Avaliação do uso de células dendríticas no tratamento da infecção experimental por Leishmania amazonensis.

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Data
2020
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Resumo
Leishmaniose é a denominação dada ao grupo de doenças causadas pelo parasito do gêne- ro Leishmania. Os sintomas e as manifestações clínicas da leishmaniose podem ser variados. Existem cerca de 20 espécies de parasito do gênero Leishmania e dois tipos principais de mani- festações clínicas: a leishmaniose visceral e a leishmaniose tegumentar. A Leishmaniose tegu- mentar americana pode ser subdividida em diferentes formas clínicas, dentre elas a leishmaniose difusa com lesões difusas não ulceradas ricas em parasitos cuja Leishmania amazonensis é um dos principais agentes etiológicos da doença. O objetivo do trabalho foi desenvolver um trata- mento imunoquimioterápico na infecção experimental por L.amazonensis e, além disso, avaliar se o tratamento seria capaz de gerar memória imunológica durante uma reinfecção. Utilizando células dendríticas incubadas com o MRS1754, um antagonista seletivo do receptor A2B de ade- nosina e metacíclicas de L. amazonensis mortas pelo calor (DLM) associado ao fármaco miltefo- sina (Milt). Os camundongos C57BL/6 receberam um inóculo de 103 formas metacíclicas de L. amazonensis na orelha esquerda. Na oitava semana de infecção os animais foram tratados com 2 x 105 DLM e uma semana após o tratamento, os animais receberam o tratamento com a miltefosina por 15 dias consecutivos. Na décima sexta semana pós-infecção dois grupos de ani- mais receberam um segundo inóculo na orelha direita com 103 metacíclicas de L. amazonensis. Os animais foram acompanhados por até trinta e três semanas pós-infecção, após esse período foram feitas a quantificação da carga parasitária na orelha e a dosagem das citocinas IL-10 e IFN-γ produzidas por células de linfonodo estimuladas in vitro com antígeno de Leishmania. Os animais tratados com DLM associado à miltefosina (MDLM) apresentaram uma menor carga parasitária e uma menor lesão quando comparados com os animais que foram tratados com mil- tefosina. A produção das citocinas não mostrou uma clara relação com a carga parasitária. Os resultados obtidos sugerem que o tratamento com MDLM pode ser mais eficaz do que utilizando apenas a miltefosina. Não houve geração de memória imunológica, os animais que foram rein- fectados tiveram desenvolvimento da lesão e da carga parasitária.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Células dendríticas, Antiparasitários, Leishmania
Citação
PAIXÃO, Pierre Henrique de Menezes. Avaliação do uso de Células Dendríticas no tratamento da infecção experimental por Leishmania amazonensis. 2020. 80 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2020.