Estudo comparativo entre métodos de distribuição de cargas em tabuleiros de pontes retas com variação do número de transversinas - superestrutura em seção aberta.

Abstract

Esse trabalho tem como principal objetivo a realização da análise, dimensionamento e detalhamento de longarinas de Concreto Armado com transversinas de rigidez infinita, utilizando o Método de Engesser-Courbon para as cargas móveis e os Métodos das Charneiras Plásticas, Áreas de Influência e Método de grelha para a determinação das cargas permanentes. Também tem a intenção de avaliar a influência do número de transversinas na distribuição de cargas e a influência da rigidez das transversinas no mesmo processo. Os estudos serão realizados em tabuleiros de concreto armado com 3 longarinas de concreto, com a variação de 04 a 06 transversinas. Como passos relevantes da pesquisa é possível relatar: a definição das linhas de distribuição de cargas, a obtenção dos trens-tipos longitudinais para os casos avaliados, o cálculo das solicitações referentes ao peso próprio e à sobrecarga através dos Métodos das Charneiras Plásticas e Áreas de Influência, definição dos esforços solicitantes dos elementos da ponte por meio do software Ftool (considerando as longarinas isoladas) e programa computacional pelo método de grelhas (com a rigidez real das transversinas e rigidez muito elevada) e por fim dimensionamento das estruturas segundo a NBR6118 (ABNT 2023). Após o dimensionamento realizado, foi feita uma comparação entre os resultados obtidos pelos diferentes métodos. Com a pesquisa, foi possível concluir que, o método de Engesser-Courbon, apesar de conservador, é de rápida aplicação e de fácil obtenção dos resultados, sendo viável para uma concepção inicial da distribuição de cargas. O método das Áreas de Influência é simples de implementar e mostrou ser mais eficaz em tabuleiros com alta rigidez transversal. O número de transversinas, foi o fator que mais afetou a diferença de áreas de aço entre os tabuleiros. Ao alterar o número de transversinas de 4 para 5 e de 5 para 6, houve uma redução de 25%, 35% e 40% em média, entre as áreas de aço das armaduras transversais, e de flexão longitudinais positivas e negativas, respectivamente.