Correlação entre diferentes tipos de tatuagens e mortes violentas nas necropsias realizadas no Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte, 2008-2011.

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Data
2017
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Resumo
As tatuagens apresentam grande interesse médico-legal por seu potencial uso no reconhecimento de indivíduos e no estudo de eventuais comportamentos de risco para violência. A fim de analisar a prevalência e os tipos de tatuagens em uma amostra regional, bem como verificar sua potencial associação com mortes por causa violenta, foi feito um estudo transversal dos laudos de necropsia realizadas no Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte entre 2008 e 2011. Dos 22.746 laudos de necropsias analisados, 23% possuíam pelo menos uma tatuagem. A maior prevalência de tatuagens foi observada em adultos jovens do sexo masculino e solteiros. A média de tatuagens entre os que as apresentavam foi de três. As tatuagens de temas relacionados a memória e a homenagens foram as mais prevalentes. Houve diferença significativa entre a presença de tatuagem e a ocorrência de morte por causa violenta. Houve correlação entre as tatuagens subclassificadas como “Palhaço”, “Oração: Pai Nosso” e “Felinos” e morte violenta. Também houve relação estatística entre a ocorrência de morte por causa violenta com tatuagens categorizadas como “Esportes e Jogos”. Houve maior prevalência de exames toxicológicos positivos entre os tatuados, sendo a cocaína a droga mais encontrada. A ocorrência de exames positivos para teor alcoólico também foi maior entre os tatuados. Os dados deste estudo não permitem esclarecer se as tatuagens podem ser consideradas fatores de risco direto para morte violenta ou se são um marcador para comportamentos que aumentam este risco, como o consumo de álcool ou de outras substâncias tóxicas, como a cocaína.
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BRETAS, C. Z. B. A.; BORDONI, L. S. Correlação entre diferentes tipos de tatuagens e mortes violentas nas necropsias realizadas no Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte, 2008-2011. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, v. 6, p. 297-319, 2017. Disponível em: <http://www.ipebj.com.br/forensicjournal/edicoes?volume=6&numero=3&artigo=255>. Acesso em: 29 ago. 2017.