Violência obstétrica versus erro médico : novos saberes jurídicos mediados pela realidade feminina.

dc.contributor.advisorNogueira, Roberto Henrique Pôrto
dc.contributor.authorAndrade, Kelly Christine Oliveira Mota de
dc.contributor.refereeNogueira, Roberto Henrique Pôrto
dc.contributor.refereeAlmeida, Renata Barbosa de
dc.contributor.refereeSchettini, Beatriz
dc.contributor.refereeRodrigues Júnior, Walsir Edson
dc.date.accessioned2024-08-07T17:43:51Z
dc.date.available2024-08-07T17:43:51Z
dc.date.issued2024
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Direito. Departamento de Direito, Escola de Direito, Turismo e Museologia, Universidade Federal de Ouro Preto.
dc.description.abstractO trabalho trata da violência obstétrica (VO) e do erro médico (EM), partindo do pressuposto de que há uma confusão entre os institutos, o que tem o potencial de ocultar vivências violentas de parto. Em que pese a definição da VO no âmbito da jurisprudência mineira enquanto fenômeno ligado ao EM, é possível distinguir tais figuras desde as vivências de mulheres que pariram? O objetivo geral é o de analisar se ambas as figuras possuem diferenças desde a vivência dessas mulheres no que toca os seus processos de parturição especificamente em sua relação com a(o) obstetra atendente. Opta-se pela técnica da entrevista, na modalidade história de vida tópica. O marco teórico resulta de epistemologias feministas presentes nos trabalhos desenvolvidos no Curso de Mestrado em Direito da UFOP, dos quais foram abstraídos os parâmetros para a justificativa, a forma de aplicação, o conteúdo e a análise das entrevistas. Parte-se da hipótese de que cabe revisitar as definições de VO e EM, para o desenvolvimento de um saber jurídico que percebe a abstração conceitual judicial e que se constrói de modo epistemologicamente situado na realidade feminina. Objetivos específicos são os de observar os desenhos das epistemologias feministas nos trabalhos de mestrado da UFOP; investigar as distinções literárias e normativas entre a VO e o EM; analisar decisões judiciais para demonstrar a confusão conceitual entre VO e EM; introduzir a história de vida para a contextualização e aplicação do método; entrevistar pessoas que viveram o processo biológico do parto em seus corpos; analisar os dados coletados a partir dos parâmetros teóricos eleitos com o marco teórico, trazendo as discussões pertinentes; discutir os achados obtidos nas entrevistas; verificar semelhanças e distinções relativas à VO e ao EM. O trabalho que, como descrito, conta com fases de pesquisa teórica e empírica de campo, qualitativa e quantitativa, tem a aprovação do Comitê de Ética. Conclui-se, confirmando-se a hipótese que EM e VO são fenômenos distintos, de maneira que, se, para a literatura especializada, são, respectivamente, o ato ilícito culposo cometido por profissional da Medicina no contexto da conduta profissional e que tem como vítima qualquer pessoa, não havendo nenhuma questão de gênero a ser considerada; e o ato ilícito não culposo, é dizer, ato antijurídico cometido por qualquer pessoa que esteja no âmbito do atendimento da mulher no contexto da saúde obstétrica, sendo essa sua vítima exclusiva, tratando-se essencialmente de uma violência de gênero com o potencial de incorporar a raça/etnia em sua concepção.
dc.description.abstractenThis paper deals with obstetric violence (VO) and medical error (EM), based on the view that there is a misunderstanding between both concepts, which has the potential of concealing violent parturition experiences. Although the definition of VO under the case law of the Brazilian state of Minas Gerais is a phenomenon associated to EM, is it possible to distinguish such entities from the experiences of women who have delivered? The general purpose is to analyze if both entities have differences from the point of view of women regarding their parturition processes, particularly their relationship with the obstetrician serving them. The technique used is the life history interview. The theoretical framework is a result of feminist epistemologies present in the papers developed in the Master of Laws program from UFOP, from which the parameters for the justification, the form of application, the contents and the analyses of the interviews were abstracted. It is assumed that it is worth revisiting the definitions of VO and EM for the development of legal expertise that observe the judicial conceptual abstraction and is epistemologically built under the reality of women. The specific purposes are to observe the design of the feminist epistemologies in the papers of the Masters from UFOP; to investigate the distinctions between VO and EM in literature and regulations; to analyze legal decisions to demonstrate the conceptual misunderstanding between VO and EM; to introduce the life history for the contextualization and application of the method; to interview people that experienced the biological process of parturition in their bodies; to analyze the collected data according to the chosen theoretical framework parameters, bringing the relevant discussions; to discuss the findings from the interviews; to check the similarities and differences in relation to VO and EM. Since this paper has theoretical and field empirical stages, both quantitative and qualitative, it has been approved by the Ethics Committee. The conclusion confirms the hypothesis that EM and VO are different phenomena. Literature shows that the earlier is the culpable wrongful act committed by medical practitioners in the context of their professional conduct whose victim can be any person, with no gender matters to be considered; and the latter is a non-culpable wrongful act, i.e. an illegal act committed by any person within the scope of women’s care in the context of obstetric health, being the woman its sole victim, essentially constituting a gender-based violence with the potential of incorporating race/ethnicity into its conception.
dc.identifier.citationANDRADE, Kelly Christine Oliveira Mota de. Violência obstétrica versus erro médico: novos saberes jurídicos mediados pela realidade feminina. 2024. 275 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Escola de Direito, Turismo e Museologia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2024.
dc.identifier.urihttps://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/18212
dc.language.isopt
dc.rightsaberto
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United Statesen
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 10/05/2024 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/
dc.subjectErros médicos
dc.subjectEpistemologia feminina
dc.subjectViolência obstétrica
dc.subjectGênero e violência
dc.subjectObstetric violence
dc.titleViolência obstétrica versus erro médico : novos saberes jurídicos mediados pela realidade feminina.
dc.typeDissertacao
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
DISSERTAÇÃO_ViolênciaObstétricaVersus.pdf
Tamanho:
5.5 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: