PPGSN - Programa de Pós-graduação em Saúde e Nutrição
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Navegando PPGSN - Programa de Pós-graduação em Saúde e Nutrição por Autor "Aguiar, Aline Silva de"
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Item Análise da circunferência do pescoço como indicador de adiposidade em pessoas vivendo com HIV assistidas por um serviço público de referência no sudeste do Brasil.(2019) Oliveira, Natália Alves de; Figueiredo, Sônia Maria de; Guimarães, Nathalia Sernizon; Figueiredo, Sônia Maria de; Guimarães, Nathalia Sernizon; Marinho, Carolina Coimbra; Aguiar, Aline Silva deApós o início da utilização da terapia antirretroviral para o tratamento da infecção pelo HIV diversos pesquisadores científicos observaram o aumento na expectativa de vida das pessoas vivendo com HIV (PVH) e concomitantemente o aparecimento de distúrbios metabólicos e do estado nutricional (EN). Neste contexto, diversos estudos apontaram métodos antropométricos simples e factíveis para a avaliação da adiposidade corporal e de estimativa do risco cardiometabólico de PVH, com a finalidade identificar precocemente alterações metabólicas e/ou do EN destes indivíduos. A circunferência do pescoço (CP) vem sendo estudada devido a sua associação com o depósito de gordura subcutânea na região superior do corpo e consequente risco cardiometabólico. Esta dissertação é composta e apresentada através de dois trabalhos independentes e interligados. O primeiro trabalho foi elaborado com o objetivo de analisar sistematicamente a literatura para responder se existe associação da CP como marcador de adiposidade corporal em adultos e idosos. Dos 149 estudos encontrados pela estratégia de busca empregada nas bases de dados Nature Publishing Group, Science Direct Journals, Science Citation Index Expanded, MEDLINE/PubMed e Scopus; 16 estudos foram selecionados para compor a nossa amostra. Este estudo mostrou que evidências na literatura sustentam a hipótese da capacidade preditiva da CP na avaliação da adiposidade corporal e predição de risco cardiometabólico por meio das associações da CP com marcadores antropométricos (Índice de Massa corporal - IMC, Circunferência da Cintura - CC, Circunferência do Quadril - CQ, Relação Cintura/Estatura - RCE, Relação Cintura/Quadril - RCQ) de adiposidade em jovens, adultos e idosos, de ambos os sexos. O segundo trabalho foi desenvolvido com objetivo de avaliar a associação da CP com indicadores antropométricos de distribuição de gordura corporal em PVH com idade entre 19 e 73 anos e de ambos os sexos. Todos os indivíduos eram atendidos por um serviço público de Assistência Especializada em IST/Aids no Sudeste do Brasil. Para avaliação dos dados foram realizadas análises univariadas e bivariadas, sendo adotado nível de significância de p <0,05. Um total de 72 PVH (adultos e idosos), de ambos os sexos, foram avaliadas. Constatou-se que indicadores antropométricos analisados individualmente apresentaram diferentes conclusões diagnósticas em relação ao EN dos indivíduos, no entanto, a CP apresentou correlação positiva significativa com a maior parte dos parâmetros empregados: peso, estatura, circunferência do braço (CB), circunferência muscular do braço (CMB), IMC, CC, CQ e RCE (p < 0,05). Neste estudo não foi detectada correlação da CP com dobra cutânea tricipital (DCT) e RCQ (p > 0,05). A CP representa uma ferramenta útil para investigação de alterações no EN de PVH caracterizada por ser método não invasivo, de fácil execução, baixo custo, viabilizando sua utilização tanto em estudos epidemiológicos como em nível ambulatorial e serviços de Saúde Pública.Item Associação de fatores sociais e biológicos com transtornos de ansiedade e depressão : ênfase na insegurança alimentar e no metabolismo da vitamina D.(2024) Sabião, Thaís da Silva; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Coelho, George Luiz Lins Machado; Coelho, George Luiz Lins Machado; Ferreira, Carolina Nicoletti; Pimenta, Adriano Marçal; Aguiar, Aline Silva de; Souza, Anelise Andrade deEste estudo teve como objetivo analisar os fatores associados aos transtornos de ansiedade e depressão, com foco na insegurança alimentar e no metabolismo da vitamina D. Foram empregados dados de um inquérito de base populacional no Brasil, e de uma coorte espanhola. Para o estudo transversal, foram utilizados dados do inquérito COVID- Inconfidentes, realizado entre outubro e dezembro de 2020 em duas cidades de Minas Gerais, Brasil. Por meio de entrevista face a face, foram avaliadas as variáveis socioeconômicas, de estilo de vida e condições de saúde. Foram coletadas amostras de sangue para análises bioquímicas e genéticas. As variáveis desfecho foram os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e os sintomas de transtorno depressivo maior (TDM), avaliados pela Generalized Anxiety