Danderfer Filho, AndréCosta, Alice Fernanda de Oliveira2018-02-052018-02-052017COSTA, Alice Fernanda de Oliveira. Evolução tectono-estratigráfica da porção norte do Espinhaço Central, Norte de Minas Gerais. 2017. 220 f. Tese (Doutorado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/9433Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.Na faixa Araçuaí, desenvolvida na borda sudeste do cráton do São Francisco, há registros de coberturas sedimentares mais jovens do que 1.8 Ga que remontam vários episódios de embaciamento sedimentar. A partir da identificação de discordâncias e descontinuidades estratigráficas juntamente com a análise geocronológica U-Pb em zircão, foi possível caracterizar a evolução estratigráfica de um segmento localizado no extremo norte da faixa Araçuaí, no domínio fisiográfico da serra do Espinhaço Central. Os resultados obtidos indicam o registro de quatro ciclos de primeira ordem, sendo dois relacionados a episódios de magmatismo na região. O primeiro ciclo compreende uma sucessão vulcanossedimentar estateriana (Grupo Terra Vermelha) constituída por conglomerados e arenitos de natureza aluvial, associados com o preenchimento de um rifte. No topo dessa sucessão ocorrem rochas vulcânicas com idade de 1758 ± 4 Ma, interpretada como a idade do rifte Terra Vermelha. Os arenitos eólicos (Formação Pau d‘Arco) que cobrem essa unidade foram interpretados como o preenchimento relacionado a subsidência termal pós-rifte. Os zircões detríticos obtidos para essa unidade revelam uma idade máxima de sedimentação de 1675± 22 Ma. O segundo ciclo compreende outra etapa de rifteamento registrado na sucessão vulcanossedimentar calimiana do Grupo Mato Verde. Essa sucessão inclui conglomerados com arenitos intercalados e pelito subordinado depositados em ambientes de leques aluviais, fluvial e lacustre. No topo, ocorrem rochas vulcânicas e vulcanoclásticas datadas em 1524 ± 6 Ma, finalizando a evolução do rifte Mato Verde. Os depósitos de natureza eólica registrados na Formação Vereda da Cruz que cobrem essa unidade são interpretados como o estágio de subsidência termal do rifte. Os zircões detríticos obtidos para essa sucessão revelam idades máxima de sedimentação de 1616 ± 30 Ma. O terceiro ciclo inclui a sucessão siliciclástica do Grupo Sítio Novo, constituída por arenitos estratificados e conglomerados e pelitos subordinados com características que indicam deposição em ambiente costeiro a marinho raso. Os zircões detríticos para essa unidade revelam idade máxima de deposição em 1106 ± 10 Ma. As rochas máficas que cortam essa unidade mostram idade U-Pb em torno de 900 Ma, definindo a idade mínima de sedimentação para o Grupo Sítio Novo. O último ciclo registra o preenchimento de um rifte intracontinental representado pelo Grupo Santo Onofre, o qual consiste de pelitos carbonosos, arenitos e conglomerados associados com fases de sedimentação de águas profundas e rasas. Os zircões detríticos obtidos para essa unidade revelam idade máxima de deposição em torno de 865 Ma. Os resultados obtidos mostram que a sedimentação correspondente ao desenvolvimento desses quatro ciclos ocorreu durante um longo período de tempo, cobrindo uma grande área no bloco São Francisco.pt-BRabertoGeologia estratigráficaGeocronologiaEvolução tectono-estratigráfica da porção norte do Espinhaço Central, Norte de Minas Gerais.TeseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 31/01/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.