Análise geofísica do Distrito Diamantífero Abaeté (MG) e de suas possíveis fontes primárias.

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Data
2015
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Resumo
A presente dissertação refere-se à análise geofísica realizado no Distrito Diamantífero do Abaeté, Província Diamantífera Oeste do São Francisco (Província Ígnea do Alto Paranaíba), estado de Minas Gerais. O distrito é um importante centro produtor de diamantes, especialmente de gemas gigantes e/ou coloridas. Diamantes apresentando baixas feições de clivagem, gemas com mais de 100ct e abundante de minerais indicadores são comuns, e sugerem proximidade entre as fontes primárias e os depósitos atuais. Os inúmeros corpos ígneos portadores de diamantes com teores subeconômicos em todo Alto Paranaíba e a descoberta de kimberlitos com fácies de cratera em áreas muito próximas ao distrito aumentam o interesse de compreender a origem dos diamantes da região. Mapas geofísicos temáticos de alta precisão e contraste foram confeccionados utilizando dados aeromagnetométricos, gravimétricos de satélites e terrestres. Os mapas, integrados ao conhecimento geológico, foram utilizados para: delimitar as zonas de fraturas continentais que permitiram a ascensão magmática alcalina; corroborar com o conhecimento geofísico dos grupos estratigráficos e das feições tectono-estruturais da área; identificar o comportamento gravimétrico e magnetométrico dos lineamentos que regem as principais drenagens diamantíferas do distrito; e, apontar anomalias geofísicas de possíveis rochas do clã kimberlítico. Três anomalias magnéticas escolhidas, denominadas de Areado, Major e Quintinos, foram detalhadas com levantamentos magnetométricos terrestres. Posteriormente, perfis bidirecionais foram confeccionados para inferir a profundidade das fontes magnéticas através de deconvoluções de Euler. Os perfis bidirecionais de profundidade versus coordenadas foram interpolados formando mapas tridimensionais. Puderam-se observar em profundidade, falhas e fraturas, o Grupo Mata da Corda e embasamento cristalino. O embasamento cristalino da Sub-bacia Abaeté é abulado e no depocentro da área em estudo o pacote sedimentar alcança aproximadamente 3000m de espessura. As pequenas anomalias, Areado, Major e Quintinos, apontados como possíveis rochas do clã kimberlítico, são semelhantes. Todas elas estão muito próximas à superfície, têm no máximo 200m de profundidade total e são amorfas.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Geofísica, Deconvolução de Euler, Kimberlito
Citação
SILVA, Gisella Magalhães. Análise geofísica do Distrito Diamantífero Abaeté (MG) e de suas possíveis fontes primárias. 2015. 120 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2015.