Influência do gene ACTN3 sobre parâmetros de inflamação, dano muscular e desempenho no treinamento de força.

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2023
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O polimorfismo do gene α-actinina-3 (ACTN3-R577X) tem sido associado a maior susceptibilidade ao dano muscular e ao desempenho em atividades de resistência aeróbia. Por outro lado, o gene não polimórfico (ACTN3-R577R) tem sido associado a um maior desempenho em atividades de força e potência. Sendo assim, o gene ACTN3 seria capaz de atuar como um modulador genético sobre os processos adaptativos de inflamação, dano muscular e desempenho. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi comparar os marcadores bioquímicos de inflamação (IL-8 e CCL2), dano muscular, cortisol (C), testosterona (T), Razão T/C, creatina quinase (CK), lactato desidrogenase (LDH), mioglobina (Mio) e de desempenho, carga, no de séries, no de repetições, volume total e escala dor muscular de início tardio (DMIT). Para tal, realizou-se um estudo experimental, duplo-cego, envolvendo 27 indivíduos, com idades entre 18 e 35 anos, agrupados de acordo com portabilidade do alelo R para o gene ACTN3 (grupo RR/RX e XX). Os indivíduos foram avaliados e submetidos a uma sessão de treinamento de força. Coletas sanguíneas antes, imediatamente após e 24h após a sessão de treinamento foram realizadas com a finalidade de quantificar as concentrações de IL-8, CCL2, CK, LDH, Mio e Razão T/C). Para análise de variância de dois fatores (genótipo e tempo de coleta) utilizou-se o teste ANOVA TWO-WAY seguido do pós-teste de Bonferroni. Enquanto para análise das variáveis de desempenho entre grupos RR, RX e XX, utilizou-se o ANOVA ONE-WAY seguido do pós-teste de Tukey. Não se encontrou efeitos de interação entre o genótipo e o tempo de coleta para nenhum dos marcadores analisados. Entretanto, as concentrações plasmáticas de LDH, CCL2 e IL-8 foram significativamente mais altas nos indivíduos com perfil genético XX. Mostrando uma interação com os marcadores de inflamação e o polimorfismo do gene ACTN3-R577X. Além disso, os indivíduos portadores do perfil genético XX, apresentaram menor volume de treino e maior percepção de dor após o treino. Sugerindo que indivíduos portadores do perfil genético XX apresentem uma resposta adaptativa diferente ao treinamento de força e necessitariam de um tempo de recuperação maior, entre as séries, entre os exercícios e entre as sessões de treinamento.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Polimorfismo genético, Força muscular, Genética
Citação
CASTRO, Bruno Magalhães de. Influência do gene ACTN3 sobre parâmetros de inflamação, dano muscular e desempenho no treinamento de força. 2023. 70 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2023.