Comportamento sedentário de adolescentes da região metropolitana de Belo Horizonte e sua associação com características individuais e da vizinhança - Estudo Saúde Urbana em Vespasiano.

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2019
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Introdução: O ritmo acelerado de urbanização tem ocasionado mudanças no modo de vida das pessoas e, consequentemente, nas condições de saúde das populações e seus determinantes. Assume-se que, além das características individuais, também as características do local de residência, ou seja, do ambiente físico e social da vizinhança, contribuem no entendimento de hábitos que interferem na saúde, a exemplo, o comportamento sedentário. O comportamento sedentário contempla atividades com gasto energético ≤ 1,5 equivalentes metabólicos, realizadas quando o indivíduo está acordado em postura sentada ou reclinada. Objetivos: Avaliar a associação entre comportamento sedentário em adolescentes (11 a 17 anos) vivendo em uma área urbana e características individuais e relacionadas à percepção do ambiente físico e social da vizinhança. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, aninhado ao “Estudo Saúde Urbana em Vespasiano”, inquérito domiciliar de base populacional realizado no município de Vespasiano, Minas Gerais, em 2015-2016. Foi feita amostragem probabilística, contemplando três estágios de seleção: setores censitários; domicílios; e cotas proporcionais para a população adulta. No domicílio do adulto entrevistado, todos os adolescentes foram convidados para participar da pesquisa. O desfecho, comportamento sedentário, foi autorrelatado pelo adolescente e mensurado por meio do tempo de exposição a telas (televisão, computador e vídeo game) superior a duas horas por dia. A associação do comportamento sedentário com variáveis da percepção do adulto sobre o ambiente físico e social da vizinhança, características sociodemográficas, estilo de vida, comportamentos de risco e saúde foi estimada pela regressão de Poisson com variância robusta. Quatro modelos distintos foram propostos para entender a influência das variáveis da vizinhança. Resultados: Participaram do estudo 374 adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 11 a 17 anos. A prevalência de comportamento sedentário foi 74,6%. Maior tempo de tela foi associado à presença de árvores que deixam o ambiente agradável, mesmo após o ajuste pelas características individuais (RP = 1,10; IC90%: 1,01-1,21). A combinação da ausência de árvores que deixam o ambiente agradável e ausência de segurança para caminhar durante o dia associou-se à exposição maior que duas horas por dia de comportamento sedentário, mesmo após ajuste das características individuais (RP = 1,13; IC90%: 1,01-1,27). Os domínios sociodemográfico, estilo de vida e comportamentos de risco foram associados com maior tempo de tela. Conclusão: O estudo evidenciou elevada prevalência de tempo de tela entre os adolescentes e que características individuais e da vizinhança foram associadas. Esses resultados sugerem que tanto ações no nível individual quanto do contexto, ou seja, do ambiente físico e social da vizinhança, devem ser consideradas no estudo sobre comportamento sedentário entre adolescentes de áreas urbanas.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Ambientes externos, Comportamento do adolescente, Saúde urbana
Citação
PARAJÁRA, Magda do Carmo. Comportamento sedentário de adolescentes da região metropolitana de Belo Horizonte e sua associação com características individuais e da vizinhança : Estudo Saúde Urbana em Vespasiano. 181 f. 2019. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2019.