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Title: Evolução da cardiopatia chagásica em cães tratados com Benznidazol na fase crônica da infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi.
Authors: Santos, Fabiane Matos dos
metadata.dc.contributor.advisor: Bahia, Maria Terezinha
Keywords: Trypanosoma cruzi
Doença de Chagas
Benznidazol
Issue Date: 2010
Publisher: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Citation: SANTOS, F. M. dos. Evolução da cardiopatia chagásica em cães tratados com Benznidazol na fase crônica da infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi. 2010. 126 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010
Abstract: A eficácia do tratamento com Benznidazol (Bz) na fase crônica da infecção e conseqüente prognóstico da cardiopatia chagásica permanece controversa. Neste estudo foram avaliados os efeitos do tratamento com Bz na evolução da cardiopatia chagásica crônica, utilizando cães infectados com a cepa Berenice-78 como modelo experimental. Os animais infectados foram divididos em dois grupos experimentais: (i) 12 cães tratados na fase crônica com 7,0 mg de Bz/kg, divididos em duas doses diárias, durante 60 dias; (ii) 12 cães mantidos como controles não tratados. Outros 8 animais constituíram o grupo controle não-infectado. A parasitemia foi monitorada pela PCR realizada em amostras de sangue e tecido muscular cardíaco coletados no 1o e 12o mês após o tratamento (MAT). A potente supressão da parasitemia, induzida pelo tratamento com Bz, foi observada pelos resultados negativos em 81,9% (9 de 11) dos animais tratados em relação a 36,3% (4 de 11) nos animais não tratados quando realizada a PCR no sangue coletado no 1o MAT. Resultados semelhantes foram observados na PCR do tecido muscular cardíaco, realizada no mesmo período, quando o kDNA do parasito foi detectado somente em 33%,3 (2 de 6) dos animais tratados e em 100% dos animais não tratados. Um aumento dos resultados positivos na PCR do sangue e tecido foi detectado 12 MAT. Este resultado foi verificado em 60% (3 de 5) no sangue e 80% (4 de 5) no tecido muscular cardíaco dos animais tratados. Para avaliação da cardiomegalia e função sistólica ou diastólica os animais foram examinados por ecocardiograma no 1o e 12o MAT. Foram mensurados os parâmetros fração de encurtamento, volume do Átrio Esquerdo (AE), fração de ejeção, volume diastólico e diâmetro sistólico do Ventrículo Esquerdo (VE). Após essa avaliação, metade dos animais foi eutanaziada para realização das análises histopatológicas no coração. O tratamento induziu uma redução de 20% a 36% de células inflamatórias e deposição intrafascicular de colágeno no 1o MAT. Nesta fase da infecção, não houve diferença significativa nos parâmetros ecocardiográficos mensurados entre os grupos de animais infectados (tratados ou não) e não infectados. Diferentemente, 12 MAT, as lesões cardíacas foram semelhantes entre os animais infectados (tratados ou não) e significativamente maiores que naqueles não infectados. Variáveis ecocardiográficas relacionadas com cardiomegalia e disfunção diastólica também foram semelhantes entre os animais infectados (tratados ou não) e significativamente maiores que nos animais não infectados. De modo interessante, o tratamento preveniu alterações na função sistólica, uma vez que não ocorreram diferenças na fração de ejeção e fração de encurtamento entre os animais tratados e não infectados. Esses resultados demonstram que o tratamento com Bz na fase crônica da infecção de cães é eficiente em prevenir as lesões cardíacas imediatamente após o tratamento e a função sistólica um longo tempo após o término do tratamento.
metadata.dc.description.abstracten: The analysis of available information reveals that the efficacy of benznidazole treatment in chronic chagasic infection is doubtful. In this study we evaluated the effect of Bz-treatment on the cardiac alterations using dogs infected with Berenice-78 strain as experimental model. The infected animals were divided in two experimental groups: (i) 12 dogs were Bz-treated at 7.0 mg/kg bid (Q12) for 60 days during the chronic phase; (ii) 12 dogs were maintained as non-treated control. Another 8 animals were maintained as non-infected control group. After the benznidazole-treatment the parasite load was monitored by blood and heart tissue PCR performed in the 1 st and 12 th months post-treatment (MPT). The potent suppression of parasitemia induced by Bz-treatment was associated with negative results of blood PCR performed in the 1 st MPT in 81.8% (9 of 11) of treated animals in relation to 36,3% (4 of 11) in those infected and non-treated animals. Similar results were observed in heart tissue PCR in the same period, when the parasite kDNA was detected only in 33,3% (2 of 6) of the treated animals. In contrast, 100% of infected and non-treated animals showed positive tissue PCR tests. An increase of positive results in blood and tissue PCR was detected 12 MPT. This result was verified in 60% (3 of 5) of blood and 80% (4 of 5) of tissue samples obtained of Bz-treated animals. For cardiomegaly and systolic or diastolic function evaluation the animals were examined by echocardiography in the 1 st and 12 th MPT. The parameters fractional shortening, Left Atrium (LA) volume, Left-ventricle (LV) ejection fraction, diastolic volume and systolic diameter were measured. After this evaluation a half of animals were euthanized in the same period for histopathological analysis of heart tissue. Bz-treatment led to a reduction of around 20% to 36% of inflammatory cells and intrafascicular collagen deposition when compared to non-treated animals in the first MPT. Additionally, all animals evaluated showed echocardiographic parameters similar to non-infected animals. M Differently, 12 MPT the intensity of cardiac lesions were similar to treated and non-treated animals and significantly larger than those detected in non-infected animals. Also, the echocardiographic parameters, related with cardiomegaly (LV and LA volume, LV systolic diameter) and diastolic function (LA volume), were similar among treated and non-treated animals and significantly higher than those observed in non-infected animals. Interestingly, the Bz-treatment was able to prevent alterations related to cardiac systolic functions (LV ejection and shortening fraction) such these parameters were similar to treated and non-infected animals. Taken together, the results indicate that Bz-treatment performance during the chronic phase of the dogs' infection is efficient in preventing cardiac lesions immediately after the treatment and systolic cardiac function long-time post-treatment.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2560
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