Disorder-7 e pelo Patient Health Questionnaire-9, respectivamente. Foram avaliados: 1) a insegurança alimentar (exposição), utilizando a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, e sua associação com desfechos, comparando as diferenças sociodemográficas; 2) os níveis séricos de vitamina D (exposição) e sua associação com desfechos, definindo deficiência como <20 ng/mL para a população saudável ou <30 ng/mL em grupos de risco; analisando a influência do polimorfismo do gene VDR isoladamente (como variável de interação) e de um escore de risco genético (como variável de estratificação e de interação) que combinou os genótipos dos polimorfismos dos genes DHCR7 (rs11606033), GC (rs7041) e VDR (rs2228570). Para o estudo longitudinal, foram utilizados dados da coorte Seguimiento Universidad de Navarra (Estudo SUN), que acompanha graduados universitários espanhóis a cada 2 anos desde 1999, e permanece aberta continuamente. Questionários são enviados aos participantes por e-mail ou correio, avaliando hábitos, comportamentos e condições de saúde. Foi investigada a associação da vitamina D (exposição) com o risco de depressão, considerado o desfecho do estudo, analisando-se a influência de características individuais e hábitos de vida. Os participantes inicialmente livres de depressão foram classificados como casos incidentes se relataram um diagnóstico médico de depressão durante o acompanhamento. Os níveis séricos de vitamina D foram calculados usando uma equação validada, e a deficiência foi definida como níveis abaixo de 20 ng/mL. No estudo transversal, a prevalência de sintomas de TAG e TDM foi de 23,5% e 15,8%, respectivamente. Foi observada uma associação direta e proporcional entre a gravidade da insegurança alimentar e os sintomas de TAG e TDM. Indivíduos em insegurança alimentar grave apresentaram uma prevalência 3,56 vezes maior de sintomas de TAG e 3,03 vezes maior de TDM. Foram observados piores resultados para indivíduos de cor da pele não branca, sem filhos e com menor renda familiar mensal. Em relação à vitamina D, não foi observada associação direta com os sintomas de transtornos mentais. No entanto, a análise de interação revelou um efeito combinado da deficiência de vitamina D e do polimorfismo do gene VDR nos sintomas de TDM, mas não em TAG. Indivíduos com deficiência de vitamina D e com um alelo alterado apresentaram uma prevalência 2,84 vezes maior de TDM, enquanto aqueles com a presença de dois alelos alterados tiveram uma prevalência 4,37 vezes maior de TDM. Ao estratificar os participantes pelos tercis do escore de polimorfismos, observou-se uma associação exclusiva entre deficiência de vitamina D e sintomas de TAG e TDM apenas para os indivíduos do tercil mais alto desse escore (maior número de alelos de risco para deficiência de vitamina D). Na análise de interação, os indivíduos com deficiência de vitamina D do segundo tercil do escore apresentaram uma prevalência 2,32 vezes maior de TDM, enquanto os com deficiência de vitamina D do tercil mais alto apresentaram uma prevalência 3,79 vezes maior. Houve interação entre fatores genéticos e deficiência de vitamina D para TDM, mas não para TAG, e foi exclusiva entre os que tinham exposição solar insuficiente e não suplementavam vitamina D. No estudo longitudinal, entre 192.976 pessoas-anos de acompanhamento, foram identificados 753 casos incidentes de depressão. Participantes com deficiência de vitamina D apresentaram um risco 27% maior de depressão. Além disso, foi observada uma interação com o sexo feminino. Em conclusão, houve uma forte associação entre insegurança alimentar e sintomas de TAG e TDM, influenciada pelas características sociodemográficas. Embora inicialmente não tenha sido encontrada uma ligação direta entre deficiência de vitamina D e os sintomas de transtornos mentais, análises adicionais destacaram sua interação complexa com polimorfismos de genes do metabolismo da vitamina D e a influência de hábitos de vida. Além disso, os resultados sugerem uma relação causal entre deficiência de vitamina D e o risco de depressão, especialmente entre mulheres.Item Avaliação longitudinal do consumo de álcool de estudantes universitários em uma instituição pública de ensino, MG.