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Título: Salvo engano, animal imperfeito : a representação do feminino em Dom Quixote.
Autor(es): Silva, Thayane Morais
Orientador(es): Perpétua, Elzira Divina
Maciel, Emílio Carlos Roscoe
Palavras-chave: Literatura moderna
Semiótica
Literatura - mulher
Data do documento: 2016
Membros da banca: Amorim, Elisa Maria
Agnolon, Alexandre
Referência: Silva, Thayane Morais. Salvo engano, animal imperfeito: a representação do feminino em Dom Quixote. 2016. 105 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2016.
Resumo: O romance espanhol Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes Saavedra, cuja primeira parte foi publicada em 1605, na Espanha, atingiu e atinge, até os dias de hoje, público leitor imensurável, tendo sido traduzido para diversas línguas. Ao longo dos quatro séculos que se passaram, a obra adquiriu sua própria história, considerada a partir do âmbito cultural, ou seja, a partir das tendências que aproximaram leitores/críticos e obra. Nesta dissertação, intitulada Salvo engano, animal imperfeito: a representação do feminino em Dom Quixote, não nos limitamos a descrever o romance cervantino apenas sob o ponto de vista da Crítica Literária. Com o apoio dos Estudos Culturais, propomos algumas reflexões que tangem outros campos das Ciências Humanas, como a História e a Filosofia. Além de descrever a obra a partir de definições já estabelecidas pela Crítica Literária, que o consagra como romance moderno, recortamos o nosso objeto a fim de analisar as representações do feminino ali contidas. A representação da mulher na Literatura nos leva a pensar como a condição feminina é exposta nos aparatos da cultura. Em Dom Quixote, especialmente, o feminino constitui-se como tema problemático, visto que determinações jurídicas e culturais incidem sobre o comportamento das mulheres. Embora se trate de uma obra de ficção, o texto apresenta situações pertinentes para pensar alguns conceitos que perpassam o discurso feminino: emancipação, individualidade e subjetividade (da linguagem). Desta forma, propomos investigar a representatividade das personagens femininas na primeira parte do Quixote, considerando os dispositivos da linguagem e da narrativa que tornam possível a concepção das personagens e do gênero romanescos. Considerando as edições ilustradas do século XIX, analisamos também o feminino em representações iconográficas de dois ilustradores franceses, Gustave Doré e Tony Johannot. Amparados por conceitos e definições da Semiótica, verificamos em que medida a linguagem não -verbal, em sua relação com a linguagem verbal, garante o processo comunicativo da representação do feminino.
Resumo em outra língua: The spanish novel Don Quixote of La Mancha, of Miguel de Cervantes whose first part was published in 1605 in Spain, has reached and continues to achieve immeasurable number of readers, it has been translated into several languages. Over the four centuries that followed, the novel by Cervantes acquired its own history, considered from the cultural realm, namely from the trends that brought readers / critics and text. With the support of cultural studies, in this paper entitled Not mistaken: the female representation in Don Quixote, we do not study the novel only from the point of view of literary criticism, but we propose some reflections that concern other fields of the humanities, such as history and philosophy. In addition to describing the novel from definitions established by the Literary Criticism, which establishes it as a modern novel, we cut our object in order to analyse the representations of the female. The representation of women in literature leads us to reflect on how women´s condition has been exposed in the culture apparatus. In Don Quixote, especially, the female is constituted as problematic issue because legal and cultural determinations focus on women's behaviour. Although the novel is a fictional text, it presents relevant situations to think about some concepts that underlie the female speech: emancipation, individuality, subjectivity (the language). Thus, we propose to investigate the condition of the female characters of the Quixote, considering the devices of language and narrative that make possible the design of the novelistic genre. Given the illustrated editions of the novel by Cervantes of the nineteenth century, we also analysed the feminine in iconographic representations by two French illustrators, Gustave Doré and Tony Johannot. Supported by concepts and Semiotics definitions, we verified to what extent the non-verbal language in its relationship with verbal language recognize the communication process of feminine gender representation.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6530
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