Cabeça de ferro, peito de aço, perna de pau : a construção do corpo esportista brincante.

dc.contributor.authorPaula, Heber Eustáquio de
dc.date.accessioned2015-04-29T19:22:10Z
dc.date.available2015-04-29T19:22:10Z
dc.date.issued1996
dc.description.abstractO confronto das teorias da ludicidade com o cotidiano de jogadores profissionais de futebol levou-me a investigar as seguintes questões: do ponto de vista das teorias acerca da ludicidade, pode um atleta profissional vivenciá-la em sua atividade? O que a história do futebol brasileiro nos revela sobre os princípios da ludicidade? Considerando o futebol profissional brasileiro, pode um jogador atuar de forma lúdica em a sua profissão? Buscando compreender essas e outras indagações, analisamos a história do futebol no contexto sociopolítico brasileiro, evidenciando os aspectos centrais da atuação dos atores sociais nesse meio. A história de vida de Dario José dos Santos, ex-jogador profissional de futebol, juntamente com as entrevistas de apoio realizadas com outros atores sociais, como ex-jogadores, treinadores; jornalistas ligados ao futebol e à trajetória de Dario, bem como a análise de material videográfico, fotográfico e de outras fontes documentais, serviram como referencial básico para a compreensão do cotidiano do futebol profissional brasileiro à luz da literatura relacionada à ludicidade. Essa articulação metodológica revelou o futebol brasileiro como um campo onde se cruzam inúmeros interesses sociais, econômicos, políticos, culturais; como um cenário onde os movimentos de conformismo e resistência sociocultural se entrelaçam permitindo aos seus diversos sujeitos o exercício de variados papéis. A trajetória de Dario José dos Santos como esportista evidenciou a possibilidade da vivência lúdica no cotidiano do futebol profissional, contrariando assim os pressupostos da teoria proposta por Huizinga acerca da ludicidade. Personificando o corpo do “esportista brincante”, Dario nos indica o potencial transformador e revolucionário do esporte profissional na medida em que suas ações fundaram-se principalmente no prazer de jogar, no respeito aos limites do outro, na forma criativa e crítica de dialogar com a bola e com os outros sujeitos sociais, no desejo da construção coletiva das jogadas, bem como na alegria de fazer os outros sorrirem e festejarem. Essas conclusões corroboram a opinião de alguns estudiosos da ludicidade, que apontam para a necessidade de redimensionamento do esporte na perspectiva lúdica.pt_BR
dc.identifier.citationPAULA, H. E. de. Cabeça de ferro, peito de aço, perna de pau: a construção do corpo esportista brincante. Revista Motriz, Rio Claro, v. 2, n.2, p. 98-106, 1996. Disponível em:<http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/article/view/6542>. Acesso em: 16 mar. 2015.pt_BR
dc.identifier.doihttps://doi.org/10.5016/6542
dc.identifier.issn1980-6574
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/5191
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rights.licenseOs trabalhos publicados na Motriz estão sob Licença Creative Commons que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Fonte: Motriz. Journal of Physical Education <http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/index>. Acesso em: 03 jan. 2017.pt_BR
dc.subjectHistória de vidapt_BR
dc.subjectLudicidadept_BR
dc.subjectEsportept_BR
dc.titleCabeça de ferro, peito de aço, perna de pau : a construção do corpo esportista brincante.pt_BR
dc.typeArtigo publicado em periodicopt_BR
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