(2014) Guimarães, Nathalia Sernizon; Fausto, Maria Arlene; Aguiar, Aline Silva deIntrodução: O padrão alcoólico de populações específicas é um tema de relevância da Saúde Coletiva, dado o número de usuários existentes e o impacto sobre os indivíduos e a sociedade. Para os universitários os anos de graduação se constituem em um momento de maior vulnerabilidade ao uso de álcool, tornando-os mais suscetíveis a suas consequências. Objetivo: A presente dissertação teve como objetivo revisar possíveis alterações antropométricas pelo uso de álcool (artigo 1), além de, avaliar a taxa de prevalência e incidência do uso alcoólico in binge e em risco em alunos recém-ingressantes de uma Universidade Pública (artigo 2). Artigo 1: Revisão sistemática realizada entre outubro e dezembro de 2012 nas bases de dados LILACS, PubMed e SCIELO. Vinte estudos envolvendo oito transversais, sete longitudinais, quatro experimentais e um estudo de caso-controle foram selecionados. Observou-se evidências positivas entre a ingestão de bebidas alcoólicas e modificações das medidas adiposas, principalmente em indivíduos do sexo masculino. Artigo 2: Estudo longitudinal realizado em uma amostra aleatória representativa de alunos que ingressaram no primeiro semestre de 2010 (n=256) e foram seguidos até o primeiro semestre de 2011 (n=183). Para avaliar o padrão alcoólico, os participantes foram classificados em abstêmios, bebedores leves, moderados, in binge e in binge pesados. A pontuação do questionário The Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) foi utilizada para definir as categorias de consumo de risco: baixo risco, risco, uso nocivo e provável dependência. A análise estatística foi realizada no software Stata, versão 11.0. Entre os 256 alunos avaliados, 51,5% eram mulheres e 64,5% apresentavam idade ≥19 anos. A prevalência de consumo de bebidas alcoólicas foi igual a 75,7%. A idade média de início do consumo foi de 15,71,9 anos. A taxa de incidência de bebedores in binge + pesados foi igual a 2,6/100 pessoas ao ano, expressando risco para indivíduos do sexo masculino e com idade maior ou igual a 19 anos. A taxa de incidência de bebedores em risco foi igual a 2,0/100 pessoas ao ano e maior para indivíduos do sexo masculino e menor de 19 anos. Os alunos desta instituição apresentam um alto risco para problemas associados ao uso do álcool.Item Capacidade antioxidante da dieta e hipertensão entre fumantes e não fumantes da linha de base da coorte de universidades mineiras (projeto CUME).(2020) Sabião, Thaís da Silva; Aguiar, Aline Silva de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Aguiar, Aline Silva de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Meireles, Adriana Lúcia; Vidigal, Fernanda de CarvalhoIntrodução: O tabagismo e o consumo alimentar não saudável devem ser abordados simultaneamente devido à perigosa associação sinérgica desses comportamentos em relação às doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão (HAS). A HAS é uma doença crônica não transmissível de elevada prevalência e baixas taxas de controle, sendo considerada um dos principais problemas de saúde pública. Estudos observacionais têm apoiado que dietas ricas em antioxidantes resultam em redução dos níveis pressóricos. Objetivo: Avaliar a capacidade antioxidante total da dieta (CATd) e as possíveis associações com a hipertensão entre fumantes e não fumantes na linha de base do projeto CUME (Coorte de Universidades Mineiras). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, multicêntrico realizado com egressos de cinco instituições federais de ensino superior situadas no estado de Minas Gerais, Brasil. Foram utilizados dados do questionário (Q_0) da linha de base referentes aos anos de 2016 e 2018 dos indivíduos que completaram seu preenchimento. Os indivíduos selecionados para compor a amostra foram categorizados em fumantes, não fumantes e ex-fumantes; e em hipertensos ou não, conforme dados autorreferidos de pressão arterial, diagnóstico prévio da doença e uso de anti-hipertensivos. A avaliação da dieta foi realizada por meio de dados de Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA). Para a determinação da CATd foi utilizado um banco de dados abrangente com o conteúdo total de antioxidantes dos alimentos obtido através do ensaio ferric reducing antioxidant power (FRAP). Resultados: Na análise multivariada, a maior mediana de CATd foi associada à HAS independente do hábito tabágico. No entanto, entre os indivíduos que fumam ou já fumaram, esta associação não permaneceu significativa após ajustes por idade, área de formação, atividade física, presença de excesso de peso, consumo de sódio e consumo de bebida alcóolica. Não foi observada associação da CATd sem café com a HAS, sugerindo que o efeito de risco para a HAS está associado à ingestão de café, independente se fumante ou não. Além disso, este estudo observou que fumantes possuem uma pior qualidade da dieta, determinada pela menor ingestão frutas e de micronutrientes essenciais à saúde e um maior consumo de sódio e álcool. Conclusão: Dentre os fatores modificáveis para a HAS, tanto o hábito de fumar quanto a alta CATd foram associadas à HAS, mas este efeito foi relativo ao consumo de café, não devendo ser desencorajado o consumo de alimentos ricos em fitoquímicos como medida de proteção contra a HAS. Reforça-se a importância da cessação tabágica e outras modificações no estilo de vida como medida de proteção contra as DCNT.Item Efeitos do consumo de soja e proteína isolada de soja por ratas Wistar na lactação sobre o estado nutricional, hormonal e metabólico da progênie adulta.