de jurisdição a que estavam designados nas Minas Gerais. Tomando o conceito de redes governativas como referência para se pensar as práticas administrativas no cotidiano, percebemos os laços institucionais produzidos entre os diferentes agentes da administração e o papel do governador na mobilização das redes governativas na capitania. Neste sentido, o cotidiano da governação foi construído em meio a um rico conjunto de relações de clientela e de governança fundamentais para a compreensão da construção cotidiana da governabilidade em terras coloniais.Item O rol das culpas : crimes e criminosos em Minas Gerais (1711 – 1745).(2014) Oliveira, Maria Gabriela Souza de; Silveira, Marco Antônio; Silveira, Marco Antônio; Pires, Maria do Carmo; Vellasco, Ivan de AndradeEsta pesquisa tem como objetivo apresentar o “Rol dos Culpados”, documento que abre espaço para inúmeras possibilidades de análise, sendo de grande importância para a compreensão do aparelho jurídico das Minas setecentistas. Fonte até então inexplorada, o rol de culpados da Vila do Ribeirão do Carmo e seu termo, atual cidade de Mariana, compreende o período entre 1711 a 1740, momento de solidificação das estruturas administrativas e judiciais que ocorriam nas Minas na primeira metade do século XVIII. Esta documentação permite elaborar o perfil dos criminosos, das vítimas, da tipologia criminal e processual, abrindo espaço para se pensar a prática judicial nas Minas em relação à criminalidade.