Análise de Índices de Conforto Térmico não convencionais : uma avaliação em ambiente escolar.
Nenhuma Miniatura disponível
Data
2016
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O conforto térmico das edificações pode corroborar na melhoria dos ambientes e
contribuir para o conforto e permanência dos usuários no seu interior. Nesta pesquisa,
selecionou-se o ambiente escolar, espaço onde as relações entre conforto térmico e
desempenho são relevantes para o ensino e a aprendizagem, e por ser um ambiente em
que o grupo de usuários desenvolvem atividades semelhantes. No Brasil, utilizam-se
índices de conforto térmico desenvolvidos para outros países com diferentes regiões
climáticas, perfazendo a necessidade de aprofundar essa temática. Assim, o objetivo desta
pesquisa é analisar os dados climáticos da Temperatura de Bulbo Seco (TBS), da
Temperatura de Globo Negro (TGN), da Temperatura de Bulbo Úmido (TBU) e da
Velocidade do Ar (Var), medidos ao longo das quatro estações do ano e propor uma faixa
de conforto, utilizando os índices de Temperatura de Globo Negro e Umidade (ITGU) e
a Carga Térmica Radiante (CTR), e compará-los com a satisfação dos usuários.
Recorrentemente, tais índices são aplicados para avaliação do conforto térmico de
construções rurais com o intuito de acompanhar o desenvolvimento e a produção animal.
Também apresenta-se a análise do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo
(IBUTG) denominado como um indicador de sobrecarga térmica em condições de
trabalho. A pesquisa foi desenvolvida por meio do levantamento teórico e de campo, com
aquisição in loco das variáveis climáticas, utilizando instrumentos conectados e
armazenados em um data logger, e a aplicação de questionários durante as aulas e em
dias específicos em cada estação do ano. A partir da análise estatística das variáveis
climáticas coletadas, assim como, dos índices propostos, obteve-se uma faixa de conforto
térmico dos índices ITGU e CTR considerando a respostas dos usuários. Em síntese, os
resultados obtidos mostram que a faixa de conforto da sensação térmica para o ITGU
(adimensional) e a CTR (W m-2), respectivamente foram: muito quente > 79 e > 512;
quente, entre 67 e 79, e entre 437 e 512; ligeiramente quente, entre 56 e 67, e entre 361 e
427; confortável, entre 44 e 56, e entre 285 e 361; ligeiramente frio, entre 32 e 44, e entre
210 e 285; frio, < 32 e < 210. Mesmo entendendo a subjetividade das respostas dos
usuários, neste estudo, ressaltou-se a importância de levantar a percepção deles, a fim de
validar os índices propostos. Ademais, observou-se a relevância da proposição de sealcançar uma faixa de conforto dos índices, ITGU e CTR, que associam as variáveis
climáticas e expressam a sensação térmica dos usuários. Por fim, os referidos índices,
quando analisados em conjunto com o IBUTG, representaram resultados
significativamente representativos para os ambientes em questão.
Descrição
Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil. Departamento de Engenharia Civil, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Conforto térmico, Escolas - edificios, Conforto térmico - índice de Temperatura de Globo Negro e Umidade, Carga Térmica Radiante (CTR)
Citação
MARÇAL, Viviane Gomes. Análise de Índices de Conforto Térmico não convencionais : uma avaliação em ambiente escolar. 2016. 204 f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.