(2016) Vieira, Adriana Moura; Aguiar, Aline Silva de; Luquetti, Sheila Cristina Potente Dutra; Percegoni, Nathércia; Silva, Marcelo Eustáquio; Luquetti, Sheila Cristina Potente Dutra; Aguiar, Aline Silva deItem Efeitos do consumo de soja ou proteína isolada de soja por ratas na lactação sobre a função da medula adrenal e resposta antioxidante na progênie adulta.(2018) Ferreira, Maíra Schuchter; Aguiar, Aline Silva de; Luquetti, Sheila Cristina Potente Dutra; Fialho, Cristiane Gonçalves de Oliveira; Silva, Marcelo Eustáquio; Luquetti, Sheila Cristina Potente Dutra; Aguiar, Aline Silva deIntrodução: Estudos têm relacionado o consumo de soja com efeitos benéficos ao organismo. Entretanto, por ser rica em fitoestrogênios, tem sido questionada a segurança do seu consumo e de seus derivados em fases críticas da vida. Objetivo: Avaliar os efeitos do consumo de dieta a base de soja ou proteína isolada de soja durante a lactação sobre a função da medula adrenal, atividade antioxidante e índices de aterogenicidade em ratas lactantes e suas proles ao desmame e na idade adulta. Metodologia: Ratas Wistar lactantes com 6 filhotes machos foram divididas: Controle Caseína (C): dieta à base de caseína (ptn:16,3%; lip:7%); Proteína isolada de soja (PIS): dieta à base de proteína isolada de soja (ptn:18,3%; lip:7%); Soja (S): dieta à base de soja (ptn:20,1%; lip:16,8%). Ao desmame, 3 filhotes/ninhada, receberam ração comercial até os 150 dias. Ao final da lactação (21 dias) e na idade adulta (150 dias) avaliou-se ingestão alimentar (IA), massa corporal (MC); índices de aterogenicidade 1 (CT/HDL), 2 (LDL/HDL) e 3 [(CT–HDL)/HDL], atividade hepática da superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR) e biomarcadores do estresse oxidativo: TBARS e relação redox (glutationa reduzida/glutationa oxidada [GSH/GSSG]); colesterol e triglicerídeo (TG) hepático; conteúdo absoluto e relativo de catecolaminas, secreção in vitro de catecolaminas e expressão da tirosina hidroxilase (TH) na adrenal; além do 17βestradiol sérico materno. Análises foram realizadas pelo teste One-way ANOVA e pós-teste Newman-Keuls (p<0,05). Resultados: As mães S apresentaram diminuição do 17 β-estradiol (vs.C-41,6%; p=0,0186), da SOD (vs.C -26,04%; vs.PIS-22,10%; p=0,0025) e aumento de CAT (vs.PIS +29,12%; p=0,0462). As mães PIS apresentaram redução de TBARS (vs.C -38,24%; p=0,0462). Aos 21 dias, as proles S e PIS apresentaram redução nos índices 1 (-22,02%; -27,36%; p=0,0273, respectivamente), 2 (-28,3%; -34,62%; p=0,0014, respectivamente) e 3 (-26,82%; - 33,05%; p=0,0273, respectivamente); a prole S apresentou redução do TG hepático (vs.PIS-23,66%;p=0,0313); aumento da SOD (vs.C+10,87%;vs.PIS+9,18%;p=0,039), de TBARS (vs.C+127,27%, vs.PIS+143,9%; p=0,0151) e da GPx (vs.C +137,69%; p=0,0125) e GR (vs.C+33,01%; p=0,0231). As proles S e PIS apresentaram redução da GSSG (vs.C: -22,09%; -33,97%; p=0,0017, respectivamente); a prole PIS apresentou maior relação GSH/GSSG (vs.C+39,44%; vs.S+47,22%; p=0,0053); aumento do TG hepático vs.C (+28,95%; p=0,0313). Já aos 150 dias, a prole PIS apresentou, vs. C, aumento do índice 1 (+57,72%; p=0,0082) e 3 (+104,13%; p=0,0082), do colesterol hepático (+82,97%; p=0,0322) e da GR (+53,68%; p=0,0231), diminuição do TBARS (-39,82%; p=0,0103), menor conteúdo absoluto (vs. C: -15,82%, vs. S: -14,68%; p= 0,0436) e relativo (vs. C: -17,96%, vs. S: - 29,45%; p=0,0081) de catecolaminas na adrenal, devido à maior secreção quando estimulada por cafeína. A prole S mostrou diminuição dos índices 1, 2 e 3 e do colesterol hepático vs. PIS (-41,2%, p=0,0082; -54%, p=0,0293; -57,89%, p=0,0082; -45,76%, p=0,0322, respectivamente) e aumento da atividade da CAT (vs. C:+16,3%, vs. PIS:+17,55%; p=0,0061). Conclusão: O consumo materno de S na lactação programou a progênie adulta para melhores índices de aterogenicidade e maior atividade da CAT, sem alteração da função adrenal. Já o consumo de PIS programou para aumento dos índices de aterogenicidade 1 e 3, maior colesterol hepático e diminuição do conteúdo de catecolaminas na adrenal devido à maior secreção. Desta forma, é plausível que o consumo materno de S na lactação tenha efeitos cardioprotetores em longo prazo, uma vez que os parâmetros avaliados neste estudo têm estreita relação com aspectos da fisiopatologia das DCV.Item Escolhas alimentares de pessoas vivendo com HIV em terapia antirretroviral.