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Título: Importância das reservas energéticas para a resposta ao estresse ácido em Saccharomyces.
Autor(es): Martins, Rafaela Leite
Orientador(es): Castro, Ieso de Miranda
Palavras-chave: Fisiologia - reservas energéticas
Saccharomyces
Stress - fisiologia - estresse ácido
Tratamento de doenças
Data do documento: 2013
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: MARTINS, R. L. Importância das reservas energéticas para a resposta ao estresse ácido em Saccharomyces. 2013. 72 f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2013.
Resumo: Em processos fermentativos, as células de leveduras são expostas a alterações ambientais, tais como alterações nos níveis de nutrientes, temperatura, pH, concentração de etanol, concentração de O2, e outras mudanças. A capacidade de responder às condições ambientais é importante para a funcionalidade e sobrevivência das células. Na literatura, são amplamente discutidos os problemas relacionados à resposta ao estresse por ácidos orgânicos fracos produzidos durante o processo fermentativo ou aqueles utilizados como conservantes e à micro-organismos competidores. A resposta ao estresse induzido por ácidos inorgânicos é pouco estudada uma vez que este ambiente é encontrado quando se reciclam células em processos industriais e quando se utilizam leveduras como probiótico. O objetivo deste trabalho foi investigar a importância das reservas energéticas ATP, trealose e glicogênio, na resposta ao estresse ácido inorgânico em diferentes linhagens de Saccharomyces. Os resultados obtidos mostram que as linhagens de Saccharomyces cerevisiae: var. boulardii, LBCM 479 (ena1-4 ) e UFMG 905 submetidas a um estresse ácido severo (pH 2), imposto pelo ácido inorgânico HCl, são mais tolerantes a essa condição do que a S. cerevisiae W303, que apresentou maior sensibilidade. Foi observado um consumo de ATP e mobilização de trealose ao longo da exposição ao ácido em todas as linhagens. A reserva de glicogênio não pareceu ser importante para a resposta ao ácido, no período de ensaio analisado, quando a trealose ainda se encontrava presente. Os dados sugerem que um dos fatores envolvidos na resposta a este estresse, em relação à viabilidade celular, relaciona-se ao conteúdo/mobilização de reservas energéticas, especialmente, do dissacarídeo trealose. Interessantemente, a linhagem W303 mostrou aumento das reservas de trealose e uma maior capacidade de sobreviver ao estresse ácido quando exposta ao HCl antes e depois de um estresse térmico moderado em fases de crescimento exponencial e estacionária. Um aumento das reservas de glicogênio ocorreu após o estresse térmico subletal apenas na fase estacionária. Provavelmente, essa resposta envolve também mudanças na expressão gênica. A sobrevivência em mutantes nulos tps1(subunidade do complexo trealose fosfato sintase/fosfatase), nth1 e nth2 (genes das trealases neutras), ath1 (gene da trealase ácida), assim como a atividade enzimática sugerem que esses genes são importantes para a resposta ao estresse ácido inorgânico. Em conjunto, os resultados sugerem que o conteúdo e a mobilização de reservas energéticas, principalmente de trealose, parecem estar envolvidos na resposta ao estresse por ácido inorgânico. Além disso, células de W303 submetidas a um estresse de temperatura subletal respondem melhor ao estresse ácido e, esta resposta coincide com uma maior mobilização de trealose.
Resumo em outra língua: In fermentative processes, yeast cells are exposed to environmental changes such as, variations in nutrients levels, temperature, pH, ethanol concentration, O2 concentration, and other changes. The ability to respond to environmental conditions is important to keep the functionality and cell survival. In literature, problems related to response to the presence of weak organic acids produced during the fermentation process or those used as preservatives and competing microorganisms are widely discussed. The stress response induced by inorganic acids is less studied since this environment is found when cells are recycled in industrial processes and when using yeast as a probiotic. The aim of this study was to investigate the importance of energy reserves ATP, trehalose and glycogen in the inorganic acid stress response in different strains of Saccharomyces. The obtained results show that lineages of Saccharomyces cerevisiae: var. boulardii, LBCM 479 (ena1-4 ) and UFMG 905, submitted to a severe acid stress (pH2), imposed by the inorganic acid HCl, are more tolerant to this condition than S. cerevisiae W303, that presented the highest sensitivity. We observed an ATP consumption and trehalose mobilization along the acid exposure in all strains. The glycogen reserve does not seem to be important in the response to acid in the test period considered, when trehalose was still present. The data suggest that one of the factors involved in the response to this stress, with respect to cell viability, relates to the content / mobilization of energy reserves, especially of the disaccharide trehalose. Interestingly, the W303 strain showed increase of treahalose reserves and a greater ability to survive the acid stress when exposed to HCl before and after a moderate heat stress in exponential and stationary growth phase. An increase in glycogen levels occurred after sublethal heat stress only in the stationary phase. Probably, this response also involves changes in gene expression. Survival in null mutants tps1(subunit complex trehalose phosphate sintase/phosphatase), nth1 e nth2 (neutral trehalase genes), ath1 (acid trehalase gene), and enzyme activity suggest that these genes are important for the inorganic acid stress response. Altogether, the findings suggest that the content and energy reserves mobilization, particularly trehalose, seem to be involved in the stress response by inorganic acid. Furthermore, W303 cells submitted to a sublethal stress temperature respond better to stress acid, and this answer coincides with greater trehalose mobilization.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2946
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