Adsorção dos corantes têxteis vermelho BSB, vermelho trifix e azul marinho CLR com resíduo da fabricação de alumina.

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2010
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumo
O setor têxtil tem contribuído largamente para a contaminação ambiental devido ao lançamento de efluentes altamente coloridos nos corpos d’água. A adsorção pode ser uma das alternativas para tratamento desse tipo de efluente. Neste trabalho buscou-se testar um resíduo gerado na fabricação da alumina (Al2O3) como adsorvente para remoção da cor dos efluentes têxteis. Tal resíduo é retido no filtro eletrostático, sendo que em algumas indústrias, geralmente é descartado junto à lama vermelha (principal resíduo da fabricação da alumina). Foram realizados também testes com carvão ativado comercial para fins de comparação. Os corantes selecionados para este estudo foram Vermelho Trifix, Vermelho BSB e Azul Marinho CLR, todos corantes reativos. Verificou-se através das análises via ICP – AES e por Fluorescência de Raios X que o rejeito é composto principalmente por alumínio e traços de outros metais. As análises por cromatografia a líquido com detector de DAD indicaram que o resíduo apresenta alguns tipos de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA’s) em sua composição. No entanto, os ensaios de lixiviação e solubilização mostraram que o rejeito faz parte da classe de resíduos II B (não perigoso e inerte), portanto, é viável sua utilização como adsorvente no que tange à periculosidade. Foram determinados os comprimentos de onda de máxima absorção (λmáx) dos corantes, sendo 514nm para o Vermelho Trifix, 516nm para o Vermelho BSB e 578nm para o Azul Marinho CLR. A massa de adsorvente determinada para os ensaios de adsorção foi de 0,5g. Os tempos de equilíbrio estabelecidos para o Vermelho Trifix foi de 20 minutos, 60 minutos para o Azul Marinho CLR, 60 minutos para o Vermelho BSB quando utilizado carvão ativado e 30 minutos quanto utilizado o rejeito de alumina. Verificou-se que em meio ácido a eficiência de remoção dos corantes quando utilizado o rejeito como adsorvente foi mais elevada que em soluções neutras e básicas. O carvão ativado apresentou elevada eficiência de adsorção para todos os corantes, independentemente do pH da solução. Os dados de todos os ensaios se ajustaram bem apenas ao modelo de Langmuir. Os ensaios realizados com variação da temperatura indicaram que o processo de adsorção do corante Azul Marinho CLR é um fenômeno endotérmico. Para os demais corantes não foi possível concluir se o processo de adsorção é endotérmico ou exotérmico. As análises físico-químicas dos efluentes mostraram que todos os parâmetros analisados estão dentro dos limites estabelecidos pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH N.o 001/2008, com exceção do parâmetro cor. Nos ensaios de adsorção com os efluentes, o carvão ativado mostrou-se mais eficiente que o rejeito de alumina, no entanto, ambos obtiveram baixa eficiência de remoção quando comparado às eficiências obtidas nos testes com os corantes puros.
Descrição
Palavras-chave
Adsorção, Corantes, Corantes sintéticos, Saneamento ambiental
Citação
GOMES, B. L. Adsorção dos corantes têxteis vermelho BSB, vermelho trifix e azul marinho CLR com resíduo da fabricação de alumina. 2010. 116p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010.