(2023) Souza, Diovana Raspante de Oliveira; Aguiar, Aline Silva de; Nunes, Renato Moreira; Aguiar, Aline Silva de; Nunes, Renato Moreira; Figueiredo, Sônia Maria de; Albuquerque, Fernanda Martins deINTRODUÇÃO: O Vírus da Imunodeficiência Humana é responsável por invadir os linfócitos TCD4, o que fragiliza o sistema imunológico e torna o indivíduo susceptível ao desenvolvimento de diferentes doenças e infecções. A administração adequada de antirretrovirais tem contribuído para o controle da infecção e estabilização do sistema imunológico, contudo tais medicamentos geram efeitos colaterais que podem ser prevenidos por meio de um estilo de vida saudável, o que inclui a realização de boas escolhas alimentares. Para avaliar esta característica recomenda-se o Food Choice Questionnaire, o qual possibilita compreender os fatores que refletem na escolha alimentar do indivíduo, permitindo o desenvolvimento de estratégias assertivas para este público. Porém, não há na literatura crítica estudos realizados com pessoas vivendo com HIV, para que permita a compreensão dos fatores que influem nas escolhas alimentares dos mesmos. OBJETIVO: Identificar os fatores que influenciam nas escolhas alimentares de pacientes portadores de HIV em terapia antirretroviral. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, realizado com pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana em terapia antirretroviral. Foram aplicados questionários semiestruturados em pacientes do Departamento Municipal doenças sexualmente transmissíveis de um município mineiro. O questionário foi composto pelo Food Choice Questionnaire e perguntas que visam avaliar condição socioeconômica, frequência alimentar, adesão à terapia farmacológica e consumo de álcool. Foram coletados dados de linfócitos TCD4, TCD8, carga viral e terapia antirretroviral administrada, os quais foram disponibilizados por prontuário médico, além de realizada avaliação nutricional antropométrica. RESULTADOS: Dos 77 voluntários, 55,8% são homens, 45,5% possuem idade entre 19 e 45 anos, 58,4% apresentam renda de até um salário mínimo e 63,6% exerce alguma atividade profissional. Ao avaliar a segurança alimentar, observou-se que 53,2% exibiu condição de insegurança alimentar. No que se refere ao estado nutricional, tem-se peso médio de 73,81kg ± 21,1, com IMC de 26,64 kg/m2 ± 7,04. Ao avaliar as escolhas alimentares, observou-se que preço, apelo sensorial e conveniência, respectivamente, são as características mais importantes no momento da escolha alimentar. Ao associar escolha alimentar à renda, observa-se que indivíduos que recebem 6 salários mínimos ou mais atribuíram menor escore para o fator preço, a medida que indivíduos que recebem até 1 salário mínimo apresentaram maior escore do fator humor comparados aos indivíduos com renda individual de 1 até 3 salários mínimos (p<0,05). Já ao relacionar a escolha alimentar ao grau de escolaridade, observa-se que quanto maior o nível de escolaridade, maior a importância dada ao fator preocupação ética (p<0,05). Tais dados permitem identificar o perfil do público, favorecendo a construção de estratégias assertivas para melhora do quando de saúde destes indivíduos. CONCLUSÃO: Fatores como preço, apelo sensorial, conveniência e saúde, apresentaram maior potencial de influência na escolha alimentar de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana em terapia antirretroviral, quando comparados à preocupação ética, familiaridade, controle de peso, conteúdo natural e humor.Item Influência dos níveis séricos de leptina e cortisol na fissura e abstinência tabágica.(2015) Gomes, Arthur da Silva; Aguiar, Aline Silva de; Volp, Ana Carolina PinheiroO tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável e o maior fator de risco para desenvolvimento de doenças pulmonares e cardiovasculares. A leptina inibe a liberação de cortisol podendo aumentar a fissura pelo cigarro, dificultando o processo de cessação tabágica. Atualmente, são escassas na literatura, informações sobre a influência da leptina e do cortisol no processo inicial de cessação tabágica e sua relação com a fissura, tornando-se clara a necessidade de mais informações para elucidar tais conhecimentos. A presente dissertação está apresentada na forma de um artigo original que contempla o seguinte objetivo: avaliar a influência da concentração sérica de leptina e cortisol de fumantes no início do tratamento sobre a fissura e status tabágico após um mês de intervenção para a cessação. Trata-se de um estudo de intervenção, realizado com tabagistas em tratamento para a cessação tabágica. Antes de iniciar a intervenção, os tabagistas realizaram coleta de sangue em jejum, para análise das concentrações séricas de leptina e cortisol. A avaliação antropométrica foi realizada no início e após um mês de tratamento. A concentração de leptina foi ajustada, por meio da técnica de regressão linear, pelo Índice de Massa Corporal Inicial (IMC) (leptina/IMC), e pelo Percentual de Gordura Corporal Inicial (%GC) (leptina/%GC). O grau de fissura foi avaliado através do Questionnaire of Smoking Urges-Brief (QSUBrief). O QSU-Brief foi avaliado quanto ao seu somatório e pontuações do fator 1 