Fatores associados ao hábito de não usar preservativo e prevalência de HIV, hepatites virais B e C e sífilis : estudo transversal em comunidades rurais de Ouro Preto, Minas Gerais, 2015.

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Data
2019
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Resumo
Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis representam uma das principais causas de morbi-mortalidade no Brasil. Aspectos locais das epidemias são ainda pouco explorados. Objetivo: este estudo de prevalência teve como objetivo descrever o perfil sociodemográfico de três populações rurais com população predominantemente afrodescendente no município de Ouro Preto, Minas Gerais, duas tradicionais e uma flutuante, quanto ao hábito de usar preservativo nas relações sexuais, a fim de identificar a presença de comportamento sexual de risco, e estimar as prevalências de infecção por HIV, hepatites B, hepatite C e sífilis nessas populações, entre 2014 a 2016. Materiais e métodos: Foram coletados dados de entrevista individual e realizados testes rápidos na população adulta ( > 18 anos) dos distritos Lavras Novas, Santo Antônio do Salto e Antônio Pereira. O inquérito de prevalência com um tamanho amostral 819 indivíduos utilizando questionários semiestruturados e testes sorológicos imunocromatográficos para o rastreamento de HBV (hepatitis B virus) e HCV (hepatitis C virus) e sífilis e diagnóstico de HIV (human immunodeficiency vírus). Os testes positivos para HBV, HCV e sífilis foram confirmados pelo método laboratorial HBSAg (antígeno Austrália), anti HCV (anticorpo contra HCV), (VDRL - Venereal Disease Research Laboratory e FTAABs - Fluorescent Treponemal Antibody-Absorption), respectivamente. As associações foram testadas pelo modelo de regressão de Poisson, com intervalo de confiança de 95% (IC95%). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Ouro Preto (CAAE 07952412.0.0000.5150). Resultados: no distrito de Lavras Novas, 320 pessoas entre 18 e 90 anos participaram da pesquisa. A prevalência de hepatite C após testes confirmatórios foi de 0,9% (n=3/320). Em Santo Antônio do Salto, 290 pessoas entre 18 e 96 anos participaram. A prevalência de sífilis após testes confirmatórios foi 0,7% (n=2/290). Em Antônio Pereira, 147 pessoas entre 19 a 80 anos participaram. As prevalências de sífilis e hepatite B, após testes confirmatórios, foram 0,7% (n=1/147). Não houve nenhum caso confirmado de HIV nos distritos envolvidos. Na análise multivariada, foram encontradas maiores prevalências de não uso de preservativos entre indivíduos casados/em união estável/viúvos (RP=1,20 – IC95% 1,06;1,36). Conclusão: novos casos de sífilis e de hepatites virais foram detectados pelo teste rápido, aplicado no inquérito; o grupo com maior prevalência de não uso de preservativo é o de pessoas com relacionamento fixo.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Comportamento sexual, Estudos transversais, Hepatite, Sífilis
Citação
BARBOSA, Keila Furbino. Fatores associados ao hábito de não usar preservativo e prevalência de HIV, hepatites virais B e C e sífilis: estudo transversal em comunidades rurais de Ouro Preto, Minas Gerais, 2015. 2019. 96 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2019.