Análise estrutural do embasamento e da cobertura no extremo norte do Cinturão de Cavalgamentos da Serra do Espinhaço.

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Data
2015
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Resumo
Buscando um melhor entendimento das relações entre deformação do embasamento e da cobertura em cinturões orogênicos, foi desenvolvido um levantamento estrutural na porção noroeste da faixa Araçuaí, marginal ao cráton São Francisco. A análise estrutural convencional aliada a estudos microestruturais e de paleotensões permitiram interpretar três eventos tectônicos: dois extensionais referentes à implantação dos riftes Espinhaço (Mesoproterozoico) e Macaúbas (Neoproterozoico), e um compressional, com encurtamento crustal polarizado para WNW durante a orogênese Brasiliana (Ediacariano). Sistemas de veios e deslizamentos interestratais de natureza extensional permitiram interpretar uma tectônica transtrativa dextral para o rifte Macaúbas. A geometria extensional desta bacia controlou a inversão tectônica e o estilo deformacional impresso nas rochas do embasamento e da cobertura a leste da borda de falha principal. Foram caracterizadas zonas de cisalhamento reversas de médio a alto ângulo no embasamento, com trajetória curva definindo uma saliência irrotacional. Estruturas compressionais N-S a transpressionais sinistrais ocorrem sobre a cobertura na zona apical da saliência. Os resultados obtidos mostraram que a deformação na porção oriental da região é marcada em parte pelo envolvimento do embasamento na deformação da cobertura. A oeste da borda de falha do rifte Macaúbas ocorre apenas uma deformação thin-skinned, com descolamento sobre o embasamento cratônico.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Serra do Espinhaço - MG e BA, Tectônica de placas, Crátons, Orógeno Araçuaí - MG
Citação
BERSAN, Samuel Moreira. Análise estrutural do embasamento e da cobertura no extremo norte do Cinturão de Cavalgamentos da Serra do Espinhaço. 2015. 105 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.