e fator 2. As análises estatísticas foram realizadas no programa estatístico PASW 17.0. Dos 67 voluntários avaliados, 46 completaram o acompanhamento de 1 mês. Daqueles que concluíram o tratamento, 24 permaneceram fumantes e 22 atingiram a abstinência. Entre os fumantes, a média e desvio padrão de leptina/IMC e leptina/%GC foi respectivamente de 11,91±5,82 e 12,12±6,89 ng/mL. Entre os que conseguiram se abster, a média foi 11,32±5,47 e 11,36±6,54 ng/mL. Já o cortisol apresentou entre os fumantes, mediana e intervalo interquartil de 8,95 (8,20-19,37) e entre os abstinentes 11,00 (7,40-14,40). Não houve diferença nas concentrações iniciais de leptina e cortisol entre os grupos (p> 0,05). Houve correlação entre o QSU-Brief (Fator 1 e 2) inicial com a concentração de leptina/%GC entre os que continuaram fumando (QSU-Brief: r=0,497; p=0,014; Fator 1: r=0,434; p=0,034; Fator 2: r=0,442; p=0,030). Após 1 mês, houve correlação entre leptina/%GC e o QSU-Brief (Fator 2), nos fumantes (QSU-Brief: r=0,464; p=0,026; Fator 2: (r=0,595; p=0,003). Já entre os abstinentes, houve correlação apenas entre leptina/IMC e o QSU-Brief (Fator 2) inicial (r=0,489; p=0,021). Os indivíduos que apresentaram maiores concentrações de leptina/%GC (> 12ng/mL) apresentaram maior pontuação do Fator 2 do QSU-Brief após 1 mês de tratamento (n=15; p=0,030). Foi observada correlação entre leptina/IMC e leptina/%GC com o QSU-Brief (Fator 2) de 1 mês entre as mulheres que permaneceram fumantes (r=0,565; p=0,023) e com o QSU-Brief (Fator 2) inicial entre as mulheres abstinentes (r=0,551; p=0,033). Já entre os homens, houve correlação apenas entre os níveis de cortisol com o número de cigarros/dia após 1 mês entre aqueles que continuaram fumando (r=-0,587; p= 0,035). Conclusão: As maiores concentrações de leptina foram associadas com maior fissura e dificuldade em conseguir a abstinência. Houve correlação positiva da leptina/IMC e leptina/%GC com o reforço negativo QSU-Brief (Fator 2), após 1 mês nas mulheres que não conseguiram parar de fumar.Item Mix de frutas secas e oleaginosas e seu efeito no craving associado a leptina sérica.(2019) Silva, Thayzis de Paula; Aguiar, Aline Silva de; Toffolo, Mayla Cardoso Fernandes; Figueiredo, Sônia Maria de; Aguiar, Aline Silva deIntrodução: Estratégias nutricionais podem auxiliar na modulação do craving, assim como as concentrações de leptina, evitando recaídas no processo de cessação tábagica. Objetivo: Avaliar o consumo de mix de frutas secas e oleaginosas e seu efeito no craving associado a leptina sérica de tabagistas. Metodologia: Intervenção clínica, com amostra não probabilística, em 23 tabagistas durante 3 semanas. Os sujeitos foram alocados em dois grupos, Grupo Intervenção (GI) (n=8) recebendo 30g de frutas secas e oleaginosas/dia e Grupo Controle (GC) (n=15). Avaliou-se no início do tratamento o grau de dependência tabágica pelo Teste de Fagerstrom. Semanalmente, o craving foi analisado pelo Questionnaire of Smoking Urges-Brie (QSU-Brief). Os níveis de leptina sérica foram avaliados no início e após três semanas de tratamento considerando o valor de mediana 5ng/mL. As análises estatísticas foram Shapiro Wilk, Teste T de Student não pareado ou Mann-Whitney (considerando p-valor igual a 0,05) e Regressão Linear Multivariada. Resultados: Os grupos apresentaram diferença significativa entre os pesos iniciais (GI= 75,72±18,64 kg; GC= 60,99±8,45 kg; p-valor= 0,018) e finais (GI=75,7±18,57 kg; GC= 61,04±9 kg; p-valor= 0,017), assim como os índices de massas corporais iniciais (GI= 28,96±6,19 kg/m²; GC=24,65±3,29 kg/m²; p-valor=0,039) e finais (GI= 29,12±6,11 kg/m²; GC= 24,69±3,44 kg/m²; p-valor= 0,036) entre os grupos. O GI apresentou grau de dependência tabágica elevado, (6,62± 2,13), maior que o GC, com grau moderado (4,80±1,82). Houve associações moderadas entre leptina sérica após o tratamento com o índice de massa corporal inicial (R=0,556; p-valor=0,03) e final (R=0,530; p-valor=0,04), assim como do hormônio com percentual de gordura corporal inicial (R= 0,683; p-valor=0,011) e final (R= 0,666; p-valor=0,01). Tais associações também foram encontradas no grupo controle, porém essas associações foram fortes, massa corporal inicial (R=0,716; p-valor<0,0001), gordura corporal inicial (R=0,8815; p-valor=0,011) e final (R=0,687; p-valor=0,0001). O GI apresentou redução do craving, principalmente na última semana. No GC os sujeitos com leptina sérica acima da mediana (>5ng/mL) apresentaram QSU-Brief aumentado na segunda semana (e fator 1) e na terceira semana (juntamente com o fator 2) mantendo essa diferença no final, diferentemente do GI, onde a leptina sérica não influenciou a variação semanal do QSU-Brief. Conclusão: Concluiu-se que houve uma redução do craving em fumantes apenas do GI. Notou-se ainda que o GC com leptina sérica acima da mediana (>5ng/mL) apresentou maior sensação de prazer causada pela nicotina na segunda semana. Já na terceira semana de tratamento, verificou-se maior dificuldade de alcançar a abstinência com possíveis quadros de recaídas, diferentemente do GI que não houve influência do craving associado a leptina sérica.Item Perfil lipídico de dietas hospitalares orais servidas a pacientes oncológicos : estimativa de ingestão e composição da dieta.