Prado, Denise Figueiredo Barros doHigidio, Aleone Rodrigues2019-10-222019-10-222019HIGIDIO, Aleone Rodrigues. Viajantes-queers: representações, a situação comunicativa e o contexto dos corpos e gêneros dissidentes na série "Quem sou eu?". 2019. 128 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2019.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11768Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto.A pesquisa, de caráter exploratório, vem a partir do estudo de caso da série “Quem sou eu?”, exibida entre os dias 12 de março e 02 de abril de 2017 como uma inserção no programa dominical Fantástico da Rede Globo. A série, dividida em quatro episódios e com propósito de contar histórias de transgêneros, traçou um paralelo com a história da personagem Alice, do livro “Alice no País das Maravilhas”, escrito por Lewis Carroll. Cada episódio, com uma média de treze minutos, abordava a constante afirmação da identidade transgênera. Para este trabalho realiza-se uma pesquisa de caráter exploratório, a partir do estudo de caso da série, buscando-se compreender como a transgeneridade foi abordada através da construção de sentidos que se dão aos corpos e gêneros dissidentes, bem como a sua representação midiática. A pesquisa traz uma abordagem, que é qualitativa, utilizando-se como metodologia a análise crítica do discurso, a partir dos estudos culturais de Stuart Hall e dos operadores conceituais que norteiam a teoria queer, combinados com análise da situação comunicativa proposta a partir dos conceitos de situação, ambiente e contexto de Louis Quéré. A escolha do programa Fantástico se dá por ele ser líder de audiência em horário nobre, com média de telespectadores chegando a mais um milhão de pessoas somente na Grande São Paulo (SP), bem como a relevância de se abordar em rede nacional a discussão da transgeneridade por um viés de problematização acerca do tema. Antes, a transgeneridade era majoritariamente debatida sob viés da marginalidade dos corpos e gêneros dissidentes nas editorias de polícia. No entanto, conclui-se que a série “Quem sou eu?” se utiliza de um discurso medicalizante das identidades trans, bem como heteronormativo, onde a vida de uma pessoa transgênera só deixa de ser considerada precária a partir da legitimação social que se dá, principalmente, a partir dos afetos. Para isso, o produto se utiliza de uma matriz ficcional operante em sua construção narrativa. A discussão sob a chave da cultura praticamente não aparece na série.pt-BRabertoIdentidade de gêneroDissidentesTelevisão - programasTeoria QueerTeoria da informaçãoViajantes-queers : representações, a situação comunicativa e o contexto dos corpos e gêneros dissidentes na série "Quem sou eu?".DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 04/10/2019 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.