Alzamora, Andréia CarvalhoCastro, Uberdan Guilherme Mendes de2013-04-052013-04-052010CASTRO, U. G. M. de. Efeito do óxido nítrico na regulação de parâmetros cardiovasculares pela CVLM em ratos com hipertensão renovascular 2R1C”. 2010. 109 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2700A hipertensão arterial pode ocorrer devido à hiperatividade de neurônios do bulbo ventrolateral rostral (RVLM) (Chan e cols., 1991; Boone e McMillen, 1994; Suzuki e cols., 1994; Minson e cols., 1996) e/ou devido a um tônus reduzido dos neurônios GABAérgicos do bulbo ventrolateral caudal (CVLM) que se projetam para a RVLM. (Smith e Barron, 1990b; a; Colombari e cols., 2001). Além disso, foi observado que durante a hipertensão ocorre uma elevação dos níveis de óxido nítrico (NO) na CVLM. No entanto, não existem estudos conclusivos acerca do papel do NO na CVLM durante o desenvolvimento e/ou manutenção desta patologia. Diante dessas considerações, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do NO na CVLM sobre a pressão arterial média (PAM), freqüência cardíaca (FC) e sensibilidade da bradicardia reflexa em animais com hipertensão renovascular 2R1C. Ratos fisher (150 a 200g) foram anestesiados com uma mistura de quetamina (50 mg/Kg, i.p.) e xilasina (5 mg/Kg, i.p.) para realização da cirurgia para indução da hipertensão renovascular (2R1C) ou fictícia (SHAM). Após 30 dias, os animais foram anestesiados com uretana (1,2g/kg, i.p), posicionados em um aparelho estereotáxico para exposição do bulbo e instrumentados para registro da PAM e FC. A sensibilidade da bradicardia reflexa foi avaliada através da injeção de doses crescentes de fenilefrina (i.v.). Ao final dos experimentos os animais foram sacrificados, os rins e coração pesados e o cérebro submetido à análise histológica. Os animais 2R1C apresentam menor peso relativo do rim esquerdo (clipado) (0,28 ± 0,02g, n=11), maior peso relativo do rim contralateral (0,52 ± 0,05g, n=11), maior peso relativo do coração (0,41 ± 0,02g, n=11) e ventrículo esquerdo (0,31± 0,02, n=11) e aumento da PAM (142 ± 3 mmHg, n=36) em comparação aos ratos SHAM (0,34 ± 0,01g; 0,35 ± 0,01g; 0,30 ± 0,01g; 0,20 ± 0,01g, n=11 e 106 ± 2 mmHg, n=42 respectivamente) A microinjeção de nitro-L-arginina-metil-ester, L-NAME (inibidor não seletivo do NO, 10nmol) na CVLM, produziu uma queda na PAM e na FC em animais 2R1C (-17 ± 3 mmHg e -29 ± 8 bpm, n=7, respectivamente) e em animais SHAM (-17 ± 3 mmHg e -39 ± 15 bpm, n=6, respectivamente). Já a microinjeção de L-ARGININA (precursor do NO, 50nmol) na CVLM produziu uma elevação na PAM de ratos 2R1C (11 ± 3 mmHg, n=6) e SHAM (11 ± 1 mmHg, n=11), além de alterações variadas sobre a FC em ambos os grupos (-12 ± 6 bpm, n=6, grupo SHAM; 8 ± 8 bpm, n=11, grupo 2R1C). IX Em animais 2R1C, observamos que o tempo de duração da bradicardia produzida pela microinjeção de L-NAME na CVLM foi inferior (11 ± 1 min, n=11) ao tempo de duração em animais SHAM (23 ± 3 min, n=6). Adicionalmente, a duração do efeito hipertensor da microinjeção de L-ARGININA em animais 2R1C (26 ± 7 min, n=4) e das alterações variadas produzidas pela mesma sobre a FC (32 ± 5 min, n=6) foram superiores, quando comparado aos ratos SHAM (10 ± 2 min e 14 ± 4 min, n=7-10, respectivamente). Os efeitos cardiovasculares produzidos pela microinjeção da LARGININA na CVLM foram abolidos pela microinjeção prévia de L-NAME na CVLM de ratos SHAM e 2R1C. A bradicardia reflexa dos animais 2R1C foi menor (0,11 ± 0,02 ms/mmHg, n=17) quando comparada aos ratos SHAM (0,42 ± 0,08 ms/mmHg, n=14). A microinjeção do LNAME na CVLM produziu um aumento da sensibilidade da bradicardia reflexa em animais 2R1C (0,18 ± 0,04 ms/mmHg, n=8) em comparação com a sensibilidade da bradicardia reflexa antes da microinjeção do L-NAME (0,07 ± 0,01 ms/mmHg, n=10). Já a microinjeção de L-ARGININA na CVLM produziu uma redução da sensibilidade da bradicardia reflexa nos ratos SHAM (0,29 ± 0,03 ms/mmHg, n=6) em relação à sensibilidade da bradicardia reflexa antes da microinjeção de L- ARGININA (de 0,52 ± 0,08 ms/mmHg, n=6). Os resultados do presente estudo reforçam a idéia de que o NO esteja aumentado na CVLM durante a hipertensão arterial. Esses níveis elevados de NO parecem ter um papel inibitório sobre os neurônios da CVLM, contribuindo para o desenvolvimento e/ou manutenção da hipertensão renovascular e para a baixa sensibilidade do barorreflexo que ocorre nesta patologia.pt-BRÓxido nítricoHipertensão renovascularBioquímicaEfeito do óxido nítrico na regulação de parâmetros cardiovasculares pela CVLM em ratos com hipertensão renovascular 2R1C”.Dissertacao