(2016) Braga, Priscila Gabriela; Quintaes, Késia Diego; Bearzoti, Eduardo; Quintaes, Késia Diego; Aguiar, Aline Silva de; Rabito, Estela Iraci; Bearzoti, EduardoO câncer é caracterizado pelo crescimento descontrolado, rápido e invasivo de células com alteração em seu material genético. O paciente oncológico é vulnerável à desnutrição, geralmente apresentando alteração na ingestão alimentar. Os lipídios têm grande relevância nutricional e devem ser consumidos quali e quantitativamente de forma a atender o requerimento orgânico. Este estudo objetivou determinar o teor de lipídios totais (LT), ácidos graxos monoinsaturados (AGM), ômega-6, ômega-3, ácidos graxos poliinsaturados (AGPI), ácidos graxos saturados (AGS) e ácidos graxos trans (AGT), de dietas hospitalares orais de distintas consistências, servidas a pacientes oncológicos hospitalizados, comparando os teores ofertados e consumidos com as recomendações nutricionais. Foram coletadas amostras das dietas geral, branda e pastosa de um hospital público brasileiro durante seis dias não consecutivos. O consumo alimentar dos pacientes foi determinado mediante a dedução do peso das sobras do valor servido. A identificação e quantificação dos lipídios foi realizada por cromatografia gasosa. Os teores de lipídios foram comparados às recomendações de ingestão de lipídios propostas pela Food and Agricultural Organization/World Health Organization (FAO/WHO). Participaram do estudo 122 pacientes. A maioria recebeu dieta geral (79,5%), seguida das dietas branda (15,6%) e pastosa (4,9%). Os teores de lipídios apresentaram diferença significativa entre as datas de coleta e entre os tipos de dieta. Os teores oferecidos de LT, ômega-6 e AGT estavam dentro da faixa recomendada na maioria das ocasiões, o oposto ocorrendo com os AGS, AGPI e ômega-3. Quanto ao consumo, as mulheres consumiram os %E aceitáveis de AGS e AGT em todos os tipos de dieta. Porém as médias de %E dos demais lipídios (LT, ômega-3 e AGPI) foram inferiores ao recomendado, enquanto o teor de ômega-6 nas dietas branda e pastosa atendeu à recomendação. No caso dos homens, o consumo em percentual de energia (%E) proveniente de ômega-3 e AGPI esteve abaixo das recomendações em todas as dietas, e LT não atingiu o mínimo de 20%E nas dietas branda e pastosa. O %E médio de AGT consumido pelos homens foi aceitável em todas as dietas, já o AGS foi superior ao aceitável para os pacientes sob dieta pastosa. Os resultados fornecem subsídios para a melhoria da composição lipídica dos cardápios, visando o aporte adequado de LT e de AGPI, especialmente de ômega-3, além da redução dos teores de AGS.Item Perfil nutricional de pacientes com Doença Renal Crônica em tratamento com Diálise Peritoneal.(2017) Alvarenga, Livia de Almeida; Aguiar, Aline Silva de; Cândido, Ana Paula Carlos; Amaral, Joana Ferreira do; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Aguiar, Aline Silva deIntrodução: A Doença Renal Crônica se desenvolve devido à perda progressiva e irreversível das funções dos rins, que resulta em um desequilíbrio homeostático do organismo. Os pacientes com Doença Renal Crônica passam a sofrer uma série de distúrbios metabólicos e nutricionais que condizem com o desenvolvimento da desnutrição energético-proteica, sendo um fator importante de risco para morbidade/ mortalidade entre esses pacientes. Além desse cenário de desnutrição, é importante ressaltar que os pacientes em Diálise Peritoneal recebem o dialisato à base de glicose, estando expostos ao risco de uma sobrecarga glicêmica e consequente desenvolvimento de hiperinsulinemia, resultando na elevação do armazenamento dos triglicerídios e ganho de peso corporal. Objetivo: avaliar o perfil nutricional de pacientes em Diálise Peritoneal. