Olhares (im)possíveis : fronteiras e questões do cinema em pesquisas no campo da educação -passeur, saber-vagalume e imagens-sintoma que podem emancipar.
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Data
2022
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Resumo
Este artigo reflete a potência do trabalho com a noção de dispositivo em pesquisas-intervenções com o
cinema na escola. Além da reflexão, apresentamos duas imagens que evidenciam momentos
fundamentais da experiência de um trabalho realizado com crianças de 10 e 11 anos da periferia de Ouro
Preto, em 2017. Nesse trabalho, acreditamos na invenção de um saber-vagalume (HUBERMAN, 2011)
durante as intervenções, as quais buscaram espaços de construção de subjetividade dos/das estudantes
envolvidos. Para tal, partimos da noção de dispositivo desenvolvida por Cezar Migliorin no trabalho
com o projeto “Inventar com a Diferença” (MIGLIORIN, 2016). Entendemos como dispositivo aquilo
que coloca em crise o participante durante a articulação entre um comando fechado e, ao mesmo tempo,
aberto à inventividade. A partir dessa noção apropriada, articulamos para a primeira etapa da intervenção
três momentos: 1) Cartão-Postal, 2) Minuto Lumière e 3) Filme-Carta, que garantiram a emergência das
imagens-sintoma produzidas pelas crianças participantes. Os efeitos do trabalho foram colhidos em ato,
bem como a posteriori ao projeto. Concluímos que tal intervenção com o cinema opera nas fronteiras
entre arte e clínica e não separa arte e vida, ou melhor, artevida, extrapolando as fronteiras na busca de
testemunhos.
Descrição
Palavras-chave
Pesquisa-intervenção, Sujeito
Citação
ARAUJO, A. M. S.; DINIZ, M. Olhares (im)possíveis: fronteiras e questões do cinema em pesquisas no campo da educação -passeur, saber-vagalume e imagens-sintoma que podem emancipar. Interfaces da Educação, Paranaíba, v. 13, n. 37, p. 53-74, 2022. Disponível em: <https://periodicosonline.uems.br/index.php/interfaces/article/view/4529>. Acesso em: 06 jul. 2023.