Serra, Alice MaraSilva, Luciney Sebastião da2018-06-112018-06-112014SILVA, Luciney Sebastião da. Hannah Arendt e a apropriação do juízo de gosto Kantiano. 2014. 155 f. Dissertação (Mestrado em Estética e Filosofia da Arte) - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2014.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/9990Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.Esta dissertação tem como objetivo apresentar o caráter apropriativo do Juízo de gosto kantiano feito por Hannah Arendt para uma possível reabilitação do sentido da política na atualidade. A estratégia da analogia permite a Arendt distanciar-se da leitura fiel aos princípios dos textos de Immanuel Kant para assim empreender uma interpretação de cunho hermenêutico voltada para questões de natureza política. Não obstante a autora priorizar a Analítica do Belo, por pressupor aí encontrar uma verdadeira filosofia política que Kant não escreveu, ainda assim ela decompõe e analisa as obras de Kant em seu conjunto, não desconsiderando ou negligenciando seus elementos transcendentais. Tendo vivenciado momentos catastróficos, no contexto histórico-político do século XX, tais acontecimentos despertam a preocupação de Arendt para a questão do pensamento e do julgamento, o que a faz buscar na tradição filosófico-política os preceitos fundantes de sua teoria política. Assim Arendt terá como referência alguns pensadores, destacando Kant, o qual considera um filósofo exemplar, posto que seus empreendimentos votaram-se à faculdade do julgar por meio do alargamento do espectro do pensamento. Tendo em vista a interpretação apropriativa da letra de Kant em sentido político, no decorrer do trabalho, explicitamos o percurso de leitura de Arendt que redimensiona as relações entre filosofia teórica e filosofia prática e reabilita a esfera da sensibilidade vinculada ao julgamento e à sua comunicabilidade. Para tanto, destacamos sinteticamente as teorias do juízo nas três Críticas, a fim de situar o modo como Arendt se dedica a analisar a faculdade humana de julgar, sua relação com a sensibilidade e suas implicações para os eventos políticos. Na sequência, dedicamo-nos à análise da obra arendtiana Lições sobre a filosofia política de Kant, que contém o esboço e as linhas fundamentais da referida apropriação. Nossas considerações conclusivas pautaram-se pela compreensão de que o estilo de pensamento deliberado e criativo de Arendt constitui, inegavelmente, uma via de acesso intelectual às questões de âmbito político por meio da estética kantiana, sem comprometer a filosofia de Kant.pt-BRabertoCiência política - filosofiaJuizo - esteticaImmanuel Kant - 1724-1804AnalogiaHannah Arendt e a apropriação do juízo de gosto Kantiano.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 22/05/2017 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.