Samuel Beckett e a tarefa do autotradutor.

dc.contributor.advisorGalery, Maria Clara Versianipt_BR
dc.contributor.authorArantes, Júlia de Melo
dc.contributor.refereeGalery, Maria Clara Versianipt_BR
dc.contributor.refereeAgnolon, Alexandrept_BR
dc.contributor.refereeMagalhães, Célia Mariapt_BR
dc.date.accessioned2018-02-06T13:59:40Z
dc.date.available2018-02-06T13:59:40Z
dc.date.issued2016
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractEsta dissertação investiga o processo tradutório de Samuel Beckett em En attendant Godot/ Waiting for Godot, sua primeira peça publicada e também a mais famosa. Esta pesquisa considera a tradução como intrínseca à comunicação humana, levando-se em conta o aspecto performativo da linguagem. O estudo do processo criativo e da tradução beckettiana nos permite analisar como o autor e dramaturgo realiza a tarefa da autotradução, não apenas no nível linguístico, mas também dos livros para os palcos, como diretor de suas próprias peças. A autotradução também é vista como um processo de se traduzir entre línguas e culturas: como irlandês morando na França, Beckett muitas vezes escolheu escrever as primeiras versões de suas obras em francês, sua segunda língua, antes de traduzi-las para o inglês. Em sua discussão sobre a autotradução, este trabalho concentra-se em uma análise da peça como uma obra bilíngue e propõe que entre as versões francesa e inglesa dos textos de Beckett, um espaço intersticial emerge, formando um terceiro texto. Dessa maneira, o estudo da obra bilíngue leva em conta a noção beckettiana de unword, um conceito que remete à "pura língua" de Walter Benjamin. A leitura comparada das versões francesa e inglesa também permite a investigação da iterabilidade como tema e método no processo criativo de Beckett, no qual a autotradução é vista como uma forma de autorrepetição. A peça também é analisada como uma metáfora do exílio e como uma representação do estado desolado da condição humana no contexto do pós-guerra. Nesse sentido, o espaço intersticial ou entre-lugar é representado no palco quase vazio da peça, que simboliza uma espécie de limbo, onde as personagens estão eternamente à espera de Godot. Esta pesquisa conclui que Beckett escolheu a autotradução principalmente como um meio artístico para repetir, continuar e expandir sua própria arte, de forma que o significado de sua obra bilíngue depende da soma dos três textos: original, tradução e o terceiro texto, ou texto metalinguístico.pt_BR
dc.description.abstractenThis thesis examines Samuel Beckett’s translation process in En attendant Godot/ Waiting for Godot, his first published and most well-known play. This research considers translation as intrinsic to human communication, taking into account the performative aspect of language. The study of Beckett’s creative process and translation enables us to analyze how the author and playwright performs the task of self-translation, not only at the linguistic level, but also from page to stage, as director of his own plays. Self-translation is also viewed as a process of translating oneself between languages and cultures: as an Irishman living in France, Beckett often chose to write the first versions of his works in French, his second language, before translating them into English. In its discussion of self-translation, this work focuses on an analysis of the play as a bilingual work and proposes that between the French and English versions of Beckett’s writings, an interstitial space emerges, forming a third text. In this manner, the study of the bilingual work takes into account the notion of Beckett’s unword, a concept akin to Walter Benjamin’s “pure language”. The comparative reading of the English and French versions also enables the investigation of iterability as a theme and method in Beckett’s creative process, where self-translation is seen as a form of self-repetition. The play is also analyzed as a metaphor for exile and as a representation of the hopeless state of the human condition in the postwar context. In this sense, the interstitial or in-between space is represented on the nearly bare stage of the play, which symbolizes a kind of limbo, in which the characters are endlessly waiting for Godot. This research concludes that Beckett chose self-translation mainly as an artistic means to repeat, continue and expand his own art, in a way that the meaning of his bilingual work depends on the sum of the three texts: original, translation and the third or metalinguistic text.pt_BR
dc.identifier.citationARANTES, Júlia de Melo. Samuel Beckett e a tarefa do autotradutor. 2016. 109 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2016.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/9470
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 24/01/2017 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.pt_BR
dc.subjectExíliopt_BR
dc.subjectRepetição em literaturapt_BR
dc.subjectTradução e interpretaçãopt_BR
dc.titleSamuel Beckett e a tarefa do autotradutor.pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
DISSERTAÇÃO_SamuelBeckettTarefa.pdf
Tamanho:
1022.61 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
924 B
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: