Oliveira, Aline Mendes deAraujo, Itamar Salviano Borges de2021-03-062021-03-062020ARAUJO, Itamar Salviano Borges de. Som e(m) cena: sonoridades negras nas artes da presença. 2020. 138 f. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2020.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/13134Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas. Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.Essa pesquisa busca compreender melhor o papel performativo das sonoridades no ambiente da cena do Teatro Experimental do Negro. Para tanto, procuramos entender sobre como as sonoridades negras performam em Sortilégio (1961), texto dramatúrgico de Abdias do Nascimento dos anos 50, estando muito além de um mero pano de fundo: seu papel é decisivo não só no rumo do percurso trágico do herói Emanuel, protagonista da peça, mas também atua como ferramenta de mobilização da população negra em seu processo de construção de sua consciência racial. Proponho em minha pesquisa, portanto, uma análise das sonoridades da obra, tendo como objetos, desde as partituras musicais impressas, até as rubricas e indicações de sonoplastias, silêncios e as falas de personagens. Partindo de nossa escuta, percebemos, no manejo das sonoridades das culturas afrodiaspóricas, quando em ambiente de criação cênica, um contexto estratégico que considera a potencialidade dessas sonoridades em seu caráter iminentemente decolonial, principalmente no que se refere ao processo de resistência ao poder vigente, desde o período escravagista, até os dias de hoje; e ao seu caráter antropológico, quando este compreende corpo como arquivo epistemológico. Por fim, busco compreender como esse estudo das sonoridades afeta meu trabalho de criação enquanto diretor e performer, sobretudo na criação de duas obras impulsionadas por esta pesquisa: Padê: ensaios sonoros sobre Sortilégio(2018) e 80 toques para 80 tiros (2019): em ambas busquei usar as sonoridades como elemento guia de uma direção cênica. Nessa percepção da sonoridade, na qual som e a escuta interagem na produção de sentidos, o som é, para além de sua imanência física, constituído e atravessado por marcas identitárias, culturais, sociais, filosóficas e subjetivas.pt-BRabertoTeatro experimentalTeatro negroConscientização racialAbdias do NascimentoSom e(m) cena : sonoridades negras nas artes da presença.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 19/02/2021 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.