Bases teóricas para promoção da saúde e resistência camponesa : um novo horizonte metodológico.

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Data
2022
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Resumo
O agronegócio vem historicamente promovendo a submissão da produção, economia e vida das famílias camponesas, gerando graves danos sanitários a essa parcela da população brasileira. No entanto, a resistência do campesinato perante esse secular processo evidencia que a organização das famílias e comunidades camponesas e o resgate participativo dos conhecimentos agroecológicos locais podem fundamentar estratégias de promoção da saúde que busquem mudanças concretas nesse contexto sanitário vulnerável. O objetivo deste trabalho foi apresentar pilares que fundamentaram o processo ca- pitalista de submissão camponesa no Brasil e abordagens teórico-prático-epistemológicas que permitem sua superação. Para isso, foram apresentados tanto referenciais para pesquisas e ações que subsidiem famílias e comunidades camponesas em um processo social de autorreconhecimento, autovalorização e utilização dos seus conhecimentos e suas práticas para uma transição agroecológica emancipatória, quanto a experiência ampliada de promoção da saúde desenvolvida por meio desses referenciais em Lavras-MG. A estrutura metodológica participativa apresentada permitiu o desenvolvimento, nesse município, dos passos iniciais e fundamentais de um processo social de organização camponesa em torno de seu modo de vida e economia, tendo a agroecologia como fator determinante para a saúde e para a construção de um contexto mais justo, favorável e promissor.
Descrição
Palavras-chave
Trabalhadores rurais, Salutogênese, Agroecologia
Citação
ABREU, P. H. B. de; ALONZO, H. G. A. Bases teóricas para promoção da saúde e resistência camponesa: um novo horizonte metodológico. Saúde Debate, Rio de Janeiro, v. 46, n. 2, p. 345-362, jun. 2022. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/sdeb/a/kwbjhKHHzCJ6SKfWSPLnvgc/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 11 out. 2022.