A administração do Grupo Escolar Dom Benevides em tempos de ditadura (1964–1969).

dc.contributor.advisorCarvalho, Rosana Areal dept_BR
dc.contributor.advisorHamdan, Juliana Cesáriopt_BR
dc.contributor.authorSouza, Janaína Maria de
dc.contributor.refereeCarvalho, Rosana Areal dept_BR
dc.contributor.refereeHamdan, Juliana Cesáriopt_BR
dc.contributor.refereeNogueira, Marlice de Oliveira ept_BR
dc.contributor.refereeGonçalves Neto, Wenceslaupt_BR
dc.date.accessioned2018-03-27T15:15:27Z
dc.date.available2018-03-27T15:15:27Z
dc.date.issued2018
dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Educação. Departamento de Educação, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.pt_BR
dc.description.abstractO presente trabalho investiga como se deu a administração escolar no Grupo Escolar Dom Benevides, em Mariana – MG, durante os primeiros anos da ditadura civil militar no Brasil, no período de 1964 a 1969. A partir da Carta de 1946, iniciou-se o ciclo das leis de diretrizes e bases da educação brasileira, efetivando-se com a Lei nº 4.024, de 1961 que manteve os princípios das competências entre município, estado e União. No que se refere à administração escolar, a legislação do Estado de Minas Gerais, através da Lei nº 2160, de 1962, instituiu que para a ocupação do cargo de diretor de grupo escolar deveria ser um professor primário, estável, diplomado pelo Curso de Administração Escolar do Instituto de Educação. Com o advento da Reforma do Ensino Superior pela Lei nº 5.540, de 1968, a exigência para a formação do administrador escolar passou a ser em cursos superiores para todos os níveis de ensino. O nosso objetivo é compreender como as práticas administrativas cotidianas foram adaptadas ao contexto da ditadura, ou seja, em que medida reproduziam-no ou não, ao atender às orientações legais, em nível estadual e federal. Buscamos também identificar como era o ambiente compartilhado entre professores, funcionários e diretora, bem como as atitudes tomadas pela diretora em prol do Grupo Escolar. O percurso investigativo se deu por meio da análise das fontes articuladas à legislação educacional do período nas esferas estadual e federal, e a bibliografia produzida sobre a Administração Escolar. Para entendermos como as práticas administrativas estavam articuladas ao contexto, as fontes que foram privilegiadas são as atas de reuniões entre professores e diretores, a partir das quais identificamos as ações administrativas. Essas atas fazem parte do acervo do Escola Estadual Dom Benevides e estão digitalizadas e transcritas. A pesquisa nos apresentou como hipótese que em tal período, constatar-se-ia pouca autonomia no processo de direção da referida escola, tendo em vista a ditadura como um período de repressão, censura e legislação autoritária. Para aprofundar a análise das relações de poder e resistência presentes nesse cenário, tomamos os estudos de Foucault como referência. Utilizamos também os estudos sobre a Administração Escolar produzidos no período da pesquisa. Analisando as referidas atas, percebemos que a diretora da escola parece conduzir as práticas educativas da escola bem alinhadas às determinações dos órgãos superiores de educação, orientando o corpo docente em relação aos prazos de aplicação e correção das provas, às formas de preencher os diários e às festividades previstas no calendário escolar. A ausência de registro de manifestações das professoras nas atas associada às advertências recorrentes da diretora quanto a certas condutas, nos levou a considerar uma possível resistência do corpo docente no acatamento às orientações dadas.pt_BR
dc.description.abstractenThis work investigates how the school administration was conducted, at Dom Benevides School, in Mariana – MG, during the first years of the military dictatorship in Brazil, from 1964 to 1969. From the Letter of 1946 the cycle of laws and guidelines for the national curriculum begins, enforced with the Law 4.024 from 1961 which conserved the principles between municipalities, States and Union. Regarding the school administration, the legislation of the state of Minas Gerais through the Law 2160 from 1962 established that to hold the position of principal at a school it was mandatory to be an elementary school teacher with a gradation in School Administration from the Education Institute. With the advent of College Education Reform by the Law 5.540 from 1968, the requirements to the gradation of the school administrator started to be from college courses for all grades. Our aim is to understand how the daily administration practices were or not adapted to the context of dictatorship, or, how they were reproduced or not, when satisfying the legal orientations, at state and national levels. It is also intended to identify the characteristics of the environment shared among teachers, workers and the principal, as well as the actions taken by the principal on behalf of the School. The investigative development was achieved by analyzing articulated sources to the state and national education legislation from the time, and the literature on school administration. In order to gain a better understanding of how the school administration practices were held in the context, the prominent source was the teacher and principal meeting minutes, from which we identified the administrative actions. These minutes are part of Dom Benevides State School collection and are digitalized and transcribed. The research has shown as a hypothesis that, in this epoch, little autonomy in the process of running the school was observed, seeing the dictatorship as a time of oppression, censorship and authoritarian legislation. For further analyses of power relationships and resistance present in this scenario, the framework for this study is Foucault’s work. It was also used the studies about school administration produced at the time of the research. By analyzing the minutes, it seems that the principal was conducting the educational practices very much aligned to the orientations given by superior instances of education, guiding the teachers towards deadlines for applying and correcting tests, filling in gradebooks and the festivities of the school calendar. The absence of register in the minutes of teachers’ responses to the frequent warnings by the principal about certain procedures, led us to consider a possible resistance from the teachers to follow the given guidelines.pt_BR
dc.identifier.citationSOUZA, Janaína Maria de. A administração do Grupo Escolar Dom Benevides em tempos de ditadura (1964–1969). 2018. 80 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2018.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/9768
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsabertopt_BR
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo autor, 22/03/2018, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.pt_BR
dc.subjectEscolas - Mariana - MGpt_BR
dc.subjectEscolas - organização e administraçãopt_BR
dc.subjectDitadurapt_BR
dc.subjectEducação - históriapt_BR
dc.titleA administração do Grupo Escolar Dom Benevides em tempos de ditadura (1964–1969).pt_BR
dc.typeDissertacaopt_BR
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