Kangussu, Imaculada Maria GuimarãesMoraes, Emmanuel Victor Hugo2013-03-112013-03-112011MORAES, E. V. H. O silêncio de Erōs : amor e olhar em Plotino. 2011. 79 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2011.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2495O objetivo desta dissertação é apresentar as relações entre amor e olhar no pensamento de Plotino. A filosofia de Plotino edifica-se sobre dois fundamentos: a processão (proodoj) e a conversão (epistrofh). O primeiro trata da origem de toda a realidade a partir de um princípio simples e absoluto chamado Um (to en), isto é, a passagem do Um ao múltiplo. O segundo, do retorno de todas as coisas a sua origem, ou seja, a passagem do múltiplo ao Um. Do lado da processão, o amor surge como mola propulsora para o derramamento originário da superabundância do Um, que, sendo livre por ser o que é e como é, não cabe em si mesmo e, em sua autocontemplação, transborda e dá origem a uma indeterminação que, ao olhar para o Um, contempla-o, enamora-se por ele e torna-se realidade e vida, Ser e Intelecto. Do lado da conversão, o amor apresenta-se como privilegiado fio condutor ao Um, Bem absoluto e anseio supremo de toda alma, possibilitando o retorno de todas as coisas a seu princípio. No movimento de vir do Um ao múltiplo, o amor aparece ligado ao olhar contemplativo que o próprio Um exerce sobre si mesmo e também à necessária contemplação que aquilo que surge do Um dirige a ele, a fim de que possa tornar-se realidade e vida. A relação entre amor e olhar aparece também no movimento contrário, que vai do múltiplo ao Um: a visão do belo recorda a alma de sua origem divina, despertando nela desejo e amor pela beleza suprema e pela fonte da própria beleza, o Um-Bem.pt-BRAmor - filosofiaNeoplatonismoPlotino - crítica e interpretaçãoEstéticaArte - filosofiaO silêncio de Erōs : amor e olhar em Plotino.Dissertacao