Ferreira, Carla Mercês da Rocha JatobáFerreira, Débora Thyara2023-01-162023-01-162022FERREIRA, Débora Thyara. Medicalização na escola: a(s) face(s) da infância medicalizada. 2022. 123 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2022.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/15922Programa de Pós-Graduação em Educação. Departamento de Educação, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.O presente estudo trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, cujo objetivo foi investigar o fenômeno da medicalização da infância em fase de escolarização buscando caracterizar as crianças afetadas por tal fenômeno. Como estratégias metodológicas, realizamos uma pesquisa de dissertações e teses no Banco de Teses e Dissertações da Capes, referentes ao período de 2015 a 2020, que tratavam sobre o fenômeno da medicalização de crianças em fase de escolarização. Para refletir sobre os apontamentos das pesquisadoras e dos pesquisadores a propósito desse fenômeno, lançamos mão de teóricas e teóricos que abordam, em suas investigações, questões referentes à medicalização, à infância e à escola. Apresentamos dados referentes à pesquisa bibliográfica e realizamos uma interlocução entre eles e o referencial teórico escolhido para sustentar as informações obtidas. Interessou-nos analisar as características das crianças que são encaminhadas pela escola para avaliação pelas/os profissionais da Saúde, com o intuito de compreender se existem questões inconscientes e conscientes no processo de encaminhamento e avaliação das/os alunas/os. A partir do referencial teórico da Psicanálise, buscamos investigar a relação entre o ato educativo e os impasses que se apresentam no ambiente escolar. Os dados obtidos pela pesquisa possibilitaram a elaboração de considerações sobre o fenômeno da medicalização na educação e o lugar ocupado pela criança nesse processo e foram identificadas questões que estão por trás dos encaminhamentos realizados pelas escolas. Esses encaminhamentos estão impregnados por concepções racistas e preconceituosas com relação às crianças negras e pardas, estudantes de escola pública e pertencentes a famílias da classe trabalhadora. Essas concepções interferem diretamente no ato educativo ao impossibilitar que a transferência entre professora/professor e aluna/o ocorra, o que gera impasses na escola. O fenômeno da medicalização, amparado por um saber que aponta para problemas a serem tratados no corpo biológico, é um recurso utilizado como forma de “tratar” esses impasses pertencentes a questões subjetivas.pt-BRabertoMedicalizaçãoInfânciaEscolaAto educativoMedicalização na escola : a(s) face(s) da infância medicalizada.Artigo publicado em periodicoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 14/12/2022 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante.