Avaliação in vitro da atividade protetora de Isobenzofuran-1 (3h)-onas sintéticas sobre cultura primária de neurônios hipocampais submetidos ao estresse oxidativo.

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Data
2018
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Resumo
No estado fisiológico do organismo, existe um equilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO’s) e a sua neutralização pelos sistemas antioxidantes. Quando esse equilíbrio é perdido é gerada uma condição conhecida como estresse oxidativo. Essa condição está ligada à patogênese de várias doenças neurodegenerativas, tais como a doença de Alzheimer (DA), pois no quadro de estresse oxidativo, os neurônios são profundamente danificados pelos radicais livres através de um processo denominado peroxidação lipídica. Por isso, os organismos desenvolveram defesas contra as propriedades tóxicas do oxigênio. Uma primeira linha de defesa é proporcionada por um sistema de enzimas antioxidantes e substâncias antioxidantes não enzimáticas. Existem também os antioxidantes exógenos, que podem ser compostos naturais ou sintéticos. As isobenzofuran-1(3H)-onas fazem parte de uma classe de compostos químicos de natureza heterocíclica com atividade antioxidante. Com isso, esse trabalho teve o propósito de avaliar a atividade protetora de isobenzofuran-1(3H)-onas sintéticas em culturas primárias de neurônios hipocampais submetidos ao estresse oxidativo. Para o estabelecimento das culturas foram utilizados embriões de camundongos C57BL/6 com 17 dias de desenvolvimento (E17). Após estabelecimento das culturas, foi analisado a citotoxicidade e a viabilidade celular, a mensuração intracelular de ERO’s e a peroxidação lipídica das culturas tratadas e não tratadas com as isobenzofuran-1(3H)-onas (compostos F12 e F14). A cultura primária de neurônios hipocampais estabelecida apresentou quatro estágios principais de desenvolvimento da célula nervosa, principalmente no que se refere à morfologia. No teste com o MTT foi observado que, nas células tratadas, a citotoxicidade foi menor nas três concentrações analisadas, 50 μM, 100 μM e 150 μM, sendo essa citotoxicidade ainda menos na concentração de 100 μM. No ensaio de viabilidade celular, as culturas previamente tratadas tiveram amento no número de células vivas, sendo esse aumento mais evidente, na concentração de 100 μM, dos dois compostos. Na análise dos níveis intracelulares de ERO’s os resultados encontrados mostram que o pré-tratamento com os compostos foi capaz de diminuir os níveis de ERO’s. A intensidade da fluorescência verde do composto BODIPY581/591 C11 foi significativamente reduzida nas culturas previamente tratadas com os compostos F12 e F14 nas três concentrações. Sendo assim, esse estudo demonstrou um bom desempenho das isobenzofuran-1(3H)-onas como antioxidantes e sugere que os compostos F12 e F14 podem representar um componente adicional na terapêutica para o tratamento de distúrbios neurodegenerativos, que são impulsionados pelo aumento da produção de ERO´s. Entretanto, mais estudos são necessários para elucidar os mecanismos envolvidos na ação das isobenzofuran-1(3H)-onas.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Antioxidantes, Radicais livres, Doenças neurodegenerativas
Citação
RIBEIRO, Iara Mariana Léllis. Avaliação in vitro da atividade protetora de Isobenzofuran-1 (3h)-onas sintéticas sobre cultura primária de neurônios hipocampais submetidos ao estresse oxidativo. 2018. 73 f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) – Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.