Desenvolvimento de nanopartículas poliméricas por polimerização In Situ a partir de nanoemulsões produzidas por inversão de fases.

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Data
2011
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Resumo
A produção de nanopartículas poliméricas (nanoesféras e nanocápsulas) não é novidade no mercado farmacêutico, mas os métodos de fabricação das mesmas variam muito, encontrando-se diferentes técnicas de obtenção. Dada a importância das nanopartículas na otimização da velocidade de cedência e na vetorização de fármacos, neste trabalho foi proposto o desenvolvimento de um processo para produção de nanocápsulas poliméricas, conjugando a técnica de polimerização interfacial in situ com a produção de nanoemulsão pelo método de emulsificação por inversão de fases, utilizando monômeros derivados de ácido acrílico, ativadores e iniciadores, e óleo de origem vegetal (manteiga de murumuru). A nanoemulsão e a suspensão de nanocápsulas foram caracterizadas quanto ao tamanho médio de partícula e o potencial zeta, obtendo partículas dentro do intervalo de 100 a 200 nm. Testes de estabilidade também foram realizados para as duas formulações. A análise morfológica foi realizada através de microscopia de força atômica, pela qual se comprovou a formação das nanocápsulas de formato esférico. O polímero formado ao redor da nanocápsula foi caracterizado através de análises de espectroscopia por Infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR), apresentando um espectro característico ao do poli(acrilato de 2-etilhexila); e calorimetria diferencial exploratória (DSC), que apresentou a transição vítrea correspondente ao mesmo. Foram realizados testes in vitro para comparação das características da nanoemulsão e da suspensão de nanocápsulas produzidas a partir das primeiras, tendo como marcador o Metoxicinamato de Octila. Analisando os perfis de liberação das amostras, utilizando células de difusão do tipo Franz, observou-se que a nanoemulsão apresentou uma liberação maior do ativo que a suspensão das nanocápsulas. No teste de determinação in vitro do Fator de Proteção Solar (FPS), a nanoemulsão obteve valor de FPS cerca de 50% superior que o da suspensão de nanocápsulas. Nos testes in vitro, observou-se que o marcador apresentou-se menos disponível na amostra de nanocápsulas, pois se encontrava em sua maior parte, no interior das mesmas. Concluiu-se que a associação dos dois processos: obtenção de nanoemulsão com emulsificação por inversão de fases (com uso de baixa energia) seguida de polimerização in situ proporcionou a formação de nanocápsulas poliméricas, com o polímero situado ao redor das mesmas, viável para a veiculação de fármacos e princípios ativos cosméticos, principalmente com características hidrofóbicas.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Nanocápsulas, Inversão de fases, Manteiga de murumuru, Poli(acrilato de 2-etilhexila), Nanocapsules
Citação
GOTO, P. L. Desenvolvimento de nanopartículas poliméricas por polimerização In Situ a partir de nanoemulsões produzidas por inversão de fases. 2011. 109 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2011.