Giunchetti, Rodolfo CordeiroMendonça, Caroline Amaral de2015-02-112015-02-112011MENDONÇA, Caroline Amaral de. Avaliação da produção da vacina LBSapSal contra Leishmaniose visceral canina, frente ao desafio intradérmico experimental com Leishmania chagasi e extrato de glândula salivar de Lutzomyia longipalpis. 2011. 87 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2011.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/4432Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.No Brasil, o controle da leishmaniose visceral (LV) tem sido baseado num “tripé” de ações que preconiza o tratamento de casos humanos, o combate ao vetor e a eliminação de cães soropositivos, que infelizmente não tem alcançado bons resultados na redução dos casos de LV humana e canina. Assim, a imunoprofilaxia surge como uma das alternativas mais importantes para o controle da LV. Considerando que até o momento ainda não existem vacinas que sejam comprovadamente protetoras, nosso grupo de pesquisa tem empregado esforços no desenvolvimento de protótipos vacinais contra leishmaniose visceral canina (LVC). Um destes protótipos é a vacina LBSapSal, composta por antígenos de Leishmania braziliensis associada ao extrato de glândula salivar de Lutzomyia longipalpis (SGE) e ao adjuvante saponina. Estudos prévios em cães vacinados com a vacina LBSapSal revelaram a indução de forte imunogenicidade, marcada pelo aumento de linfócitos T CD8+ circulantes, dos níveis de óxido nítrico séricos e por uma produção balanceada de isotipos de IgG (IgG1/IgG2) indicando uma resposta imune mista do tipo 1 e tipo 2. Tais resultados indicam que a vacina LBSapSal induz uma resposta imune protetora anti-LVC. Desta forma o presente trabalho tem como objetivo central avaliar a capacidade imunoprofilática da vacina LBSapSal através de estudos de proteção após o desafio experimental com promastigotas de Leishmania chagasi. Foram utilizados 20 cães, com idade de 210 dias, sem raça definida que foram subdivididos em quatro grupos experimentais com cinco animais cada um, entre os quais: (i), grupo CID, (ii) grupo Sal, (iii) grupo LBSal e (iv) grupo LBSapSal. Foram ministradas três aplicações vacinais subcutâneas em intervalos de 30 dias. Após 3 meses do último inóculo, os cães foram desafiados com 1x107 promastigotas de L. chagasi associadas ao conteúdo de cinco ácinos de glândula salivar de L. longipalpis por via intradérmica. Estes animais foram acompanhados por um período de 885 dias após o desafio, onde foi coletado material biológico para a realização de análise parasitológica da proteção vacinal. Coletas de tecidos de pele e baço foram realizadas para uma investigação da presença do parasito e da carga parasitária nestes órgãos. Nesta investigação foi realizado o isolamento do parasito pela técnica de esplenocultura utilizando o meio NNN/LIT e avaliação do parasitismo por meio de imunohistoquímica anti-Leishmania, análise de imprints de tecidos por microscopia óptica (Giemsa) e reação de PCR em Tempo Real (qPCR) nos tecidos. Dentre as metodologias parasitológicas, a qPCR apresentou alta sensibilidade para detectar L. chagasi na pele e no baço de cães que apresentam baixa carga parasitária. Os resultados de qPCR nos permitiu observar o aumento dos níveis de eficácia vacinal experimental, em relação ao grupo controle (CID) ao se incorporar antígeno de saliva (Sal) e saliva mais antígeno de Leishmania (LBSal). Adicionalmente, aumento dos níveis de proteção e eficácia foram obtidos pela incorporação do adjuvante saponina aos antígenos de saliva de flebotomíneo e de Leishmania (LBSapSal). Neste sentido, os resultados mostraram que a vacina LBSapSal conferiu 80% de proteção na pele, enquanto que todos os cães apresentaram parasitismo no baço. Nossos dados nos permite supor o potencial que a vacina LBSapSal tem em proteger a pele contra a infecção por L. chagasi Desta forma, nos animais imunizados com LBSapSal, a redução da frequência do parasitismo cutâneo poderia implicar na redução da transmissão de Leishmania para o inseto vetor, podendo contribuir no controle deste parasito.pt-BRVacinasLeishmaniose visceralCão - doençasImunohistoquímicaLeishman Donovan UnitsAvaliação da produção da vacina LBSapSal contra Leishmaniose visceral canina, frente ao desafio intradérmico experimental com Leishmania chagasi e extrato de glândula salivar de Lutzomyia longipalpis.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo autor, 10/02/2015, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 3.0, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.