Reescrituras cênicas : Exú, Ogum e outras mitologias na encruzilhada.

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Data
2022
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Resumo
Neste trabalho, busco destacar o aspecto do mito como potencialidade discursiva, levantando reflexões acerca de sua contribuição para as artes cênicas, evidenciando o seu caráter performativo, bem como a importância de suas reescrituras na cena contemporânea. Nesse sentido, utilizamos o Método da Comparação Diferencial (Heidmann, 2011; 2014) como metodologia desta pesquisa, a fim de pensar a dinamicidade do mito na contramão de uma visão fixa, universal e arquetípica que, muitas vezes, a ele é direcionada. Para tanto, discutimos acerca da performatividade do mito a partir de Heidmann (2011; 2014), Beigui (2015), Ravetti (2002), Fischer-Lichte (2011), Seixas (2017) e Dupuis (2003), destacando o seu caráter dinâmico e suas singularidades ao deslizar em distintos e diversos discursos. Desse modo, refletimos sobre o mito e seus cruzamentos, o contexto de enunciação no qual ele surge, a partir do conceito de encruzilhada de Martins (2003) e Rufino (2019), bem como o de ancestralidade a partir de Santos (2009), percebendo o modo como ele é reescrito e atualizado na contemporaneidade e nas artes da cena. Para tanto, utilizamos como corpus da pesquisa os espetáculos: Exú, a boca do Universo (2013) e Ogum, Deus e Homem (2010) de Fernanda Júlia Barbosa (Onisajé), e Tombo da Rainha (2015) de Carla Pires Martins.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas. Departamento de Artes, Instituto de Filosofia, Arte e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Comparação diferencial, Mitocrítica, Performatividade
Citação
MEDEIROS, Éric Inácio de. Reescrituras cênicas: Exú, Ogum e outras mitologias na encruzilhada. 2022. 121 f. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Instituto de Filosofia, Arte e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.