Guimarães, Andrea GrabeMelo Neto, Olímpio Pereira de2013-04-082013-04-082006MELO NETO, O. P. de. Hipertensão arterial em Ouro Preto (MG) : avaliação da terapêutica farmacológica e de fatores de risco cardiovasculares. 2006. 136 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2006.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2710A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e pode ocorrer associada a outros fatores risco que são independentemente associados a doenças cardiovasculares como os fatores sócio-demográficos, comportamentais e clínicos. Eficientes medidas terapêuticas não farmacológicas e farmacológicas para o tratamento da hipertensão arterial podem ser adotadas. Entretanto, baixos percentuais de controle da pressão arterial têm sido encontrados entre os hipertensos no Brasil e no mundo. No presente trabalho foi realizado estudo transversal de amostragem aleatória (n = 928) que teve como objetivo a avaliação dos indivíduos da cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, quanto à terapêutica farmacológica e à associação de fatores de risco para doenças cardiovasculares. A prevalência da hipertensão arterial foi de 48,4 %, sendo considerado como hipertensos aqueles indivíduos que estavam com a pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg, e indivíduos com os valores da pressão arterial sistólica e diastólica inferiores, estando em uso de medicamentos anti-hipertensivos. O maior percentual de hipertensos foi classificado no estágio leve da hipertensão arterial (43,3 %), seguido pelo estágio moderado (27,3 %) e grave (19,8 %). Entre os entrevistados, 25,6 % eram hipertensos não faziam uso de medicamentos anti-hipertensivos. O tratamento com anti-hipertensivos era realizado por 47,1 % dos hipertensos, sendo que apenas 9,6 % dos hipertensos obtinham o controle pressórico. A classe de anti-hipertensivos mais utilizada foram os diuréticos (71,2 %), sendo a hidroclorotiazida o fármaco mais utilizado. A associação de dois fármacos antihipertensivos foi o segundo regime terapêutico mais utilizado, sendo a associação de diurético mais e/ou -bloqueadores a mais utilizada e, entre estes, a hidroclorotiazida associada ao propranolol foram os fármacos mais freqüentemente utilizados associados. A hipertensão arterial foi mais prevalente entre os hipertensos do sexo masculino, entre os indivíduos pertencentes à faixa etária de 40 e 59 anos, entre os hipertensos que possuem a cor da pele não branca, entre os hipertensos com baixa escolaridade e entre os hipertensos pertencentes às classes econômicas inferiores. O tabagismo e o etilismo foram mais prevalentes entre os hipertensos não tratados para hipertensão arterial. O maior percentual de hipertensos foi categorizado no grupo de sedentários. A hiperglicemia apresentou uma prevalência de 23,8 % entre os hipertensos e a dislipidemia de 53,4 %, sendo ambas mais prevalentes entre os hipertensos que usam anti-hipertensivos para controle da pressão arterial. O uso de diuréticos apresentou uma associação significativa com a dislipidemia. A hipertensão arterial foi mais prevalente entre os indivíduos com sobrepeso corporal (39,2 %) e entre os indivíduos portadores de obesidade abdominal (43,3 %), e em relação a estes últimos, o maior percentual não conseguia obter o controle pressórico com o tratamento anti-hipertensivo. O maior percentual de hipertensos do sexo feminino foi observado entre as não usuárias de anticoncepcionais e fármacos da terapêutica de reposição hormonal.pt-BRHipertensão arterialTratamentoAgentes hipotensoresSistema cardiovascular - doençasOuro Preto - Minas GeraisHipertensão arterial em Ouro Preto (MG) : avaliação da terapêutica farmacológica e de fatores de risco cardiovasculares.Dissertacao