Silva, Breno de MelloMalta, Wellington Carvalho2023-10-052023-10-052023MALTA, Wellington Carvalho. Caracterização da atividade antioxidante do fulerol em infecções por Zika virus e Chikungunya virus. 2023. 96 f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) – Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17528Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.Os arbovírus, Zika virus e Chikungunya virus, são de grande importância na saúde pública, havendo milhares de casos todos os anos. Ambas apresentam risco de epidemias, geram incontáveis gastos à saúde pública, além da possibilidade de desencadear casos graves, levando ao óbito. A febre zika e a febre chikungunya apresentam sintomas característicos de arboviroses como cefaleia, febre, dores pelo corpo, musculares e nas articulações, ambas podem levar a complicações graves. Até o momento não há vacinas ou tratamentos aprovados para estes vírus, tornando necessário o desenvolvimento de terapias alternativas. Já é relatado o aumento de espécies reativas de oxigênio (EROs) durante infecções virais, estudos sugerem que a modulação de vias oxidativas pode estar relacionado à multiplicação viral e infecção de novas células, logo, o controle de EROs e normalização das vias do elemento de resposta antioxidante (ARE), podem ser estratégias no combate à infecção. O fulerol, um nanomaterial derivado do fulereno de carbono C60, com alto poder antioxidante e, capaz de sequestrar EROs, poderia ser uma alternativa. Nesse contexto, este trabalho objetivou caracterizar a atividade antioxidante do fulerol em infecções pelos vírus Zika e Chikungunya. Para tal, avaliou-se a citotoxicidade do composto em células VERO e MRC-5. A atividade antioxidante foi avaliada pelo teste de EROs intracelular através do indutor exógeno, peroxido de hidrogênio (H2O2), e no contexto das infecções pelos vírus supracitados. Avaliou-se também a modulação dos vírus na transcrição da principal via de resposta antioxidante (NRF-2/ARE), e os efeitos do tratamento com fulerol. Os resultados demonstraram que o fulerol não apresentou efeito citotóxico nas concentrações de 6250 a 0,76 nM, o peroxido, utilizado como indutor exógeno, não presentou citotoxicidade nas concentrações de 0,1 a 26,6mM no período do estudo. O fulerol foi capaz de reduzir os níveis de EROs, após indução com 1 e 10mM de peroxido, nas concentrações de 6,25 a 0,781 nM e 25 a 0,195 nM, respectivamente. O composto foi capaz de reduzir os níveis de EROs na infecção por Zika nas concentrações de 12,5 a 0,781 nM, e para o Chikungunya nas concentrações de 6,25 a 0,781 nM, sendo a concentração de 3,125 nM a que apresentou maior capacidade antioxidante em todos os contextos estudados. O fulerol em 3,125 nM foi capaz de normalizar a modulação negativa na atividade transcricional da via NRF-2/ARE causada pelo vírus Zika, porém não foi observado o mesmo efeito para o Chikungunya, dando indícios da diferença dos mecanismos de modulação promovida por cada vírus nessa via. O conjunto dos resultados sugere que o fulerol possui grande capacidade antioxidante e potencial para auxiliar no tratamento contra os vírus Zika e Chikungunya, ou na redução dos efeitos, causados por danos oxidativos, pela infecção.pt-BRabertoZika virusChikungunya virusFulerolAntioxidanteCaracterização da atividade antioxidante do fulerol em infecções por Zika virus e Chikungunya virus.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 01/10/2023 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.