Fatores associados à inatividade física e ao comportamento sedentário em egressos da coorte de universidades mineiras (Projeto Cume).

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Data
2020
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Resumo
É de extrema relevância conhecer os riscos à saúde que corroboram para o aparecimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), entre eles os comportamentos ligados à inatividade física e ao comportamento sedentário da população brasileira. Diante disso, objetiva-se conhecer a prevalência de inatividade física, o tempo em minutos dispendidos em comportamento sedentário, e ainda, os fatores associados a esses comportamentos de maneira individual e combinados nos participantes da linha de base da coorte de universidades mineiras (CUME). Trata-se de estudo transversal envolvendo 4.266 indivíduos graduados ou pós-graduados que responderam ao questionário on-line. Estimou-se o comportamento sedentário por meio do tempo sentado total que foi em seguida categorizado pela mediana. A prática de atividade física foi avaliada de acordo com o tempo de atividade física moderada e vigorosa e categorizada segundo as diretrizes da WHO (2011). As variáveis explicativas avaliadas foram: sociodemográficas (sexo, idade, renda familiar, estado civil, cor da pele, escolaridade, situação profissional, área de estudo, estado de moradia), hábitos de vida (fumo e consumo de álcool), condições de saúde (perfil nutricional, morbidade referida, autoavaliação de saúde). Utilizou-se o programa estatístico R (pacote net do Rstudio, versão 1.2.1335). Os resultados apontaram que a prevalência de inativos fisicamente foi de 41,7% e a mediana do tempo sentado total foi de 420 minutos por dia (7 horas). Ao avaliar a combinação das variáveis, a prevalência de alto comportamento sedentário e inativos fisicamente foi de 18,3%; alto comportamento sedentário e ativos fisicamente foi de 23,3%; baixo comportamento sedentário e inativos fisicamente foi de 23%; e inativos e baixo comportamento sedentário foi de 35,3%. Os fatores associados às combinações estabelecidas foram ter a cor da pele branca com o grupo inativo fisicamente / alto comportamento sedentário (OR= 0,62; IC95% 0,39 – 0,93) e sobrepeso com inativo fisicamente / baixo comportamento sedentário (OR= 1,96; IC95% 1,02 – 3,79), sendo referência o grupo ativo / baixo comportamento sedentário. Concluiu-se, com base nos resultados desta pesquisa, que os indivíduos adultos mais vulneráveis ao alto comportamento sedentário e inativos fisicamente (Indesejável) são as pessoas não brancas e, aquelas mais susceptíveis ao baixo comportamento sedentário e inativos fisicamente (Intermediário 2) são indivíduos classificados com sobrepeso. As variáveis associadas ao CS (p<0,05) foram idade, estado civil, escolaridade, estado que vive, situação profissional e com a prática de AF (p<0,05) foram idade, sexo, estado civil, renda familiar, hábito de fumar, consumo de bebida alcoólica. A identificação desses grupos mais vulneráveis aos comportamentos combinados ou não pode colaborar para a identificação e proposição de ações de controle desses comportamentos na população estudada.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Exercícios físicos, Comportamento, Doenças crônicas
Citação
ALCANTARA, Ana Carla de. Fatores associados à inatividade física e ao comportamento sedentário em egressos da coorte de universidades mineiras (Projeto Cume). 2020. 94 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2020.