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, utilizando-se dados coletados de pacientes em tratamento no serviço de Diálise Peritoneal da Unidade de Tratamento do Paciente Renal Crônico do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF). Foram coletados dados de 30 pacientes. Os dados coletados consistem em: Avaliação antropométrica, composição corporal por meio da bioimpedância tetrapolar, avaliação bioquímica, Avaliação Subjetiva Global e Avaliação Alimentar. Resultados: A avaliação subjetiva global de 7 pontos não indicou nenhum paciente em desnutrição grave, enquanto 43,3% encontravam-se em desnutrição leve a moderada e 56,7% em risco leve de desnutrição a bem nutrido. Ao analisar o Índice de Massa Corporal, observou-se média de 24,64±4,84 kg/m², sendo que 56,7% dos pacientes foram classificados com eutrofia. Houve preservação da gordura subcutânea, avaliada pelas pregas cutâneas e CB, e preservação de massa muscular, avaliada pela CMB e AMB. 53,3% dos pacientes foram classificados como euvolêmicos. Os valores médios do ângulo de fase e da massa celular foram de 5,07±1,27º e 19,03±5,06 kg respectivamente. Em relação aos exames bioquímicos, a albumina (3,73±0,45g/dl) e vitamina D (24,15±4,84 ng/dl) encontram-se abaixo do valor de referência, já o fósforo (7,13±1,81mg/dl) e hormônio paratireoidiano (705,72±469,79 pg/mL), estavam acima do ideal. A glicose proveniente do dialisato não apresentou influencia em relação à glicose sérica, hemoglobina glicada e triglicerideos, porém foi importante para a preservação da massa muscular somática. Em relação à avaliação alimentar, os pacientes apresentaram consumo inadequado de proteínas (1,0 g/kg de peso). Conclusão: os pacientes apresentaram bom estado nutricional e prognóstico satisfatório, porém o acompanhamento nutricional faz-se importante para evitar possíveis complicações.Item Perfil nutricional e bioquímico de alcoolistas frequentadores do CAPSad de Ouro Preto, Minas Gerais.(Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Toffolo, Mayla Cardoso Fernandes; Aguiar, Aline Silva deA presente dissertação esta apresentada em três artigos que contemplaram os seguintes objetivos: avaliar o estado nutricional e clínico de alcoolistas (artigo 1); avaliar os níveis de leptina de acordo com o padrão de uso de álcool e o tempo de abstinência (artigo 2) e avaliar a fissura e o consumo de alimentos em alcoolistas após três meses de tratamento (artigo 3). Artigo 1: trata-se de um estudo transversal com 65 pacientes alcoolistas requentadores do Centro de Apoio Psicossocial aos usuários de álcool e outras drogas (CAPSad) de Ouro Preto-MG. Os participantes foram divididos de acordo com o padrão de uso do álcool (NA- não abstinentes; A2- abstinentes até 3 meses; A3- abstinente por 4 meses ou mais). Além do questionário sócio-demográfico, também foram aplicados os questionários SADD (Short Alcohol Dependence Data) e o ASSIST (Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test) para conhecimento do grau de dependência alcoólica e do poliuso de drogas, respectivamente. O perfil bioquímico e nutricional foi avaliado através de exames bioquímicos e avaliação antropométrica. A adequação das calorias e nutrientes da alimentação fornecida na instituição também foi analisada. Foi alto o percentual de participantes com dependência alcoólica grave (67,74%), associada ao uso principalmente de tabaco (66,15%). Pacientes abstinentes há mais tempo (A3) apresentaram risco maior de sobrepeso/obesidade e circunferência da cintura (CC) aumentada do que os não abstinentes e abstinentes recentes (A2) com odds ratio de 5,25 para ambos. O risco de maior % de gordura corporal (%GC) foi de 3,38 para os abstinentes, independente do tempo de abstinência. Os alcoolistas apresentaram níveis mais elevados de HDL-c do que os abstinentes, entretanto, os valores médios de triglicerídeos, colesterol total e glicemia de jejum aumentaram no sentido dos abstinentes A3, para não abstinentes, com valores limítrofes entre estes. A alimentação oferecida no CAPSad não se mostrou adequada para as necessidades diárias dos usuários, com alta oferta de sódio e de calorias para mulheres. Artigo 2: a leptina sérica foi dosada nos mesmos 65 alcoolistas e seus níveis foram avaliados de acordo com o padrão de uso do álcool. Níveis elevados de leptina foram encontrados apenas entre mulheres abstinentes recentes (A2), em comparação com as não abstinentes. Houve correlação positiva entre os níveis de leptina, IMC e CC entre as mulheres não abstinentes (leptina x IMC: r = 0,91, p <0,01; leptina x CC: r = 0,87; p = 0,001). Artigo 3: Vinte um alcoolistas foram avaliados no início e após três meses de tratamento no CAPSad. Foram analisadas a fissura e a escolha de alimentos e realizada a avaliação nutricional durante este período. Durante a abstinência, as mulheres ganharam peso e os homens perderam, entretanto os pacientes abstinentes mantiveram menor fissura e maior sensação de bem estar com o consumo de alimentos fontes de carboidratos simples ou complexos. Conclusão: Pacientes abstinentes têm maior risco de sobrepeso e obesidade. O aumento dos níveis de leptina parece ser dependente do tempo de abstinência e do gênero. Mulheres abstinentes recentes tiveram maiores níveis de leptina, que pode favorecer a recaída ser no início da abstinência. A escolha de alimentos fonte de carboidratos pode ajudar na redução do desejo de retomar o consumo alcoólico, entretanto podem contribuir para um consumo calórico elevado, podendo influenciar no ganho de peso entre os abstinentes.