Uma análise da estrutura produtiva em regiões "patrimônio cultural da humanidade" como destino turístico inteligente.

Abstract

Esta dissertação propõe-se a investigar a estrutura produtiva dos destinos turísticos brasileiros que são patrimônio cultural da humanidade. Para tal foram utilizados dados de emprego formal da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério da Economia referentes aos anos de 2008 e 2018. A análise priorizou tanto os setores que compõem as atividades características do turismo, quanto àqueles que favorecem o fortalecimento de estruturas inteligentes nestes destinos, tendo em vista que a pergunta norteadora da pesquisa foi: como o emprego nos setores que justificam o título de destino histórico-cultural se comportou entre o período de 2008 e 2018 nas regiões brasileiras que possuem este título? E ainda, qual o comportamento desta variável em setores ligados às

estruturas inteligentes? Em termos metodológicos, adotou-se o método diferencial- estrutural (shift-share) para avaliar a evolução na decomposição do emprego no período

em questão. A hipótese levantada foi a de que: um melhor comportamento do emprego (evolução positiva) seria observado em setores da cadeia produtiva do turismo que se pode considerar “clássicos” (alojamento e alimentação), mas em setores ligados direta ou indiretamente à cultura e/ou às estruturas inteligentes não haveria uma evolução positiva expressiva. Os resultados mostraram que os grandes centros urbanos (Salvador e Rio de Janeiro) têm estruturas produtivas mais dinâmicas, mas que de um modo geral, os setores ligados à inteligência não apresentaram um desempenho expressivo em termos de geração de empregos, podendo-se dizer que os municípios em questão não estão se especializando em setores que favoreçam o turismo e o turismo como um destino inteligente.