Impacto das mudanças climáticas sobre a leishmaniose no Brasil.

Resumo
Este estudo buscou verificar como as mudanças climáticas podem afetar a proliferação das leishmanioses no Brasil, em três períodos, 2010-2039, 2040-2079 e 2080-2100 e dois cenários de mudanças climáticas. Realizou-se uma estimação da relação entre temperatura, precipitação e números de internações por leishmaniose e, posteriormente, a equação estimada foi utilizada para prever o impacto da mudança climática na proliferação da doença no Brasil até o fim do sécu¬lo XXI. Os resultados encontrados indicam que a precipitação possui forte relação com a incidência de leishmaniose e as projeções indicam que haverá uma elevação, para o final do século, da quantidade anual de internações por essa doença, em cerca de 15%, em relação a 1992-2002 (cenário base). Em termos regionais, as projeções indicam cresci¬mento em todas as regiões, com exceção do Centro-Oeste. No Sul do país haverá o maior cresci¬mento relativo no número de internações anuais, ao passo que no Nordeste haverá o maior aumento absoluto. No geral, verifica-se que a leishmaniose aumentará sua incidência no país com a mudança climática.
Descrição
Palavras-chave
Climate change, Health, Leishmaniasis, Mudança climática, Saúde
Citação
MENDES, C. S. et al. Impacto das mudanças climáticas sobre a leishmaniose no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, p. 263-272, 2016. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/csc/v21n1/1413-8123-csc-21-01-0263.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2015.