Rangel, Marcelo de MelloSimões, Melisse Sana Lucioli Corrêa2024-08-012024-08-012024SIMÕES, Melisse Sana Lucioli Corrêa. A Crise da modernidade em Hannah Arendt: história, educação e natalidade. 2024. 144 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Filosofia, Arte e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2024.https://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/18183Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Arte e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.Este trabalho objetiva explicitar a crítica de Hannah Arendt à modernidade, sustentada pelo enfraquecimento da política enquanto espaço coletivo de diálogo e de ação, bem como os elementos da crise da modernidade que atingiram a educação, e a condição humana em sua dimensão política na condução da história. Arendt parte de seu tempo em busca de compreender o presente, propõe uma reflexão das condições do ser humano com base no século XX e analisa os fatos históricos da época em que viveu. Caracterizou como tempos sombrios este período conturbado, marcado por guerras, revoluções e regimes políticos descaracterizados da participação pública. Mas também de descobertas científicas e tecnológicas que alteram a relação do homem com o mundo e consigo mesmo, tornando-o cada vez mais alheio aos assuntos do mundo e envolto em seu próprio eu. As ações humanas em suas relações com o mundo constituem a história repleta de eventos imprevisíveis e irreversíveis, o que justifica a ênfase arendtiana à compreensão ou atividade permanente de reconciliação com a realidade. No entanto, a ruptura com a tradição marca, na era moderna, uma lacuna entre o passado e o futuro e indica que nossos valores já não servem para interpretar os fenômenos especificamente no período histórico caracterizado pelo século XX, no qual governos totalitários foram predominantes. O nexo entre pensamento e ação, filosofia e política estabelecido por Arendt nos leva a questionar o que significa pensar em tempos sombrios. Em situações-limite onde os valores humanos se desintegram, quais as implicações do pensamento político para questionar o que estamos fazendo? A hipótese argumentativa arendtiana indica que os aspectos do mundo moderno associados à quebra do senso comum ou sintonia do homem com o mundo trazem o que chama de crise: ruptura e também a possibilidade da abertura ao novo. Assim, a capacidade humana de julgar torna-se indispensável à orientação no mundo, sobretudo no qual a perda dos critérios objetivos implica um movimento de abertura a novas experiências, a estabelecerem novas conexões com a realidade e com a própria dimensão do passado.ptabertoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United StatesArendt Hannah - 1906-1975ModernidadeFilosofiaHistóriaEducaçãoA crise da modernidade em Hannah Arendt : história, educação e natalidade.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 21/03/2024 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.