Reis, Alexandre BarbosaSoares, Rodrigo Dian de Oliveira Aguiar2014-11-182014-11-182014SOARES, R. D. de O. A. Ensaio clínico vacinal de fase I e II para avaliação comparativa da toxicidade, imunogenicidade e potência das vacinas Leishmune®, Leish- Tec®, KMP-11 e LBSap contra leishmaniose visceral canina. 2014. 139 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2014.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3938Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.O presente estudo avaliou a toxicidade/inocuidade, imunogenicidade e eficácia/potência dos protótipos vacinas KMP-11 e LBSap, de forma comparativa com as vacinas comerciais Leishmune® e Leish-Tec®, em um ensaio clínico vacinal de fase I e II. Para isso, trinta e cinco cães foram classificados em cinco grupos (sete cães por grupo): i) grupo controle receberam 1 mL de solução salina estéril 0,9%; ii) grupo Leish-Tec receberam a vacina comercial Leish-Tec®; iii) Grupo Leishmune receberam a vacina comercial Leishmune®; (iv) grupo LBSap recebeu 600 μg de proteína de promastigotas de L. braziliensis e 1 mg do adjuvante saponina; (v) grupo KMP-11 receberam 100 μg do antígeno recombinante KMP-11 associado a 1 mg do adjuvante saponina. Uma análise detalhada e comparativa da inocuidade/toxicidade vacinal foi realizada através do quadro clínico, bioquímico e hematológico entre as doses de imunização e após o término das três doses vacinais. Embora em alguns cães dos grupos KMP-11, LBSap e Leishmune tenham apresentado alterações no local dos inóculos vacinais, relacionados ao adjuvante saponina, como: nódulos, edema leve, dor local, estes foram transientes e desapareceram após setenta duas horas da vacinação. Nossos resultados de inocuidade indicam que as alterações adversas provocadas pelas imunizações são toleráveis, tendo em vista a importância e funcionalidade que uma vacina canina eficaz promoveria no controle da doença. Nossos resultados da imunogenicidade vacinal demonstram um aumento da população circulante de linfócitos T CD8+ ao final do protocolo vacinal (T1) nos grupos LBSap e Leish-Tec, além de seis meses após o desafio experimental (T2) no grupo LBSap. Também foi observado em T1 aumento de linfócitos B (grupo Leishmune) e de monócitos CD14+ (grupos LBSap, Leishmune e KMP-11), que justificam e reforçam o potencial imunoprofilático destas vacinas. Nas análises in vitro foi observado aumento na atividade linfoproliferativa nos grupos LBSap e Leishmune, sendo no grupo LBSap um aumento antígeno-específico de linfócitos TCD4+ e CD8+. Uma segunda abordagem das análises in vitro buscou avaliar o percentual de células T CD4+ e CD8+ antígeno-específicas produtoras de IFN- e IL-4, onde foi observado no grupo LBSap aumento de ambas as subpopulações produtoras de IFN-, sendo também evidenciado um aumento de T CD8+ produtores de IFN- no grupo Leish-Tec. Nosso resultados de imunogenicidade reforçam a hipótese que o processo vacinal, principalmente, com a vacina LBSap levam a geração de uma resposta imune protetora contra o agente etiológico da LVC compatível com o controle do parasito de L. infantum. Nossos resultados da reatividade sorológicos demonstraram que o TR DPP® foi capaz de distinguir os cães doentes dos vacinados. Após o desafio experimental pela via endovenosa os cães foram acompanhados por 6 meses e foram evidenciadas alterações clínicas sugestivas da infecção por Leishmania, entretanto, na maioria dos cães foi observado uma infecção assintomática. Na avaliação parasitológica da medula óssea foi possível isolar o parasito (mielocultura) bem como quantificar o DNA (qPCR) de Leishmania em todos os grupos, sendo observado redução considerável da carga parasitária da medula óssea em todas as vacinas testadas em relação ao grupo Controle. Entretanto, no grupo de cães imunizados com LBSap esta redução foi mais evidente, chegando a ser 47 vezes menor. Com base no que foi exposto, a vacina LBSap seria a mais indicada para prosseguimento em ensaio clínico vacinal de fase III, em relação a vacina KMP-11.pt-BRLeishmaniose visceralVacinasCão como animal de laboratórioEnsaio clínico vacinal de fase I e II para avaliação comparativa da toxicidade, imunogenicidade e potência das vacinas Leishmune®, Leish- Tec®, KMP-11 e LBSap contra leishmaniose visceral canina.TeseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo autor, 23/10/2014, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 3.0, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.