Nogueira, Katiane de Oliveira Pinto CoelhoOliveira, Laser Antônio Machado deCarmo, Raquel Cruz Ferreira do2023-10-052023-10-052023CARMO, Raquel Cruz Ferreira do. Avaliação da neurotoxicidade do peptídeo B-amiloide25-35 e da atividade das formas isolada de canabidiol e full spectrum em culturas de células HT22. 2023. 65 f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) – Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17525Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.A hipótese da cascata amiloide postula que a agregação do peptídeo beta amiloide (βA) no parênquima cerebral é o primeiro evento de uma cascata neurodegenerativa que culmina com o desenvolvimento da doença de Alzheimer (DA), uma forma de demência amnésia progressiva que causa a interrupção global das funções cognitivas do indivíduo. A neurotoxicidade do peptídeo βA está especialmente relacionada à sequência de aminoácidos 25-35 que corresponde ao peptídeo β-amiloide 25-35 (βA25-35), usado como modelo patomimético da DA em estudos que investigam os diversos eventos patogênicos observados na patologia. Entre as ações neurotóxicas do peptídeo βA25-35 está a produção exacerbada de espécies reativas (ERs), dessa forma, compostos com caráter antioxidantes são alvo de pesquisas na área no intuito de restabelecer o equilíbrio oxidativo interrompido pelo peptídeo. O canabidiol (CBD), fitocanabinoide não psicomimético presente em plantas do gênero Cannabis, possui ação antioxidante e, embora apresente potencial terapêutico, as pesquisas com o CBD ainda são incipientes diante da toxicidade amilóide e da atuação do fitocanabinoide em várias vias neuromoduladoras para além do sistema endocanabinoide. A compreensão das ações neurotóxica do peptídeo βA25-35 é dificultada pela sua complexidade bioquímica in vitro e in vivo, o que acarreta protocolos divergentes na literatura para diferentes tipos celulares. Assim, esse estudo explorou diferentes concentrações, formas de tratamentos e tempos de exposição ao peptídeo βA25-35 e ao CBD, nas formas isolada e full spectrum, em células hipocampais da linhagem HT22 para identificação de padrões de neurotoxicidade e neuroproteção. Foi observado que as concentrações de 5, 10 e 20 μM do peptídeo βA25-35 são neurotóxicas para a referida linhagem celular. Quanto aos CBDs, foi observado que o CBD isolado (CBDiso) na concentração de 10 μM reduz a viabilidade das células, enquanto o full spectrum (CBDful) não reduz a viabilidade das células mesmo na concentração mais alta avaliada, 40 μM. Na concentração de 5 μM, o CBDful mantém o equilíbrio oxidativo das células expostas ao peptídeo βA25-35 10 μM, diferente do observado para o CBDiso na mesma concentração. Na menor concentração avaliada, 1 μM, o pré-tratamento tanto com CBDiso quanto com CBDful não foi capaz de conter as ERs de oxigênio geradas pelo peptídeo βA25-35 5 μM. Os resultados indicam uma delicada associação dose-resposta entre diferentes concentrações de CBD e a neurotoxicidade exibida pelo peptídeoβA25-35 em diferentes concentrações, além disso, foi observado que o CBDful apresenta melhores resultados nas condições exploradas neste estudo.pt-BRabertoPeptídeo β-amiloide25-35CanabidiolLinhagem celular HT22Avaliação da neurotoxicidade do peptídeo B-amiloide25-35 e da atividade das formas isolada de canabidiol e full spectrum em culturas de células HT22.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 02/10/2023 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.