A Curva Ambiental de Kuznets para emissão de CO2 no Brasil : uma análise com cointegração em painel.
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2019
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Resumo
Durante as últimas décadas as discussões sociais e econômicas incorporaram um significativo
e singular destaque às questões ambientais. Esta preocupação intensificou o processo de
repensar o conceito de crescimento econômico e seus impactos na biodiversidade. Acentuado,
principalmente, após a primeira Comissão Internacional do Meio Ambiente em 1972, a
atenção ambiental ganhou maior relevância nos anos subsequentes com os encontros do Rio
de Janeiro em 1992 e 2012, bem como em Nova York no ano de 2015. Desde então, diversos
pesquisadores e policimakers voltaram suas atenções para o crescimento econômico e as
questões ambientais. Apesar de muitos cientistas alegarem a inexistência de uma relação
favorável entre crescimento econômico e meio ambiente, alguns economistas discordam desse
ponto de vista, sendo esses últimos pesquisadores pautados, a partir das evidências empíricas
encontradas, inicialmente, por Grossman e Krueger (1991, 1995). Para esses autores, a relação
entre o crescimento da economia e a emissão de poluentes é defininda na forma de um Uinvertido, e argumentam que países ou regiões mais ricas têm a possibilidade de investir
maiores esforços para conservar a biodiversidade ainda que estejam em constante processo de
crescimento econômico (Mills e Waite, 2009). Nesse contexto, o objetivo desse trabalho é
investigar a hipótese teórica da Curva Ambiental de Kuznets (CKA) para o Brasil. Para tanto,
foi utilizado o modelo STIRPAT com Painel Cointegrado para os estados brasileiros e
Distrito Federal durante o período de 1991 a 2016. Foi incorporado ao modelo controles
provenientes da própria estrutura STIRPAT, sendo a parcela “population” mensurado pelo
contingente de população total e urbana, e a parcela “technology” representada pelo valor
adicionado bruto da transformação industrial, o comércio internacional e o consumo
residencial energético e como proxy para “affluence” o PIB per capita. Os resultados
encontrados não indicam a presença da CAK para a economia brasileira, sendo que o país
encontra-se em uma fase monotonicamente crescente da curva. Portanto, não é possível
determinar a existência de uma relação no formato de “U” invertido entre crescimento do PIB
per capita brasileiro e a degradação ambiental brasileira, via emissão de CO2, isto é, a
economia brasileira está em uma fase em que, o crescimento econômico está condicionado à
degradação do meio ambiente havendo, portanto, a necessidade de políticas ambientais que
incentivem o crescimento econômico do país a partir da uma lógica ambiental mais
sustentável.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada. Departamento de Ciências Econômicas e Gerenciais, Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Crescimento econômico, Efeito estufa - atmosfera, Biodiversidade, Amostragem - estatistica
Citação
MORAIS, Alex Eugênio Altrão de. A Curva Ambiental de Kuznets para emissão de CO2 no Brasil: uma análise com cointegração em painel. 2019. 134 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) – Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2019.