Magalhães, Cíntia Lopes de BritoCamini, Fernanda Caetano2018-05-222018-05-222018CAMINI, Fernanda Caetano. Avaliação do estresse oxidativo e defesas antioxidantes após infecção pelo Mayaro virus e prospecção da atividade antiviral e antioxidante da silimarina. 2018. 104 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/9968Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.O Mayaro virus (MAYV) é um arbovírus negligenciado, de caráter emergente, que causa em humanos uma síndrome febril, a febre Mayaro, muitas vezes acompanhada por um quadro de artrite/artralgia incapacitante. Apesar de a febre Mayaro ser conhecida por décadas, não existe terapia ou vacina disponível e, ainda, os mecanismos celulares que contribuem para a patogênese do MAYV são pouco elucidados. Nesse contexto, um grande número de trabalhos tem demostrado que o estresse oxidativo pode contribuir para a patogênese de uma variedade de agentes virais. O estresse oxidativo é causado pelo aumento de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) e/ou uma redução no sistema de defesa antioxidante. Dentre os principais antioxidantes celulares destacam-se as enzimas Superóxido Dismutase (SOD) e Catalase (CAT) e, dentre os não enzimáticos, a Glutationa. Assim, uma vez que pouco se sabe sobre os mecanismos pelos quais o MAYV induz danos celulares e que o estresse oxidativo pode ser fator chave na patogênese de infecções virais, este trabalho teve como objetivo investigar se a infecção pelo MAYV seria capaz de induzir estresse oxidativo e/ou alterar as defesas antioxidantes. Células hepáticas humanas, HepG2, foram infectadas e em diferentes horas pós-infecção foram avaliados parâmetros oxidantes e antioxidantes. A infecção pelo MAYV levou a um aumento na produção de ERO e dos biomarcadores de estresse, malondialdeído e proteína carbonilada, bem como uma diminuição da razão glutationa reduzida/oxidada (GSH/GSSG). De maneira geral, a infecção causou um aumento nas defesas antioxidantes. Observamos um aumento nas atividades de SOD e CAT, bem como um aumento no conteúdo celular de Glutationa. Como o ambiente redox celular é influenciado pela produção e remoção de ERO, nós hipotetizamos que, apesar do aumento nas defesas antioxidantes, uma superprodução de ERO foi responsável pelo estresse oxidativo causado pela infecção pelo MAYV. Em seguida, nós prospectamos se a silimarina, composto originado da planta Silybum marianum, poderia apresentar atividade anti-MAYV, bem como inibir os danos oxidativos gerados pela infecção. Nossos resultados mostraram que a silimarina possui efetiva atividade antiviral in vitro contra o MAYV, bem como protege as células do dano oxidativo associado à infecção pelo vírus. Uma vez que a doença causada pelo MAYV é um problema de saúde pública e de caráter emergente, ampliar os conhecimentos sobre os aspectos relacionados à infecção por esse vírus é de primordial importância. Coletivamente, os resultados aqui obtidos elucidam alguns mecanismos que contribuem para os danos celulares causados pela infecção pelo MAYV.pt-BRabertoArbovírusAvaliação do estresse oxidativo e defesas antioxidantes após infecção pelo Mayaro virus e prospecção da atividade antiviral e antioxidante da silimarina.TeseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 17/05/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.