Freitas, Renata Nascimento deSilva, Camilo Adalton Mariano daLisbôa, Maria Beatriz Monteiro de Castro2018-09-102018-09-102016LISBÔA, Maria Beatriz Monteiro Castro. Prevalência de anemia ferropriva em mulheres de 15-49 anos, gestantes, crianças menores de 60 meses e condicionantes socioeconômicos, demográficos e nutricionais : Minas Gerais, 2007. 2016. 100 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/10131Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.Ao longo das últimas décadas profundas transformações alteraram a estrutura e o quadro epidemiológico da população brasileira. No campo da alimentação e nutrição, em especial a carência de micronutrientes destaca-se a anemia por deficiência de ferro, anemia ferropriva, como a mais grave e de maior prevalência entre as anemias carenciais. Embora entre os grupos mais afetados estejam crianças, mulheres em idade fértil, e famílias de baixa renda, todos os indivíduos, independentemente do estrato social são suscetíveis a essa deficiência. Neste trabalho nos propusemos a determinar a prevalência de anemia ferropriva em mulheres de 15-49 anos, gestantes e crianças menores de 60 meses em relação à segurança alimentar e nutricional e condições socioeconômicas familiares em Minas Gerais, 2007. Estudo transversal de base populacional, com amostra probabilística de mulheres em idade fértil e crianças com idade entre zero e 60 meses de idade, cujos dados foram coletados entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008, em Minas Gerais. As gestantes foram avaliadas como um subgrupo, pois não constituíram a amostra. Para o cálculo da amostra assumiu-se prevalência de 50% de anemia no Estado e, para se chegar ao domicílio utilizou-se a teoria de amostragem estratificada em três estágios: município, setor censitário, quarteirão. Por inquérito domiciliar foram obtidas informações sobre as condições socioeconômicas, demográficas, situação de segurança alimentar e dados antropométricos das mulheres elegíveis para o estudo, gestantes e crianças. A concentração de hemoglobina foi analisada em fotômetro HemoCue®, considerando-se como anemia valores de hemoglobina < 11,0 g/dL para os menores de 60 meses e gestantes e < 12,0g/dL para as mulheres. A análise estatística estimou a prevalência,razão de prevalência com IC95%. O modelo foi ajustado por regressão logística multivariada. Adotou-se p<0,05 como nível crítico para definir significância estatística. Para os menores de 60 meses também foi realizada a análise utilizando estatística fatorial. A prevalência de anemia entre os menores de 60 meses foi de 37,4%, com maior prevalência (43%) no grupo etário de 6 a 24 meses; 31,9% para mulheres em idade fértil e 40,3% gestantes. A insegurança alimentar assim como renda, escolaridade, número de pessoas no domicílio e aleitamento materno não apresentaram associação com a anemia. As variáveis associadas foram: sexo feminino, idade e não freqüentar creche, permanecendo no modelo ajustado de regressão as variáveis: sexo feminino e não freqüentar creche para os menores de 60 meses. As variáveis paridade superior a três filhos, ter ou não filhos não trabalhar foram associadas significativamente com anemia entre as mulheres em idade fértil, permanecendo no modelo de regressão somente o trabalho e ter filhos. Nenhuma das variáveis pesquisadas mostrou associação entre ocorrência de anemia em gestantes. Nossos resultados mostraram que em Minas Gerais um terço das crianças (37,5%) com menos de 60 meses de idade e mais de um terço das mulheres em idade fértil apresentava anemia por deficiência de ferro. Reconhecida como a desordem de origem nutricional de maior prevalência no mundo, ainda são escassas as pesquisas voltadas exclusivamente para o grupo de mulheres em idade fértil. Entre os menores de 60 meses o estudo demonstrou a dificuldade em se definir estratégias de intervenção visando a redução da elevada prevalência dado que as associações testadas com diferentes variáveis sociais e biológicas não se mostraram significativas. Este estudo, pioneiro em Minas Gerais, sinaliza para a premente necessidade de realização de novas pesquisas dada a complexidade de identificação dos fatores determinantes da anemia ferropriva na população estudada.pt-BRabertoSegurança alimentarAspectos sociaisPrevalência de anemia ferropriva em mulheres de 15-49 anos, gestantes, crianças menores de 60 meses e condicionantes socioeconômicos, demográficos e nutricionais : Minas Gerais, 2007.TeseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 05/09/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.