Magalhães, Cíntia Lopes de BritoMenegatto, Marília Bueno da Silva2023-05-312023-05-312023MENEGATTO, Marília Bueno da Silva. Avaliação do estresse oxidativo e defesas antioxidantes na infecção pelo vírus Oropouche em modelo animal. 2023. 76 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/16748Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.O Oropouche orthobunyavirus (OROV) é o arbovírus causador da Febre Oropouche, cujos sintomas são febre alta, cefaléia, mialgia, artralgia, fotofobia, tontura, náuseas e vômito. Mais de meio milhão de pessoas já foram infectadas com o OROV desde seu isolamento em 1955, sendo a Febre Oropouche uma doença negligenciada de caráter emergente. Até o momento não há medicamentos antivirais ou vacinas disponíveis contra a infecção e ainda, pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos em sua patogenicidade. Assim, estudos que busquem entender os mecanismos envolvidos na patogênese do OROV são de extrema importância. Nesse sentido, dados da literatura vêm demonstrando que o estresse oxidativo pode estar envolvido na patogênese de vários agentes virais, dentre alguns arbovírus como Dengue, Zika, Chikungunya e Mayaro. O estresse oxidativo é a condição que se estabelece quando há um desequilíbrio entre os oxidantes, como as “Espécies Reativas de Oxigênio” (ERO), e os antioxidantes, como as enzimas Superóxido Dismutase (SOD) e Catalase (CAT), a favor dos oxidantes. Sendo assim, este estudo teve como objetivo investigar em modelo animal, a homeostase redox em órgãos alvos da infecção. Primeiramente camundongos BALB/c de 21 dias de vida foram infectados via subcutânea com 6x106 Unidades Formadoras de Placas (UFP) do OROV e monitorados por 21 dias quanto ao desenvolvimento da doença e sobrevida. Os animais desenvolveram doença aguda autolimitada, com menor ganho de peso entre os dias 2 e 5, sem mortalidade. Para os próximos experimentos, os animais foram infectados da mesma forma e eutanasiados no 4o dia pós infecção (dpi). Ao final desse período, os animais infectados apresentaram aumento significativo do baço, leucopenia, anemia e trombocitopenia. Ainda, desenvolveram anticorpos neutralizantes anti-OROV, aumento dos níveis séricos das transaminases hepáticas (AST/ALT) e das citocinas pró-inflamatórias Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-α) e Interferon-γ (IFN-γ). O genoma do OROV e partículas virais infecciosas foram detectados no fígado e baço dos animais. A histopatologia revelou inflamação hepática e aumento do número e área total de nódulos linfóides no baço. No que diz respeito à homeostase redox, a infecção pelo OROV levou a um aumento dos níveis de ERO e dos biomarcadores de estresse oxidativo malondialdeído (MDA) e proteína carbonilada no fígado e baço. Ainda, nesses mesmos órgãos, a infecção pelo OROV levou a uma diminuição nas atividades das enzimas SOD e CAT. Juntos, estes resultados mostram que a infecção pelo OROV culmina com desequilíbrio na homeostase redox e consequente estresse oxidativo em órgãos alvos da infecção, ajudando a elucidar alguns aspectos importantes que podem contribuir na patogênese da Febre Oropouche.pt-BRabertoInfecções por BunyaviridaeEstresse oxidativoPatogêneseEspécies reativas de oxigênioAvaliação do estresse oxidativo e defesas antioxidantes na infecção pelo vírus Oropouche em modelo animal.TeseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 25/05/2023 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.